Guia da Semana

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Desde a sua criação, em 1983, pelo médico francês Yves-Gérard Illouz, a lipoaspiração tem tido grandes avanços técnicos, o que a torna cada vez mais segura e menos agressiva. Originalmente criada através da introdução de cânulas de grande calibre utilizadas para a aspiração da gordura, a técnica não raro levava à produção de irregularidades, nodulações e grandes equimoses (o famoso "roxo"). Isso se devia ao fato de uma cânula grossa "arrancar" a gordura de forma grosseira e com muitos traumas para o tecido gorduroso.

Com o passar dos anos, as cânulas foram afinando cada vez mais, o que ajudou a minimizar o trauma cirúrgico. Associada à utilização de anestésicos locais e adrenalina, o sangramento intraoperatório também foi minimizado, assim como a necessidade da utilização de grandes quantidades de anestésicos gerais, visto que a anestesia local reduzia sobremaneira o estímulo doloroso.

Quanto menor o trauma, menor o sangramento, melhor a recuperação, menor o período de afastamento das atividades cotidianas e maior a segurança da cirurgia. Assim, a lipoaspiração foi se popularizando por ter melhores resultados e mais segurança.

Porém, na minha opinião, o maior avanço da lipoaspiração foi a introdução de mecanismos vibratórios nas cânulas. Com a cânula vibrando ao penetrar na gordura, o trauma no tecido gorduroso é muito menor, o que pode ser comprovado com um menor sangramento, menor dor pós-operatória, recuperação mais rápida e menor chance de irregularidades. Este tipo de mecanismo passou a ser chamado de vibrolipoaspiração.

Depois de fazê-la pela primeira vez, nunca mais voltei a fazer a lipoaspiração tradicional! Logicamente que o resultado da cirurgia ainda está nas mãos e na experiência do cirurgião que manipula a cânula, mas, sem dúvida nenhuma, a vibrolipoaspiração veio facilitar a vida do cirurgião e a recuperação do paciente!


Leia as colunas anteriores de André Colaneri:

Existe idade certa?

Cirurgia Íntima

Prótese de mama

Quem é o colunista: André Colaneri.

O que faz: É médico perito judicial em cirurgia plástica, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas com especialização em Cirurgia Plástica. Hoje é um dos expoentes nacionais na sua área de atuação.

Pecado gastronômico: Frutos do mar.

Melhor lugar do Brasil: Fernando de Noronha.

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Atualizado em 6 Set 2011.