Transportes públicos lotados, trânsito, ruas cheias e pessoas sempre com pressa. O cenário das grandes metrópoles pode parecer sempre igual, mas cada cidade tem seu toque especial.
Em São Paulo, a mesma Avenida Paulista que, durante o dia, dá espaço para terninhos bem passados e sapatos scarpin, à noite, transforma-se num verdadeiro reduto da moda, com suas tribos espalhadas pelas calçadas em busca de uma boa balada, principalmente na Rua Augusta, que abriga lugares com o Sarajevo. Quem vê a porta de ferro do lado de fora não imagina que, lá dentro, vai encontrar diversos ambientes para tomar uma boa cerveja ao som de hip hop, reggae... Tudo depende da noite que se escolhe.
Considerado o estado mais rico do país, São Paulo abriga desde o requinte, em lugares como a Sala São Paulo, tida por diversos profissionais como a casa que tem melhor acústica no mundo; até lugares menores como o Studio SP, que retrata em suas paredes a proposta de arte urbana e sem nenhum glamour, mas oferece ótimos shows.
Quem manda à noite é a diversidade, desde os altos preços da Pacha até a simplicidade com bom gosto de baladas como Camará, Glória ou Marcenaria; ou ainda do pagode do Salinas à mistura da Lôca; mas a tarde também reserva bons passeios. A história da cidade, mesmo que destruída fisicamente pelo tempo, mantém-se viva em pontos como a Igreja da Sé; o Mercado Municipal, onde é impossível passar sem experimentar um sanduíche de mortadela ou um pastel de bacalhau; o Terraço Itália e a Pinacoteca, para saborear arte e, quem sabe, um café.
Seguindo direto para a França, Paris é bastante dividida entre o requinte de sua história e as aglomerações, lembrando que, em 1999, mais da metade dos apartamentos parisienses não tinham mais que um ou dois cômodos. Mesmo assim, a cidade tem um moderno sistema ferroviário e diversas atrações.
Não há quem passe por lá sem tirar uma foto na Torre Eiffel, construída em 1889. Para as compras, aproveite a Champs-Élysées; mas, se quiser respirar arte e história, as dicas são Arco do Triunfo, construído por Napoleão Bonaparte; Museu do Louvre, que guarda a Mona Lisa; o Cemitério do Père-Lachaise, onde estão enterrados Oscar Wilde, Chopin, Allan Kardec e Jim Morrison; o Palácio de Versalhes e o cabaré Moulin Rouge.
À noite, o Buddha Bar tem lounge music com toques orientais, mas não passou a frente ainda da balada número um de Paris: Lês Bains - mesmo assim, tenha um plano B, pois lá só entra quem o segurança deixar. Saudades do Brasil? Então corre para tomar uma caipirinha no Favela Chic. Para passear a qualquer horário, não esqueça das peças mais escuras, com um toque colorido que pode vir num lenço ou cachecol, por exemplo. Para as mulheres, levar a bota é fundamental.
Não muito longe está Milão, na Itália, onde é possível encontrar a terceira maior catedral do planeta, Duomo, com 92 metros de altura e mais de dois séculos de construção, perdida entre os estilos barroco, gótico, neoclássico e neogótico. E se há luxo na arquitetura, quem dirá na moda, já que a cidade abriga sedes de grifes como Fendi, Gucci, Prada, Versace e Armani, além do designer de calçados Giancarlo Ferré.
Em bairros como Brera e Navigli tem ainda diversão para todo gosto durante a noite. Mesmo assim, a força da cidade fica com a bela arquitetura da casa de óperas Teatro alla Scala, inaugurada em 1778, ou ainda com os palácios espalhados por lá. Depois de fechar seu roteiro, aproveite para tomar um café na Galleria Vittorio Emanuele.
Partindo para Londres, o maior centro financeiro do mundo, é possível encontrar mais de 300 idiomas falados no mesmo território, que, aliás, deu vida às histórias de Samuel Pepys, Charles Dickens e Agatha Christie. O que não falta na terra da Lady Di é cultura e, melhor do que isso, muita coisa pode ser visitada gratuitamente. Quer saber qual é o Top 10 do roteiro? Então confira as dicas, baseadas no número de visitantes do ano passado.
Para começar, o British Museum, que traz exposições da pré-história até os tempos modernos, com coleções de desenhos de todo o mundo; em seguida, siga para Tate Modern, um museu de arte moderna com trabalhos que vão de Matisse a Picasso. Há ainda a Natinal Gallery, que possui uma das maiores coleções de pintura europeia no mundo, incluindo Leonardo Da Vinci e Van Gogh; o Natural History Museum, com uma exposição de dinossauros permanente; o The London Eye, uma roda gigante que deixou de ser a maior do mundo em 2006; o Science Museum, com suas 40 galerias; The Victoria & Albert Museum, com artefatos de diversas antigas culturas; o Madame Tussauds, onde você fica cara a cara com famosos rostos (em estátuas, claro), como Britney Spears; a Tower of London, construída em 1078, inicialmente como um forte; e o National Maritime Museum.
Para fechar a noite com música, a dica é o Barfly Club, por onde já passaram bandas como Blur, Oasis, Coldplay e Muse. Já entre os pubs/teatros vá para o Etcetera Theatre ou ainda o Finborough Theatre, ambos com decoração típica e bela arquitetura. Por fim, se quiser matar a saudade do Brasil, a Disco Brasil oferece, todo sábado, de funk a samba para os convidados.
Já na América do Norte, tem duas cidades que dão o que falar: Washington e Nova Iorque, ambas parte dos 50 estados que formam os Estados Unidos. A primeira é a capital do país, onde fica a atual residência de Barack Obama - a Casa Branca. A cidade possui um gênero musical próprio, chamado go go, mas que é, na verdade, derivado do rhythm and blues. O país passou a conhecer o estilo em 1980, com Chuck Brown e com a banda Experience Unlimited. Punk e indie rock também devem muito à cidade.
Para curtir a noite por lá, a sugestão é aproveitar o jazz club Bohemian Caverns ou o som do DJ Eric Hilton (do duo Thievery Corporation) no Marvin. Para quem gosta mesmo de uma boa cerveja, o lugar certo é The Brickskeller Saloon, com suas diversas opções.
Mesmo assim, é em Nova Iorque que estão pontos turísticos como Brooklyn Bridge, de onde vêm bandas como Chairlift, Telepathe e Bear Hands; o Central Park, a Estátua da Liberdade, o Empire State Building e o Time Square. Mas, para passear por lá durante o inverno, não deixe de levar seu protetor de orelhas, touca, roupa térmica e uma meia-calça de lã. Os casacos são importantes e, para combinar com a população local, a cor preta é ideal.
Entre as opções noturnas, pode-se visitar o maior cinema-teatro coberto do mundo, com seus 6 mil lugares e onde Lady Gaga já tem shows marcados para janeiro de 2010, chamado Radio City Music Hall; ou ainda siga para o Village Vanguard, que existe desde 1935, e conheça o melhor do jazz. Se a ideia é um barzinho, aproveite para conhecer o P.J. Clarke's, com seus 121 anos de existência e hambúrgueres conhecidos por toda a região, além de visitantes ilustres no currículo, como Frank Sinatra e Harrison Ford.
Se é de história que você gosta, outra metrópole, desta vez na Rússia, é uma boa pedida. Moscou abriga o Teatro de Bolshoi, a mais conhecida companhia de balé e ópera do mundo. O Kremlin de Moscovo também merece uma boa foto, já que configura uma fortaleza bem no centro da cidade. Na Praça Vermelha, uma estátua de Lênin está deitada há mais de 70 anos, próxima à Catedral São Basílio e seus 500 anos de cúpulas com trabalhos em ouro.
Na hora das compras, o guia são as cores das lojas, já que luzes azuis e verdes indicam bingos e joalherias; amarelas são de eletrônicos; rosas e vermelhas servem para roupas e sapatos. À noite, vá para cervejaria Badaevsky e o clube Krysha Mira, que abre de sexta e sábado, apenas durante os meses quentes. A principal atração é a pista de dança, localizada no teto do antigo prédio da Badaevsky.
Para finalizar, Tóquio, no Japão, é a cidade das adolescentes coloridas. Tendo o turismo como uma das principais fontes de renda, a região oferece pontos como a Torre de Tóquio, com 33 metros de altura; o Palácio Imperial do Japão; templos budistas, jardins e parques. Tudo isso divide espaço com grandes telas de plasma que refletem o avanço tecnológico, aliados aos celulares coloridos das meninas. O bairro da moda em Tóquio é Harajuku, mas as brasileiras terão algumas dificuldades com as mangas mais curtas aliadas ao tórax apertado. Lá estão ainda grifes de nomes como Yamamoto, Miyake e Kawakubo.
Atualizado em 6 Set 2011.
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