Guia da Semana

Foto: Sxc.hu


Para conseguir responder a essa pergunta, primeiro você terá de descobrir qual é o papel que você desempenha nas relações amorosas. Ou seja, quais são as suas crenças mais profundas em relação ao amor e ao sexo oposto?

Para descobrir, tente se lembrar dos comentários que os seus pais faziam um em relação ao outro e os dois sobre casamento, amor e convivência. Muitas das nossas crenças vêm da infância, quando ouvíamos frases do tipo: "homem não presta, é tudo mentiroso!", "mulher só serve para encher o saco", "as mulheres são safadas e falsas", "os homens são folgados e insensíveis", "todo homem trai", "as mulheres são vítimas das safadezas dos homens", "mulher só sofre!"... e por aí vai!

Nossos tios, avós, vizinhos e amigos sempre fazem comentários sobre os relacionamentos amorosos e, infelizmente, contam apenas e principalmente o lado negativo, as dificuldades, as mágoas mal-resolvidas, os "sapos" engolidos. E assim, crescemos com uma série de crenças a respeito do amor. Sem nos darmos conta, levamos essas crenças para as nossas relações e deixamos que elas sejam as bases de nossas atitudes, de nossos pensamentos e de nossos medos.

E aí, assumimos esses papéis inconscientemente e, como não podia ser diferente, atraímos pessoas que complementem essas bases, essas crenças. Então, uma mulher que ouviu e acreditou que toda mulher é vítima de seu homem, pode apostar: vai atrair e se apaixonar por um homem que a maltrate, que a magoe e que alimente o seu papel de vítima.

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Num outro caso, um homem que ouviu e acreditou que toda mulher é chata e possessiva, também pode apostar: vai atrair e se apaixonar por uma mulher que não larga do pé dele, confirmando suas crenças internas.

Mas, além desses preconceitos internos, adquiridos ao longo da vida, também vamos criando os conceitos sobre nós mesmos. Podem ser eles: "ninguém se apaixonaria por mim", "eu sou desinteressante e sem-graça", "não tenho sorte no amor", etc. Geralmente, esses pensamentos vão ficando tão fortes em nossa mente que se transformam numa espécie de código, fazendo com que nos aproximemos de pessoas que certamente vão confirmar nossas regras internas.

Sendo assim, enquanto não nos propusermos a rever nossos conceitos sobre nós mesmos como amantes, sobre o sexo oposto e sobre relacionamento, certamente ficará muito difícil mudar uma situação que não está nos agradando.

Pode acreditar: pessoas com a auto-estima elevada, que se gostam profundamente, que se respeitam e acreditam, sobretudo, que o amor é uma possibilidade evidente de ser feliz, terminarão vivendo exatamente um relacionamento que confirme isso. Ou seja, serão amadas, respeitadas e felizes!

Por mais difícil que seja acreditar no poder de nossas crenças internas, basta que prestemos atenção nos outros e, assim, poderemos perceber que conosco acontece o mesmo.

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Se você anda insatisfeito no amor há algum tempo, se não consegue encontrar a pessoa certa, se sempre se envolve com pessoas que lhe fazem sofrer, é hora de mudar o seu conceito de amor! Comece a acreditar no fato de que você atrai pessoas com energias semelhantes às suas e perceberá a urgência de mudar! Saiba que é preciso que você crie um espaço interno para a real possibilidade de encontrar um homem honesto, disposto a viver um grande amor e que lhe respeite... Ou uma mulher compreensiva, companheira e sincera... Pois somente depois de criar essa realidade dentro de você é que se tornará viável concretizá-la externamente!

Não é nada fácil mudar as crenças que já criaram raízes em nossas mentes, mas com percepção e vontade, é absolutamente possível. Então, lembre-se: todos nós estamos em busca de alguém que complemente nossas crenças. Se suas crenças ditam a sua felicidade, você encontrará alguém cujas crenças internas se baseiam no desejo de lhe fazer feliz. Mas se elas ditam o seu fracasso e o seu sofrimento... é hora de reverter esse jogo... caso queira ganhar!

Quem é a colunista: Rosana Braga
O que faz: Escritora, Jornalista e Conferencista. Autora do livro ´O PODER DA GENTILEZA´, entre outros.
Pecado Gastronômico: comida japonesa.
Melhor Lugar da Cidade: Parque do Ibirapuera.
Para Falar com Rosana: [email protected]




Atualizado em 6 Set 2011.