Guia da Semana


A pulada de cerca agora pode ser facilitada via web

Você já ouviu falar em um cara chamado Noel Biderman? Pois saiba que nos Estados Unidos ele é considerado praticamente um herói entre os cafajestes. E não é porque ele salvou alguém de um incêndio ou inventou a cura para o câncer. Apenas ofereceu uma boa solução para um problema comum nos dias de hoje: pular a cerca sem ser descoberto. Como ele fez isso? Desenvolveu o Ashley Madison, uma rede de relacionamento para pessoas casadas, que atraiu 3,3 milhões de usuários, com um slogan bastante objetivo: "A vida é curta, tenha um caso".

Nem tudo são flores

A ideia do Orkut do adultério surgiu em 2001, quando Biderman se deparou com uma pesquisa que constatava que cerca de 30% das pessoas que participavam de sites de namoro estavam comprometidas. Partindo do pressuposto que adultério sempre esteve por aí, resolveu ser apenas um facilitador, lançando o site no mesmo ano.

Desde então, o criador, de apenas 37 anos, tem sido acusado de fazer apologia ao adultério. Por essa razão nenhuma de suas propagandas e informes publicitários foram aceitos nas principais TV americanas, fora os protestos de organizações defensoras da instituição sagrada do matrimônio, que consideram o serviço desprezível e sem moral. A divulgação ficou por conta do boca-a-boca, literalmente.

Mesmo entre o bombardeio de críticas, o fanfarrão não dá o braço a torcer e defende a sua invenção com unhas e dentes. "Acredito que, em muitos casos, o adultério ajuda a manter o casamento, como na França, onde a taxa de infidelidade é elevada. O uso do site não vai aumentar a incidência de traições", garantiu em depoimento ao New York Times.

Mas como em casa de ferreiro o espeto é de pau, Biderman afirma que jamais usaria o site. "Acredito hoje que ter uma relação monogâmica é a melhor forma de minha mulher e eu cuidarmos um do outro e criarmos nossa família. Talvez em seis anos eu mude de ideia", afirmou em uma entrevista ao canal de notícias CNN.

A primeira vez...


O serviço já possui mais de 3 milhões de usuários inscritos

Defendendo a igualdade dos direitos entre os sexos, o Ashley Madison se propõe a ajudar homens e mulheres a dar uma escapadinha, sem discriminação. Mas para a alegria de uns e tristeza de outros, a proporção é desigual: são em média oito homens (em busca de sexo) para cada mulher. A maioria delas procurando apenas uma aventura passageira em seus perfis.

Para começar a pular a cerca, é preciso apenas fazer um cadastro gratuito, incluindo uma mensagem de apresentação, tipo físico, medidas e interesses (tudo na primeira página do site). Colocar uma foto não é obrigatório, mas aumenta bastante as chances de se dar bem por ali. As opções de preferências vão de encontros simples até os mais picantes, ou um inocente chat entre os participantes.

Em terras brasileiras

Redes de relacionamento são bastante populares no Brasil. Assim, como (ao que parece) a infidelidade. Apesar de ainda não existir uma data definida, os Don Juans nacionais já podem aguardar uma versão nacional do site (que por enquanto foca no público norte-americano). Noel Biderman já declarou que possui plenos interesses de expandir os negócios para esses lados. Para isso, andou realizando pesquisas sobre o mercado brasileiro e acredita que página terá uma grande procura por aqui.

Para os mais empolgados, vamos reiterar que o site também atende o público feminino. Ou seja, enquanto você reserva o motel e a champagne para aquela loira do perfil ao lado, sua esposa poderá estar combinando uma viagem com o vizinho. Ou pior, com você mesmo!


Atualizado em 6 Set 2011.