Guia da Semana

Foto: Butterfield&Robinson


Atravessar mares, terras e ir de encontro ao desconhecido pode causar receio. Viajar para lugares novos ajuda a expandir nosso conhecimento e pode nos revelar surpresas. Muitas vezes um lugar que ainda não conhecemos, gera uma experiência que anos de estudo e leituras não proporcionam e o Sudeste Asiático é um exemplo disso. Marcada principalmente pela cultura hinduísta e budista a região revela muitos mistérios aos turistas que buscam conhecer povos e culturas ancestrais. O roteiro pela Indochina engloba Tailândia, Laos, Vietnã e Camboja, países vitimas de um passado não muito bem lembrado na história, que escondem atrás de suas ruínas deixadas pelas guerras, muita beleza e fenômenos naturais que fazem brilhar os olhos de qualquer viajante.

O 1º encontro

O Grand Palace considerado um dos monumentos mais bonitos da Ásia, está localizado em Bancoc, capital da Tailândia, onde se inicia o roteiro. O palácio já foi residência da família real do país e possui 218 mil metros quadrados e quase dois quilômetros de extensão. Lá é possível encontrar a capela do Buda de Esmeralda, descoberto em 1434, esculpido em jade. Na época foi coberta e considerada apenas uma imagem comum. Com o passar do tempo, foi revelada uma pedra verde em seu interior, que se acredita ser uma esmeralda. O Palácio ainda é utilizado em ocasiões solenes, coroações e funerais da Família Real.

Ainda na capital, o turista pode se deliciar com uma imagem muito visitada na cidade de Wat Pho, onde se encontra a estátua do Buda Reclinado, com quarenta e seis metros de comprimento e quinze de altura, que está deitada e sustenta a cabeça em uma das mãos. Para terminar a peregrinação espiritual pelos templos, vale a pena passar pelo Wat Traimit ou Templo do Buda Dourado. Com três metros de altura e 5,5 toneladas de ouro. É a maior estátua em ouro maciço do mundo.

Ainda na Tailândia o viajante pode passear pelo Triângulo de Ouro uma região de colinas místicas, tribos com culturas encantadoras e paisagens fascinantes de hortas frutíferas. Logo em seguida ao caminhar por terraços de plantações de arroz, é possível aprender a conduzir elefantes e se desfrutar de noites muito agradáveis em um dos hotéis mais luxuosos da região o Resort de Anantara em Chiang Saen.

Renascendo das cinzas

A próxima parada é Laos. O país que foi fortemente bombardeado durante a Guerra do Vietnã, conhecido como a "Terra de Milhões de Elefantes", hoje é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Com habitantes bem receptivos, não se assuste ao ouvir alguém dizer um "SaBayDii", espécie de "oi" na região.

Pha That Luang é considerado o mais importante monumento da cidade, segundo a lenda, guarda um osso do peito de Buda trazido por missionários, desde a Índia, no século IV a.C. Foi construído em 1566 e reserva um ótimo ambiente para tirar muitas fotos.

Foto: Butterfield&Robinson


Passando pelo Museu Nacional de Laos, o maior do Sudeste Asiático, é possível ter uma visão geral da cultura local. Lá, está retratada toda a história e a arte do país, incluindo uma coleção de imagens de Buda. Armas, fotos e artefatos de guerra da revolução do país também ficam expostos próximo ao salão das carruagens reais, utilizadas até hoje nos grandes eventos da realeza.
O Patuxai, foi construído em 1969 inspirado no Arco do Triunfo de Paris. Homenageia os soldados que morreram nas guerras pré-revolucionárias e os turistas tem acesso por meio de uma escada subterrânea.

Caso aconteça de bater aquela fome durante suas expedições, as opções são baguetes vendidas em pequenas confeitarias pelas ruas junto com vinhos de boa qualidade para apreciação. Se estiver à procura de iguarias alimentícias mais "estranhas", vá até a algum mercado da região, você irá encontrar baratas, ratos e até tigres, e não vale fazer cara feia, pois lá essa alimentação é muito comum.

Entre trilhas que atravessam a selva pode-se chegar à grande cachoeira de Tad Kouang Si, e voltar de barco pelo famigerado rio Mekong, que com aproximadamente 4,5 km, é o 10° maior do mundo. Para descansar, o hotel La Résidence Phou Vao oferece as melhores acomodações do país e todos os quartos exibem a vista do Mekong em suas sacadas exclusivas.

A Cidade Proibida

De Laos, a próxima parada é o Vietnã. Vamos à Cidade Proibida de Hue, onde é possível ver diversas tumbas imperiais feitas de ouro e inclui belos palácios, portões e pátios, entre os quais se destaca o Palácio Tha´i Ho`a, ou Palácio da Paz Suprema, reservado à Família Imperial e onde se encontra a Sala do Trono. O passeio pode continuar pela cidade de Hue, conhecida pelo seu património arquitetônico e os túmulos luxuosos, feitos em ouro e cristais, de muitos imperadores de dinastias tradicionais da Ásia.

Em Nam Hai, centro do Vietnã, belas vilas vislumbram a famosa China Beach. A praia de coqueiros e areia branca tem uma extensão de 30 Km e possui uma água tão quente que nem da para se aliviar do calor, pois a região central é a zona mais quente e úmida do país.

Pulando para Hoi Na, que fica bem próximo a Nam Hai, os viajantes podem aproveitar para fazer compras. A cidade tem uma característica muito comercial e é possível comprar suvenires, pinturas, antiguidades e a seda que é muito procurada na região.

Foto: Butterfield&Robinson


Se o turista tiver sorte e estiver por lá em noite de lua cheia, irá acompanhar um ritual budista muito apreciado e tradicional. Nesse dia, ao anoitecer, a rede elétrica das ruas é desligada e apenas as lanternas de seda ou papel, penduradas em frente às lojas e casas são acesas. Uma procissão de luzes vaga pela cidade e diversas danças e rituais são realizados por moradores. Uma iguaria da região e apreciada pelos viajantes são os camarões fritos com gengibre, uma culinária do Vietnã adaptada para o gosto ocidental.

As acomodações podem ser feitas no luxuoso La Résidence Hotel & Spa, antiga residência do governador, construído em estilo colonial nas margens do Rio Perfum. cujo nome deriva do aroma das resinas e das ramagens de pinheiros e plantas que são arrastadas pela brisa ao longo do vale.

Encontro com as nuvens

Finalmente seguindo em direção ao Sul, Camboja recebe os viajantes no último país do roteiro pela Indochina. As terras da região são cobertas por florestas tropicais e na cidade de Siem Reap, construída no século VIII, é possível encontramos templos de Angkor (complexo de ruínas de cidades antigas, visitadas por cerca de um milhão de turistas ao ano). Durante anos muitas das edificações foram cobertas pela mata e redescobertas no século XIX. Ainda é possível encontrar áreas quase intocadas que preservam muitos dos seus mistérios.

Alguns turistas sobem até o topo do morro montados em elefantes, mas a maioria vai a pé, apesar da caminhada puxada. Ao chegar, é necessário disputar um lugar com centenas de pessoas para ver a Angkor Wat, uma cidade adormecida que forma um conjunto de templos e pátios considerado um monumento religioso muito tradicional. Possui cinco torres que simbolizam os cinco picos do Monte Meru, que faz parte do emblema da bandeira do país. A cidade é preservada por monges budistas, que oram, diante de pedras sagradas, entalhadas de inscrições e baixo-relevos que mostram cenas de batalhas e famosas deusas celestiais.

Foto: Butterfield&Robinson


Ainda na região de Camboja, o famoso Angkor Wat é um dos mais impressionantes complexos de templos. Lá é possível ver o rosto de Avalokiteshvara, ou Buda da Compaixão, que segundo as lendas, olha para as quatro direções do mundo. Depois da visita aos locais sagrados, um passeio muito divertido fica por conta do Terraço dos Elefantes, onde é possível ter contato com os animais e também aprender a montá-los.

Após um roteiro tão extenso, o hotel Resort Amansara em Siem Reap, mistura arquitetura colonial francesa e arte nativa, além de oferecer um serviço de primeira classe aos seus hospedes.

Culinária

Uma característica da cozinha regional é o sabor adocicado. Frangos e frutos do mar podem ser servidos com ingredientes doces como leite de coco. O Arroz-de-jasmim um grão alongado, muito aromático e de gosto peculiar, bem diferenciado do brasileiro.

Outros itens tradicionais na cozinha da Indochina são o Prahoc, elaborado a base de uma pasta de cor rosada fermentada e salgada, com um sabor muito picante, que pode ser conservado por um ano, e o Tuk-trey, um molho feito com óleo de peixe fermentado e temperado com muitas especiarias. Para acompanhar as receitas, costuma-se servir também pepinos e ovos.

Os pratos mais procurados entre os turistas são o Phad Thai feito a base de macarrão frito com amendoim, ovos, broto de feijão, pimenta e camarões, a Machhra Troeungou, uma sopa de carne elaborada com vários temperos e o Tea Tim um guisado de pato temperado e servido no molh.

Quem leva

Diversas agências de viagem trabalham com os roteiros de luxo para a Indochina. A Butterfield & Robinson oferece o transporte entre os países em um avião particular durante todo o percurso. Além de estadias nos melhores hotéis, a companhia disponibiliza aos viajantes a opção de realizar os passeios e trilhas tanto a pé ou de bicicleta, sempre acompanhados de guias especializados.

Estão inclusos no pacote, de quinze dias e quatorze noites, chegada no hotel da Tailândia por meio de elefantes, um tour privado ao Museu de Laos, aberto exclusivamente aos turistas, um pic-nic abaixo das cascatas do Tad Kouang Si, e roteiros com barcos de luxo pelo rio Mekong, além de todos os passeios e estadias em hotéis cinco estrelas, juntamente com as refeições.

A saída ocorre de Bancoc e o valor cobrado pelo pacote integral é de US$52,500 por pessoa. Lembrando que não inclui as passagens aéreas até o país de embarque, somente deslocamento durante o trajeto.

DICAS
? É considerada uma situação grave apontar a sola ou a ponta de seus pés para uma imagem de Buda.

? Para a população local, a cabeça é a parte nobre do corpo humano e por isso não deve ser tocada, portanto evite passar a mão na cabeça das crianças.

? Não cumprimente com apertos de mão ou beijos no rosto. O wai, gesto de encostar uma palma da mão à outra, é o mais adequado.

? Quando for pagar alguma coisa, sempre entregue o dinheiro com a mão direita e ao receber algo, apanhe com as duas mãos.

? Não se esqueça que todo visitante precisa de certificado de vacinação contra a febre amarela, ao visitar a Ásia.



Outras opções

Pensando em todos os estilos, o Guia da Semana separou algumas agências que oferecem pacotes para Indochinha com preços e roteiros diferenciados.

Latitudes Viagens: oferece pacotes de 24 dias com roteiros pelas principais cidades e saídas com vôo de São Paulo. Visitas a Bangkok, Ayuthaya, Luang Prabang, Hanói, Halong Bay, Danang, Hoi Na, Ho Chi Minh, Phnom Penh, Siem Reap, Siem Reap (Angkor).
Site: www.latitudes.com.br


ViaBr Turismo e Eventos: disponibiliza pacotes de 21 noites com passeios pela Tailândia (Bangkok), Laos (Luang Prabang, Vientiane), Vietnã (Hanoi, Haiphong, Baía de Halong, Hue, Danang Hoi An -Ho Chi Minh), Camboja (Phnom Penh, Siem Reap) e Myanmar (Yangon, Mandalay, Bagan).
Site: www.viabrturismo.com.br


PrincessTravel: possui saída de São Paulo com roteiro de 20 dias e passeios por Dubai, Bangkok, Laos, Luang Prabang, Hanói (Vietnã), Baía de Halong, Danang, Hue, Ho Chi Minh City (Ex-Saigon), Siem Reap (Camboja) e Phnom Penh.
Site: www.princesstravel.com.br


CiaEcoTurismo: oferece pacote de 32 dias. Saindo de São Paulo com rota de São Paulo a Johannesburg, Hong Kong, Bangkok, Hong Kong, Johannesburg e São Paulo. Irá visitar Bangkok, passando por Kanchanaburi, Pitsanuloke, Lampanh, Chinag Rai, Chiang Mai, Vientiane, Luan Prabang, Hanoi, Hai Pong, Hoi An, Hue, Ho Chi Minh, Tai Ninh, Siem Reap e Phnom Penh.
Site: www.ciaecoturismo.com.br


Açoriana Turismo: Possui o roteiro: Indochina - Laos, Camboja e Vietnã. Incluso três noites em Luang Prabang, uma em Vientiane, duas em Hanói, uma em Halong Bay, uma em Hue, uma em Hoi An, duas noites em Ho Chi Minh, três em Siem Reap, serviço de guia locai falando espanhol (não há guia acompanhante), doze almoços e sete jantares.
Site: www.acoriana.com.br


Atualizado em 1 Dez 2011.