Foto: Sxc.hu |
Você pode acordar bem, feliz com o mundo. Trinta minutos depois começa chorar sem motivos. No período da tarde quer matar todo mundo. À noite, no telefone com o namorado, você pede só um pouquinho de atenção com aquela voz de criancinha que toda mulher sabe fazer. Depois, vai para cama, carente, querendo colo. No dia seguinte, outras mudanças de humor acontecem. Haja paciência (deles)!
Como eu sofro e como as mulheres do mundo inteiro sofrem! E como as pessoas que estão ao nosso lado sofrem também... Coitados! O meu namorado é que o diga. E olha que eu até aviso que o humor não está nada bem.
Mas nem todas as pessoas respeitam esse momento crítico. Você chega, com um rostinho nenhum um pouco feliz, não fala "Bom Dia" ou "Boa Tarde" com tanto entusiasmo e as pessoas já lançam a perguntinha mágica: "O que você tem?". Então, esse será o momento de dizer que é melhor ficar longe, não fazer nenhum tipo de brincadeirinha. Mas a resposta nem sempre é a mais simpática. "Nossa, ela está assim de novo, sai de baixo". Se você está sensível demais, você chora. Ou seus olhos vão brilhar de raiva e terá uma vontade louca de pular no pescoço de alguém.
Foto: Arquivo Pessoal |
Elaine e o (paciente) namorado Flávio |
Quando isso acontece comigo, já fico extremamente preocupada, porque sei que nessa época sou uma fera. Então, vou recorrer aos chás que possam me deixar mais calma, ouço uma música calma, tento fazer as coisas que mais gosto. E, claro, tomo meu remédio fitoterápico, que o meu ginecologista recomendou nessa época de inferno astral (que para mim não acontece apenas um mês antes do aniversário... mas pelo menos uma vez por mês).
O remédio tem dado um resultado positivo. Mas se esqueço de tomar um único dia na semana da TPM, esquece! Fico extremamente irritada. Nem colo do meu namorado adianta. Mas mesmo assim, ele está sempre ao meu lado e muito paciente comigo. Sem seus abraços acho que a TPM seria bem pior. Só ele para me dar carinho, atenção e agüentar essa fase junto comigo. Merece um troféu!
Na semana "D", ou melhor, "F", de Fera, tento trabalhar muito a minha paciência e ansiedade sempre quando passo dos limites ou brigo sem motivos. É o momento de perceber que serão todos os meses e a TPM não é culpa de ninguém e, muito menos, da pessoa que está do seu lado.
De qualquer forma, é uma coisa que acontece com todas as mulheres, por influências hormonais do ciclo menstrual que interferem no sistema nervoso central e até nutricional, já que nessa época comemos de tudo. As pessoas que gostam realmente de você entenderão que isso é normal e te darão todo carinho necessário. Ou senão, entenderão que é melhor ficar bem longe por um tempinho, antes que seja perigoso!
Enquanto isso...
Foto: Sxc.hu |
Talvez seja falta de atenção minha, então assumo a culpa individualmente (mas acredito, mesmo, que não seja só isso...). Acredito que mais importante do que desenvolver esta sensibilidade de perceber nos outros qualquer sutil mudança, é perceber a mudança em tempo e reconhecer o tamanho da crise.
Geralmente, aliás, nem é propriamente uma crise! A questão a lidar é mais pelo fato da surpresa e porque cada mês é uma nova história, diferente da anterior. Você pode encontrar sua namorada brava ou triste e nem ela saberá o motivo! Enfim, quando tudo começa é preciso paciência, basicamente.
Com paciência e esforço de ambos é que, diante de cada situação adversa, tentamos encontrar um novo ponto de equilíbrio.
Quem é o colunista: Flávio Rocha de Souza.
O que faz: é advogado.
Pecado gastronômico: panqueca e estrogonofe.
Melhor lugar do Brasil: Analândia - São Paulo.
Fale com ele: [email protected]
Quem é a colunista: Elaine Elizabeth Casimiro.
O que faz: é assessora de imprensa.
Pecado gastronômico: brigadeiro com morangos.
Melhor lugar do Brasil: a minha casa.
Fale com ela: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.