Guia da Semana

Foto: Getty Images


O tratamento de Terapia de Reposição Hormonal - TRH - está cada vez mais eficiente. Antigamente, o mito era que a menopausa era o fim da vida saudável e ativa da mulher. Hoje, sabe-se que esse é apenas um estágio dos cuidados femininos, encarado com absoluta tranquilidade e uma excelente oportunidade de fazer mais coisas, com mais tempo e com maior qualidade.

Do ponto de vista clínico, as mulheres na maturidade têm um leque de opções de tratamento contra os efeitos da menopausa, que proporcionam qualidade de vida e ausência de sintomas incômodos, como os fogachos (sensação de calor).

Vamos continuar com o exemplo da nossa amiga Elza, de 50 anos, que ficou "menopausada" aos 44. O corpo ficou mais arredondado, está mais difícil de perder peso, os calores aumentaram à noite e ela esquece de tomar o remédio da TRH. Com esse quadro, Elza precisa de ajuda e troca o tratamento de TRH com implantes, que liberam a dosagem diária do hormônio. Elza melhora de humor, a pele e o cabelo ficam mais bonitos e os fogachos desaparecem. Essa é a alteração que a TRH provoca na mulher menopausada: uma qualidade de vida que permite desempenhar qualquer atividade acadêmica, de trabalho ou lazer.

Foto: Getty Images


Mas, no período de cinco anos, do início da menopausa até a decisão de colocar o implante, Elza passou por incertezas, ouviu muitos conselhos de amigas e primas, resistiu ao tratamento de reposição, porque achou uma comunidade no Orkut e ouviu entrevistas na internet, afirmando que TRH dá câncer de mama! Por ter ouvindo a opinião de amigas e não acreditando no seu médico, Elza ficou estressada por cinco anos.

"Hoje sou outra mulher. Se quando criança era levada ao pediatra e adulta fazia visitas ao ginecologista, porque desistir de viver aos 44 anos? Me vejo mais bela e segura e com os implantes hormonais associados à testosterona, voltei a ter tesão, voltei a ser mulher fêmea que olha e é cortejada. Se estiver escrito que um dia terei alguma doença, quero estar forte para enfrentá-la, ter a supervisão médica nesta descoberta, com exames e acompanhamento periódico. Minha prima também se chama Elsa, mas ela não utiliza a reposição hormonal, é prisioneira do próprio medo".

No nosso próximo encontro, é dessa outra Elsa que vamos falar.

Leia colunas anteriores de Denise Coimbra:

? A importância da Terapia de Reposição Hormonal


? Se quiser ser mãe, cuide de seu útero


? Mantenha a Saúde em Dia


Quem é a colunista: Denise Coimbra é médica ginecologista e obstetra.

O que faz: é formada pela Santa Casa de São Paulo. Participa do grupo de Reprodução Humana da UNIFESP e tem uma clínica em São Paulo especializada em Saúde da Mulher e Fertilização.

Pecado gastronômico: petiscos com cerveja, em um bar com amigos.

Melhor lugar do Brasil: Guarujá, onde curto meus fins de semana com meu marido e minha filha.

Como falar com ela: Acesse o site ou [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.