Por Leonardo Filomeno

E não é que a moda invadiu os campos? Há tempos o fanatismo pelos clubes ultrapassou as quatro linhas e está difundida desde mesas de boteco até em baladas conceituadas. Mas, quando a fase do seu time de coração não é boa e não é possível comemorar as glórias presentes, torcedores descobriram uma forma de manter acesa essa paixão recorrendo a personagens marcantes de seu clube, momentos históricos e conquistas que causam inveja a qualquer adversário.

Para isso, basta recorrer a empresas que fabricam camisetas retrôs e montar a sua nostálgica coleção particular. O assessório atemporal concentra a beleza na força do escudo do seu time - algo bem distante dos patrocínios que poluem o manto sagrado.

Mania de colecionador

O representante comercial Adriano Tavares, 34 anos, começou sua paixão pelo futebol quando tinha cinco anos, ao ganhar do avô a camisa da seleção brasileira de 82. De lá para cá adquiriu mais 154 modelos, de seleções, clubes nacionais e internacionais. Para ele, com o passar dos anos ficou cada vez mais difícil achar camisas interessantes. "Os patrocínios dos clubes tornaram a camisa um pequeno macacão de Fórmula 1. Muitas vezes os próprios escudos acabam desaparecendo no meio de um monte de nomes, logotipos e cores que nada representam o time", ressalta.

Cheias de patrocinadores, recortes de gosto duvidosos, mudanças frequentes de fabricantes... esses detalhes podem ser extremamente lucrativos para os times, mas desagradam os fanáticos pelo futebol. "Para os torcedores, não existe camisa mais bonita que a do seu time do coração com suas cores e escudo. Assim, sem nada mais", aponta Daniel Antunes, diretor do site Clube Retrô, que vende camisas pela web.

Fidelidade na reprodução

Para atender esse público apaixonado e exigente, empresas como esta resolveram entrar no mercado para produzir réplicas históricas dos mantos consagrarados. Através de pesquisas, consultas e indicação dos clientes, reproduzem com uma fidelidade de quase 90% em relação ao modelo original, segundo o gerente administrativo do site Camisas de Futebol Retrô, Paulo Ribeiro.

Por não conterem a poluição visual dos acessórios atuais e serem bem mais confortáveis, as camisas estilizadas não são indicadas para as peladas de fim de semana. "Trabalhamos com tecido de algodão de alta qualidade, que permite muito mais conforto para quem está vestindo, diferente do material usado pelas empresas oficiais, preocupados somente em peças que ofereçam alta performance ao atleta", resume o gerente de novos negócios da Liga Retrô, Max Holender.

Relíquias a venda

O design clean e a gola polo deixam as peças aptas para entrar no outfit de ocasiões menos informais, como festas e baladas. Entre as camisas mais procuradas em empresas especializadas, está a do goleiro Yashin, da União Soviética; a da Holanda, na copa de 74; e a seleção canarinha, de 1970. Já entre os times nacionais, a camisa da conquista do Flamengo, na Copa União de 87, e o manto do Botafogo, no título carioca de 89, comandam as vendas.

E quem pensa que o público se resume a homens de meia-idade com síndrome de nostalgia, engana-se. A procura de jovens interessados nas réplicas das camisas que não puderam acompanhar pela TV é grande. Aliado a isso, o público feminino ganhou gosto pela coisa e já tem espaço reservado, como no site Liga Retrô.

Há mais uma vantagem para os que quiserem aderir a moda das réplicas: a faixa de preço varia entre R$ 55 a R$ 130, um custo bem mais acessível que os dos produtos oficiais licenciados, acima de R$ 150. É só escolher a sua e correr para o abraço!

Veja onde comprar camisas retrô:

Liga Retrô

Camisas de Futebol Retrô

Clube Retrô