Guia da Semana


Foto: Getty Images


Vai machucar o bebê? Pode atrapalhar no seu desenvolvimento? Vou sentir prazer? Até quando posso fazer? Estas são as maiores dúvidas que pairam na cabeça das futuras mamães, quando o assunto é sexo durante o período gestacional.

Especialistas afirmam categoricamente: relação sexual na gestação não prejudica o crescimento e o desenvolvimento do bebê. A gravidez não pode ser considerada razão para abstenção sexual entre o casal, salvo orientação médica contrária. O sexo traduz a atração, além de simbolizar um amor erótico, extremamente importante para esta fase singular da vida da mulher, que se sente fragilizada e insegura quanto aos aspectos físicos e emocionais.

Antes de tudo, é fundamental um acompanhamento pré-natal adequado para identificar se existe algum problema na saúde da mulher e do bebê, que possa impedi-la de exercer a atividade sexual. No princípio os enjôos, mal-estar e algumas cólicas podem fazer o desejo diminuir temporariamente, mas a freqüência do sexo só deve ser restringida em situações específicas que requerem tratamento como ameaças de abortamento, sangramento, trabalho de parto prematuro, corrimentos e infecção urinária.

Se a gestação não apresentar contratempos, o casal pode se entregar ao deleite, desde que não comprometa o gasto de energia da mãe, de maneira a interferir o crescimento fetal.

Sexo na gravidez se torna um risco se:
? Houve aconselhamento médico para evitar por alguma razão
? Mulher apresenta um histórico de parto prematuro
? Apresenta uma condição onde parte da placenta cobre o cérvice
? A bolsa estourou
? Mulher apresenta sangramento
? Mulher está no último trimestre da gravidez e esperando mais de dois bebês
? Mãe ou seu parceiro estejam com alguma DST ativa


Vale ressaltar que o mais indicado é o casal aproveitar bastante até o sexto mês de gestação, porque a partir do sétimo, o útero tem seu volume bem aumentado e a atividade sexual pode estimulá-lo a contrações, causando sofrimento do feto e um possível parto prematuro, mas isto pode variar conforme a estrutura corpórea de cada mulher.

Esperar a chegada de um filho não bloqueia os desejos sexuais femininos e as mães podem tranqüilamente atingir o orgasmo no transcorrer da relação com o marido. Devido às alterações dos hormônios, algumas mulheres se sentem beneficiadas com o aumento da libido, enquanto outras reclamam da sua diminuição.

O sexo na gravidez proporciona estabilidade emocional, prazer físico e cumplicidade entre o casal. "Mesmo com tantas alterações impostas por este processo, a relação sexual mostra que o prazer está muito mais ligado ao amor do que com sexo. A relação também funciona como um momento de relaxamento das tensões do dia-a-dia", explica o ginecologista e obstetra Edílson Ogeda .


Foto: Divulgação


Na hora do prazer, nenhuma posição pode colocar em risco a vida da mãe ou do bebê. No entanto, à medida que a barriga cresce é mais cômodo a mulher por cima, no controle do prazer ou na posição de lado, onde não requer uma penetração tão profunda. O livro Mama Sutra, um Kama Sutra destinado às grávidas, traz dicas para fazer do barrigão um forte aliado na hora de manter o sexo em alta e pode ser encontrado nas melhores livrarias espalhadas por todo o país.

Posições mais indicadas para as grávidas manter o sexo em alta
? Colher: ocorre a penetração vaginal de lado por trás. Os dois se encaixam de lado. A grávida pode colocar um travesseiro bem pequeno sob a barriga, para apoiá-la melhor.
? Sentada: ele deita na cama, ela senta sobre ele. Boa posição para a grávida, pois ela pode se movimentar e controlar a penetração.
? Papai-e-mamãe adaptado: o casal fica na posição clássica, porém o homem eleva o tronco para não pressionar a barriga da parceira, ou com elevação da cabeceira da cama em pelo menos 30º.
? Cruz: os corpos ficam em posição de cruz - ela deita e flexiona as pernas, ele se encaixa de lado, sob as pernas dela.


"Sexo e gravidez representam a saúde, por isso quanto mais natural o relacionamento do casal nesta fase, mais segura a mulher se sentirá quanto ao parto, que é o milagre da vida", finaliza a ginecologista Denise Coimbra.

Colaboraram:
? Edílson Ogeda
? Denise Coimbra

Atualizado em 10 Abr 2012.