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Em meio a intermináveis discussões, protestos e soluções, a população só tem a lamentar a violência e a situação do país. Mas como tudo na vida, sempre existe o lado de quem sai ganhando com isso - o que não diminui o problema. No caso, com o aumento da violência, a procura por segurança também cresce e é justamente aí que se encaixa o personagem desta reportagem: o guarda-costas.
Há cerca de dez anos, 90% dos serviços prestados por empresas de segurança eram relacionados a guardas de prédios. Hoje a procura é tão grande que as companhias passaram a oferecer guarda-costas por hora. Segundo José Jacobson Neto, o vice-presidente do Sesvesp - Sindicato das empresas de segurança privada - existem clientes que contratam o serviço por um dia inteiro e outros por poucas horas. "É o tempo de buscar um parente ou amigo no aeroporto." A grande maioria da clientela vive em São Paulo, mas a procura em outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerias e Distrito Federal, aumentou.
Cena do filme ´O Guarda-Costas´, com Kevin Costner no papel-título www.imdb.com |
Um dos perfis de quem contrata este tipo de serviço é o do executivo típico, que viaja para fechar negócios em outra cidade. Outras companhias recebem pedidos de multinacionais preocupadas com o bem-estar dos funcionários e visitantes. Os guarda-costas chegam a acompanhar a clientela em jantares, cinemas, bares e casas noturnas. Além disso, há seguranças que acompanham filhos adolescentes que saem à noite e mulheres que usam jóias caras em eventos. O tipo de proteção é escolhido pelo próprio cliente. Eles variam entre: um ou mais seguranças, portando armas ou não; e ainda podem usar o veículo da empresa ou atuar como motorista, utilizando o carro de quem o contrata.
Num patamar acima, fica a elite da classe, os chamados superguarda-costas. São homens e mulheres treinados fora do país que se vestem com discrição e ainda dominam diversas línguas. Na contra mão, grandes empresários possuem o costume de empregar seguranças particulares de fora do país, que não falam português. Assim, podem acompanhar o executivo em todos os momentos, até durante as transações, pois não entendem o conteúdo das reuniões. A partir do instante que pronunciam sua primeira palavra em português, são demitidos do cargo.
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O valor profissional está diretamente ligado à discrição e confiabilidade. Como o segurança vive colado a pessoas ricas e celebridades, acaba tendo acesso a informações íntimas sobre a vida da pessoa. A família real inglesa possui uma lista de casos de privacidade violada por guarda-costas. Por outro lado, a de Mônaco possui outra de romances vividos entre princesas e seus respectivos seguranças particulares.
O salário de um segurança particular pode facilmente chegar à casa dos R$ 5.000,00 mensais. É necessário ter condicionamento físico - eles podem ter que acompanhar o protegido em exercícios de corrida, como no caso do empresário Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar -; habilidade para disparar em movimento; e ainda saber a ordem dos talheres da hora de comer para não dar vexame na casa do patrão. Quem opta pelo serviço por um dia inteiro ou determinado período de horas, pode desembolsar de R$ 50,00 a R$ 300,00, dependendo da empresa e do tempo.
Empresas que oferecem o serviço:
Protege
Local: Rua Visconde de Ouro Preto, 72 - Consolação - São Paulo
Fone: 3156-0800
AlsaForte
Local: Av. Francisco Matarazzo, 285 - Perdizes - São Paulo
Fone: 3874-8650
Atualizado em 10 Abr 2012.