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Anda fácil pensar que sua vida simples e pacata está sob controle. No Brasil, os juros caem - e não vão parar de cair por mais algum tempo -, o dólar tem suas cotações cada vez menores, nossa bolsa de valores se consolida como a mais proeminente da América Latina - apesar das tais crises americanas, aumentamos o desempenho da educação básica etc... mas não vou me apegar a isso.
De algum tempo pra cá - há quem remonte aos tempos de Matrix- temos passado a conviver com a possibilidade de criação de mundos virtuais. Por alguns anos, a história parecia ser baseada em ficção científica e loucura extrema de alguns. Agora, torna-se real. Ou você nunca ouviu falar de um tal Second Life?
Mesmo achando o assunto muito interessante, vou me alongar pouco nele. Hoje, o Second Life, misto de jogo e mundo virtual, baseado 95% na internet (é necessário "baixar" apenas alguns poucos megas para começar a brincar), tem em seus domínios muitas das mais famosas Universidades do mundo, companhias aéreas, lojas das mais variadas marcas e gente fazendo milhões com atividades como a compra e venda de terrenos digitais, ou "ilhas", como são chamados.
Mas esse conceito de mundo virtual tem se difundido aos quatro ventos e muitos visionários da web 2.0, sobre a qual já falei em uma de minhas colunas, estão criado plataformas para a criação desses ambientes virtuais, o que possibilitará que simples mortais, como eu e você, tenham a possibilidade de se tornar "mestres supremos" - donos do nosso próprio "mundo". Isso sem contar que haverá a possibilidade de nos movermos entre os mais variados deles, como se clicássemos em um link de qualquer website atual.
Para que eu não pareça ser mais um louco sem fundamentos, elocubrando sobre possibilidades que nunca se tornarão realidade, sugiro uma busca rápida por nomes como "Richards A. Bartle", catedrático da Univerdidade de Essex, "Multiserve", "Hero Engine", entre outros. São pessoas e empresas voltadas unicamente para isso.
Comece, meu caro, a pensar que em breve você será, também, um avatar (uma representação digital de você mesmo). Algo que será você nos mundos, por aí a fora. Terá seu carro, trabalho... uma "vida". E, como você já deve ter imaginado, já que esses mundos virtuais serão uma representação digital da vida real, você terá que comprar muitos dos ativos que vier a ter.
É a era da futilidade digital!
Se você já não entende como é possível alguém pagar pequenas fortunas por uma peça de roupa, espere pelo momento de ver tais consumistas incontroláveis gastando quantias comparáveis em amontoados de "zeros" e "uns"! Vai ser, no mínimo, uma evolução - esteja preparado.
Leia as colunas anteriores do Hélio:
? Estilo novo rico: Sorte. Muita gente já sonhou com este dia inusitado. O colunista retrata a experiência!
? Old fashioned: O Pan e as Semanas de Moda se deslumbram com a própria grandeza e esquecem os reais objetivos!
? Teatro da vida alheia: espetáculo no aeroporto. Dos chiliques à política do pão e circo, o colunista conta as cenas da sala de embarque.
? Bufana-Bufana: o colunista foi à África do Sul e conta como o sucesso financeiro é quase garantido a alguns negros.
? Pobre bom gosto...: para o colunista, dinheiro não é sinônimo de bom gosto. Ele está nas coisas simples da vida!
Quem é o colunista: Hélio Mata Machado
O que faz: Mudança para a África do Sul, vai morar em Cape Town
Pecado gastronômico: Gordura trans
Melhor lugar do Brasil: Mercearia São Roque
Fale com ele: [email protected] ou acesse o blog do autor
Atualizado em 6 Set 2011.