Guia da Semana

Foto: Getty Images


Ter um bumbum lisinho é o desejo de cerca de 90% da população feminina mundial, já que, segundo estatísticas médicas, esta é a porcentagem de mulheres que sofrem com a celulite em alguma fase da vida. Mas, graças às novas tecnologias, hoje já é possível combater esse mal de diversas formas e sem muito sacrifício. Entre as recentes novidades da indústria cosmética estão os compostos orais que prometem reduzir aquele aspecto de "casca de laranja" e, assim, auxiliar no tratamento estético. Algumas dessas pílulas anticelulite já podem ser encontradas nas grandes farmácias, mas a maioria dos especialistas ainda utiliza a fórmula manipulada com as substâncias indicadas para cada caso.

De acordo com a dermatologista Daniela Graff, existem vários fatores que causam celulite. Portanto, é preciso tomar uma medicação que atue em todas as frentes e que seja adequada a cada estágio. "A celulite começa com o aumento do volume das células de gordura. Com esse aumento, a drenagem linfática e as veias ficam comprometidas, causando as depressões na pele", explica. Assim, nas condições normais o tecido gorduroso é ricamente irrigado, e as células gordurosas possuem tamanho e formas reduzidos. Quando esse mecanismo é prejudicado, a celulite começa a aparecer, sendo que pode apresentar até quatro graus de evolução.

Níveis

Segundo a especialista, no primeiro estágio da celulite acontece um aumento de volume das células do tecido gorduroso na região afetada. Nessa fase, já existe uma dilatação dos vasos, mas a pessoa não sente dor e nem nota que sofre desse mal. No segundo grau, as células de gordura ficam mais inchadas. Então, elas começam a apertar as veias e os vasos linfáticos. Nesse estágio, já é possível notar uma certa ondulação na área atingida. Depois, no terceiro grau, há uma fibrose da pele que faz aparecer alguns nódulos, que reúnem aquelas células de gordura dilatadas. A circulação então já fica comprometida e a pessoa sente cansaço e peso nas pernas.

No último estágio, o nódulo fica mais endurecido e a circulação fica mais prejudicada. Nesse caso, já é possível ver as depressões, que parecem uma "casca de laranja". Nesse nível, a pessoa já sente bastante dor na perna e muito cansaço, pois a circulação sanguínea e a drenagem linfática foram afetadas. A celulite é dura e a pele fica com uma feição "lustrosa". Com base nesse panorama, a dermatologista afirma que é necessário usar medicações que melhorem a gordura, o colágeno e a circulação, pois esses são os principais fatores que determinam o aparecimento dos indesejáveis furinhos.

Composições

Foto: Getty Images


Segundo Daniela, para queimar a gordura, os medicamentos devem conter cafeína e ginkgo biloba, pois essas substâncias atuam diretamente na quebra das moléculas de gordura. Para melhorar o colágeno, centelha asiática e vitamina C são ativos poderosos que garantem a firmeza da pele. Já para auxiliar a circulação, são indicadas as mesmas medicações utilizadas no tratamento de varizes. O ginkgo biloba também tem bons efeitos sob o sistema circulatório. Em alguns casos, também é preciso tomar um diurético, para promover a eliminação do sódio e desinchar.

A dermatologista Carla Pontes Vidal, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, aposta em cápsulas que ajudam a ativar a microcirculação e a drenagem da pele. "Entre os compostos industrializados disponíveis nas farmácias estão o Innéov Fermeté, o Extrato de Chá Verde, a Glucosamina Marinha e o Extrato de Casca de Pinheiro", diz. De acordo com Carla, também é possível aliar o tratamento a pílulas como o Oenobiol Remodelant Liporedutor, que contém substâncias (fitnol e crómio) que prometem queimar as gordurinhas e, com isso, melhorar o aspecto da celulite.

Pele lisinha

Foto: Getty Images


Outro composto que está sendo muito utilizado pelos especialistas é o exsynutriment, um silício que aumenta a síntese do colágeno e da elastina. Há também o ágar-ágar, um extrato de algas marinhas que atua como moderador do apetite e diminui a absorção de gorduras, colesterol e glicose. Mas as especialistas dão um recado: Milagres não existem."A medicação oral é um coadjuvante. É preciso também tomar muita água, fazer uma dieta com pouca gordura e com pouco carboidrato, praticar exercícios físicos para melhorar a circulação, fazer drenagem linfática e usar cremes que tenham os mesmos ativos", alerta Daniela Graff.

Stress e roupas muito justas também são grandes vilões da boa forma. Para vencer os terríveis furinhos, é necessário mudar os hábitos e ter um estilo de vida saudável. Também é importante lembrar os remédios, tanto os manipulados quanto os industrializados, devem ser prescritos por especialistas. Se a pessoa tem alergia a algum componente, ela não pode tomar os medicamentos. Em casos de gastrite eles também não são indicados. Gestantes e crianças, por sua vez, não podem ingerir essas substâncias, pois podem ser prejudiciais à saúde.

Atualizado em 10 Abr 2012.