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Que as mulheres de trinta já não têm mais aquele mesmo frescor das de vinte, é a mais pura verdade. Mas vale dizer que elas seduzem e encantam como ninguém, são seguras e repletas de histórias para contar.
Se atingir a maioridade significa completar dezoito aninhos ou fazer vinte e um, se preferir; então, a maturidade vem aos trinta. Sim, é quando você atinge o ápice de sua sexualidade e seus próprios entendimentos. É aquela sensação de liberdade que só é possível sentir de verdade a partir do momento em que se é dona de si - em todos os sentidos. E isso não é para qualquer uma.
Sempre ouvimos dizer que a idade chega para todos, mas sabemos que envelhecer pode ser complicado. Uma ruguinha que aparece aqui, um pé de galinha ali...e os cabelos brancos então? Aos montes, vão surgindo e recobrindo nossa cabeça de fios que até então combinavam com todo o resto. Mas eles estão ali, sinalizando nada mais nada menos, que a maturidade chegou. E os tão temidos trinta seguem seu curso natural.
Caso a transição dos vinte para a era dos trinta você esteja com tudo em "riba", os anos, a partir daí, não podem ser motivo de angústia, com aquela imagem de que eles irão se propagar cada vez mais depressa e logo, quase que num sopro, pimba! Quarenta! Se o pensamento fluir nessa direção, com toda certeza, você já estará morta e enterrada, não é mesmo? E do que adianta? Só mais estresse. Consequentemente, mais cabelos brancos. Olha eles aí outra vez!
Mas e quando o assunto é a carreira profissional? Casamento? Maternidade? Ok, muitas mulheres podem entrar em parafuso por se aproximarem dos trinta com a vida completamente diferente daquilo que sonharam. Por não estarem estabelecidas financeiramente ou por não terem encontrado o príncipe encantado e o tal do relógio biológico não para de correr.
Sabemos que ser mulher é uma baita complexidade. Mas uma coisa é certa: os trinta trazem a atitude necessária para a mulher discernir exatamente o que já não quer mais para sua vida. Pois aos vinte, você acha que sabe, mas ainda não tem certeza disso. E essa coisa de eliminação, vamos combinar que é tudo de bom!
Balzac dizia que as mulheres de trinta eram, sem dúvida, as mais belas das mulheres. Sabiam exatamente o que queriam, desafiando seu próprio tempo. Não tinham medo de buscar a felicidade. Mulheres mais sábias, mais instruídas e protagonistas de suas próprias vidas.
Ser uma trintona é tomar as rédeas, contudo, é também não conhecer muito bem as regras que o mundo impõe, podendo ditá-las de vez em quando. Por que não? Essas mulheres são fortes e valentes, mas sem aquele ranço ou mesmo sem o medo das décadas que surgirão, seguindo firme, sempre em frente, de cabeça erguida.
Conhecem seu taco melhor do que ninguém, seja morando sozinha, casada ou separada. Com filhos ou não, elas têm pleno controle de suas limitações e dificilmente passam despercebidas.
São poderosas. Sentam-se à mesa de um bar a qualquer hora do dia, sem vergonha do que possam dizer. Não têm medo de errar e estão sempre à vontade consigo mesmas. Eu diria que elas são o suprassumo das mulheres.
O que mais uma mulher com tantas qualidades, no auge de seu charme e ousadia, poderia desejar? Deixemos as incertezas para as de vinte. Bora apagar as velinhas? Afinal, existe sim, vida após os trinta. E aos quarenta, cinquenta, sessenta...
O futuro? Uma caixinha de surpresas...
Quem é: Carolina Marçal.
O que faz: é mãe, redatora, balzaca e ex-chocólatra.
Pecado gastronômico: as panquecas da minha avó!
Melhor lugar do mundo: qualquer um onde eu possa ver as estrelas.
O que está ouvindo no rádio, carro, mp3, iPod: Coco Rosie, Radiohead, Strokes, Jamiroquai e Talking Heads! Que são bandas que eu adoro, embora eu ouça de tudo!
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Atualizado em 10 Abr 2012.