| Foto: Sxc.hu |
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Édipo é personagem de uma história grega. Seu pai, Laio, rei de Tebas, foi alertado pelo Oráculo de Delfos que ele fora amaldiçoado: seu filho o mataria e casaria com sua esposa, Jocasta. Ou seja, Édipo casaria com a própria mãe. Sabendo disso, Laio abandonou o filho logo após seu nascimento e...
Encurtando a história, Édipo cresce e acaba voltando para sua cidade natal. Ele mata seu pai e casa com a própria mãe, claro, sem saber que eram seus pais biológicos. Édipo teve quatro filhos com Jocasta. Após uma consulta do oráculo, eles descobrem que são mãe e filho. Jocasta se suicidou e Édipo furou seus próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe.
Refletindo sobre isso, pensei: será que nós, homens, no fundo não procuramos alguém que lembre, pelo menos um pouco, a nossa mãe? Deve ser uma das coisas que o homem mede para casar. A mulher que mais dá amor, carinho, atenção, segurança e até perdão para os homens nos seus primeiros vinte (ou mais!) anos de vida com certeza é a mãe. Porém a namorada/esposa tem um desafio ainda maior. Terá de apresentar todas essas características maternas e ainda acrescer o companheirismo que toda relação precisa ter.
Mulheres, não confundam o que estou dizendo. Obviamente os machistas gostariam de ter uma mãe ao seu lado para sempre, ainda imaginando aquele estereótipo de mulher dona de casa e o homem como provedor da renda familiar. Não é preciso ser psicólogo para saber que os mais machistas são os que mais procuram uma esposa como a mãe (como dona de casa), mas não vou entrar no mérito dos machistas. Quero entrar somente nas características semelhantes.
| Foto: Sxc.hu |
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Além das coisas boas já citadas, a mulher tende a herdar a chatice de cobrança da mãe. Vem junto com o "pacote". Não sou casado, mas falam que depois do matrimônio a esposa ainda fala para o marido: não deixa toalha molhada na cama, não deixa pasta de dente aberta, não deixa a tampa do vaso erguida. Haja paciência! Só falta falar para fazer a cama e arrumar as tralhas da sala quando tem visita. Não é possível.
No fundo, isso é uma maneira de a mulher dominar o homem. E a mulher que sempre dominou o homem é justamente ela: a mãe. Ou seja, a culpa é das mulheres! Elas que, tentando exercer domínio sobre nós, acabam ficando parecidas com as mães. Desculpem-me mulheres, mas vocês sabem que no fundo, querem dominar.
Parece que tudo piora quando, ainda no estágio de namoro, a sogra gosta da nora. Aí elas se juntam e viram melhores amigas, confidentes. Se isso acontecer, pobre homem, não tem para onde fugir. Numa discussão boba entre namorados, sempre quem terá razão é ela e a mãe entrará no meio para defender sua nova queridinha.
Calma aos homens, ainda pode ficar pior. Já pensou se, por acaso, nora e sogra não se entenderem? Ou, ainda mais comum, se elas fingirem que se entendem, mas na verdade uma odeia a outra? Aí o buraco fica mais embaixo para o homem. Se ele disser para a progenitora que atendeu a algum "desejo" da namorada, ela falará que ele está irreconhecível, cego, que a relação com certeza não chegará a lugar algum, que ele merece "coisa" muito melhor.
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Agora entendo por que alguns homens optam por morarem sozinhos. Mas pensando bem, deve ser duro. Ele sentirá falta de todas essas características de mãe, mesmo a chatice. A maioria dos homens pode até não gostar dessa cobrança, mas, os espertos, com certeza fingirão que gostam.
Quem é o colunista: André Carbone
O que faz: Jornalista (esportivo) e árbitro de futebol.
Pecado Gastronômico: Pizza.
Melhor Lugar da Cidade: Qualquer estádio.
Para Falar com André: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.
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