As academias que quiserem atrair mais alunas precisam voltar seus olhos para as aulas de boxe, muay thai, jiu-jitsu e capoeira, antes procuradas majoritariamente pelos homens. Essa é uma realidade que vem se solidificando há alguns anos e parece que veio para ficar. "Comecei a dar aula de lutas em 1998, mas a procura pelas mulheres começou a ser mais intensa em 2002", lembra o professor e lutador profissional de muay thai da Equipe Bravo, Fred Couto.
É nessa configuração que as mulheres estão perdendo os títulos de frágeis e desprotegidas e vêm conquistando, cada vez mais, seu espaço dentro dos ringues e sobre os tatames. Prova disso é que apenas uma modalidade dos esportes olímpicos não apresenta uma categoria feminina: a luta greco-romana. Até pouco tempo atrás, as mulheres também não tinham espaço dentro do boxe. Porém, nas Olimpíadas de 2012, que vão acontecer em Londres, elas já poderão competir em sua própria categoria. Assim, perdeu-se aquele mito de as lutas serem território apenas dos homens.
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Vantagens de 'bater'
Além de fazer com que as mulheres se sintam mais seguras, as lutas oferecem resultados rápidos e positivos para o corpo, com boas perdas de calorias, ganho de flexibilidade e massa magra. "Em três meses, as mulheres que fazem muay thai, por exemplo, já sentem um resultado absurdo em seu corpo", revela o ex-campeão mundial e professor da modalidade Moises Gibi. Ele ainda frisa que esse o efeito positivo acontece se a mulher praticar a luta três vezes por semana, por1h30, dedicar-se nos treinos e controlar a alimentação. Fred revela já ter participado de uma experiência em que uma aluna conseguiu emagrecer 20kg em apenas seis meses, com aulas de muay thai, acompanhamento nutricional e de um preparador físico.
O aumento da procura pelas lutas vem crescendo também por serem uma alternativa aos maçantes exercícios de musculação e as aeróbicas, com exercícios sempre iguais. "As aulas de luta são imprevisíveis. A aluna chega sem saber se vai treinar movimentos de soco, da parte inferior ou superior do corpo", revela Gibi. Isso é o que levou a assessora de imprensa Simoni Nishiyama, de 26 anos, ao procurar o boxe para manter-se em forma. "Tentei fazer esteira, musculação, pilates, mas achei os treinos muito repetitivos e entediantes. Comecei a fazer boxe pois queria uma atividade mais intensa e dinâmica", fala.
Há ainda o aumento do condicionamento, desenvolvimento do equilíbrio e coordenação motora. Segundo a assessora, sua capacidade cardiovascular e seu tônus muscular melhoraram significativamente e ela sentiu mais ânimo para suas atividades do dia a dia.
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Modalidades de luta
Elas são ainda uma alternativa para aliviar as tensões, desenvolver disciplina e superar os limites do corpo, além de trabalhar a autoconfiança, que reflete em seu cotidiano. Dependendo da intenção do praticante, há um esporte que pode praticar e atingir o objetivo pretendido, que pode ser perda de peso, tonificação dos músculos ou apenas sair do sedentarismo. Saiba agora as modalidades de luta mais praticadas pelas mulheres e veja qual é a mais indicada para você.
Boxe | Luta com os punhos, centrada nos membros superiores, mas, também trabalha os demais grupos musculares. Ensina a ter raciocínio rápido, lógico, melhora o condicionamento, a definição muscular e emagrece. |
Muay thai | É conhecido também como boxe tailandês. Em seus golpes, trabalham-se os membros inferiores e superiores. Desenvolve agilidade, reflexo, flexibilidade e condicionamento, além de ser uma das modalidades que mais se perde calorias, em média 1000 por aula. |
Jiu-Jitsu | É um tipo de arte marcial que usa alavancas de força física e pressões para derrubar, dominar e submeter o adversário. Visa o condicionamento cardiorrespiratório, fortalecimento muscular e flexibilidade. |
Capoeira | Genuinamente brasileira, a capoeira é caracteriza por golpes, movimentos ágeis e complexos. Desenvolve flexibilidade, coordenação, raciocínio e ritmo, pois é uma luta acompanhada por música. |
Atualizado em 10 Abr 2012.