Guia da Semana



Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica revelam que a lipoaspiração é o segundo procedimento mais adotado entre os brasileiros. Tamanha procura deve-se, principalmente, pelo aumento do número de pessoas interessadas em modelar o corpo e ter uma aparência próxima da perfeição. Antes de encarar o bisturi, é importante se ater à qualificação do médico e saber qual procedimento cirúrgico será realizado.

Mas como saber se a escolha do médico e o procedimento foram corretos? Quanto mais informações a paciente tiver, melhor. Só quem costuma questionar o especialista fica sabendo, por exemplo, que segundo as normas do Conselho Federal de Medicina, uma simples gripe pode impedir a realização da cirurgia.

Para que não surjam dúvidas sobre qual tipo de lipo é ideal para o seu biotipo, busque saber quais os procedimentos e resultados de cada uma e consulte um cirurgião plástico de sua confiança. "As técnicas são muito parecidas, mas o resultado não é sempre o mesmo, e, é neste ponto que os pacientes devem buscar a opinião dos médicos", alerta Alexandre Barbosa, cirurgião plástico.

Independentemente do procedimento adotado, o médico afirma que "a quantidade que pode ser retirada não deve ultrapassar os 5% do peso corporal. O exagero pode colocar em risco o paciente".

As peculiaridades de cada técnica



Hidrolipo: Mais indicada para os joelhos e culotes, a Hidrolipo é feita com um líquido (Ringer lactato acrescido de lidocaína e adrenalina) que é infiltrado no local, com o objetivo de encher o tecido adiposo. Por consequência, o volume das células adiposas aumenta, podendo ocasionar a destruição da mesma e facilitando a ação das cânulas de lipoaspiração. A técnica não é indicada para pessoas com o colesterol elevado, distúrbios de coagulação, mulheres grávidas, portadores de doenças crônicas descompensadas (como diabetes e hipertensão) ou que sejam alérgicas à anestesia.

Lipoescultura: O processo desta técnica poderia ser chamado também de "operação tapa-buraco", isto porque parte da gordura retirada - pelo mesmo processo da lipoaspiração - é injetada em áreas que necessitam de preenchimento, como, por exemplo, os glúteos, buraquinhos da celulite e sulcos da face. "Como a gordura aplicada é do próprio paciente não há riscos de rejeição", ressalta o cirurgião plástico. "O resultado da lipoescultura aparece após 6 meses da operação, mas no quarto mês, 80% do resultado já foi atingido", esclarece Alexandre.

Vibrolipoaspiração: Considerado como um método inovador, consiste na introdução de mecanismos vibratórios nas cânulas de aspiração. Ao penetrar no tecido gorduroso o trauma é menor, assim como a possibilidade de irregularidades no resultado é menor. Outra vantagem é que o sangramento e a dor no pós-operatório são menores, além da recuperação ser mais rápida. Após a operação é indicado o uso de cinta elástica e drenagem linfática após o 5º dia da cirurgia.

Lipo a laser: Neste procedimento, um aparelho com funcionamento a laser, acoplado à cânula de aspiração de gordura, derrete a camada gordurosa, matando as células adiposas. O cirurgião afirma que o fim das células não é sinônimo de maior eficiência, pois se a aspiração não for completa, as células mesmo mortas continuam no corpo do paciente, o que pode gerar falta de regularidade na superfície da pele. Para o pós-operatório é indicado o uso de cinta elástica e drenagem linfática.

Minilipo: Também conhecida como Lipo Light, a técnica é a mesma da lipoaspiração comum. O que a diferencia é que só pode ser feita em regiões com baixo índice de gordura. Além disso, não é necessário repouso nem internação, em alguns casos a paciente pode retornar a sua rotina comum no dia seguinte. É comum o inchaço permanecer até cinco dias depois da operação, e por isso é indicada a drenagem linfática.

Fotos: Getty Images.

Atualizado em 1 Dez 2011.