Foto: AFP
Museu do Apartheid: localizado no bairro de Soweto, conta toda a história da luta contra a segregação entre negros e brancos na África do SulCidade do Ouro e capital econômica da África do Sul, Johannesburgo é a quarta maior do continente africano. Com um pouco mais de 3 milhões de habitantes e cerca de 12% do PIB do país-sede da Copa, é o maior centro comercial, industrial e financeiro do país. Johannesburgo significa "lugar do ouro".
Com aproximadamente 2.328 parques, que formam uma grande floresta urbana, a cidade tem bastante verde, o que disfarça um pouco a agitação típica de uma metrópole.
Johannesburgo abriga o tradicional bairro de Soweto, de maioria negra, e famoso durante a luta contra o apartheid. A Carta da Liberdade, que acabou com as diferenças entre brancos e negros e baseou a atual Constituição da África do Sul, foi assinada no local.
A cidade tem também o aeroporto mais movimentado do continente africano, o que faz com que a maior parte das pessoas que vão visitar a África passem por lá. Na Copa do Mundo, Johannesburgo também deve ser rota rodoviária de muitos torcedores, pois Pretória, Nelspruit, Polokwane, Rustemburg e Bluemfonteim, todas cidades-sede da competição, podem ser alcançadas a partir de lá. Ou seja, hospedado na cidade e com alguma disposição, o turista poderá conhecer sete dos nove estádios que sediarão o torneio.
Conhecendo Johannesburgo e seus pontos turísticos
Por ser um ponto de escala de voos para as demais regiões da África, Johannesburgo recebe muitos estrangeiros durante o ano todo. No período da Copa do Mundo essa demanda deve aumentar ainda mais.
O clima sul-africano deve causar estranheza aos turistas desavisados, já que entre os meses de junho e julho as temperaturas podem chegar a 0°C.
Na cidade, os principais pontos turísticos são o Museu do Apartheid, com um grande acervo sobre as atrocidades dos brancos contra os não-brancos (negros, indianos, mestiços) na África do Sul, o Museu Hector Pieterson e a praça Walter Sisulo, ambos símbolos da luta contra a segregação racial. Johannesburgo abriga também o Gold Reef City - um grande parque de diversões -, o Zoológico, a Galeria de Artes de Johannesburgo, o Museu da África, o Market Theatre, famoso na dramaturgia sul-africana e o Constitution Hill, importante palco de conferências e eventos históricos do país. 'Josy', como também é chamada, está bem próxima do sítio arqueológico de Sterkfontein, considerado Patrimônio da Humanidade, onde foram encontrados os resquícios mais antigos da civilização.
Já no bairro de Soweto, o turista também pode conhecer o Museu de Nelson Mandela, instalado na antiga casa onde o líder viveu. Ele morou na rua Vilakazi, mesmo local onde residia o arcebispo Desmond Tutu, outro ícone da luta sul-africana.
Também é importante ressaltar que Johannesburgo é apaixonada pelo futebol e tem os dois maiores rivais (e vencedores) dos últimos anos no futebol sul-africano: O Orlando Pirates e o Kaizer Chiefs. A cidade abriga cinco estádios e dois deles foram reformados especialmente para a Copa do Mundo 2010: Ellis Park e Soccer City, palco da abertura e da grande final do torneio.
Como se locomover em uma metrópole africana?
Johannesburgo tem boas estradas, mas o transporte público não é recomendado para os turistas. As opções podem ser os táxis, os micro-ônibus, um tipo de táxi coletivo, e veículos de aluguel, que podem ser reservados no próprio aeroporto. Os táxis são reconhecidos pela cor amarela.
A cidade planejou gastar mais de US$ 130 milhões para melhorar os transportes públicos. Novos sistemas de ônibus serão instalados e percorrerão os caminhos de estádios e centros de treinamentos durante a Copa. O aumento da frota do transporte coletivo e o sistema de integração, assim como já funciona na cidade de São Paulo, onde o usuário pode utilizar algumas conduções pagando apenas um bilhete, devem ser implantados na África do Sul. Um sistema de ônibus-leito, para o transporte de uma cidade à outra, e as ferrovias também são aconselháveis para o visitante.
Tudo isso está no planejamento, mas por se tratar de um país subdesenvolvido, é importante ficar em alerta, pois as coisas podem não sair do papel para a Copa do Mundo.
Hospedagem para todos os gostos... e bolsos também
O centro econômico da África do Sul tem diversas opções em sua rede hoteleira, para todos os bolsos e necessidades.
Para o turista mais abonado, a cidade tem nove hotéis que estão muito próximos do aeroporto Internacional OR Tambo. Existe até um hotel que é dentro do próprio aeroporto.
As hospedagens em Johannesburgo são bem diversificadas e têm algumas opções: hotéis de luxo, hospedagens dentro, ou bem próximas ao aeroporto, o Bed and Breakfast, tipo de hotel que traduz ao pé da letra o tipo de serviço oferecido - cama e café da manhã - e os alojamentos para turistas de baixo orçamento, onde mochileiros se encontram e se acomodam em salas para até 70 pessoas.
Lugares para comer e se preparar para a diversão noturna
Assim como em São Paulo, Johannesburgo, por se tratar de uma grande metrópole, tem restaurantes para todos os gostos. Na cidade você pode encontrar estabelecimentos luxuosíssimos, com pratos encontrados em qualquer outro bistrô do mundo, os históricos, que serviram de cenário para emocionantes cenas da história do país, os de cozinha indígena e, claro, os típicos africanos. O bairro de Soweto, na periferia, também tem tradição na culinária e possui restaurantes variados.
Na África do Sul é comum a prática de dar gorjeta, portanto para quem for à Copa é bom reservar um dinheiro extra para dar em restaurantes, postos de gasolina, hotéis, etc.
A noite da cidade não é considerada das mais seguras do mundo, mas tem locais como os clubes Taboo e Afrodisiac and Voodoo Lounge, onde os turistas podem dançar e conhecer outros traços da cultura sul-africana. Em 'Josy', você ainda pode encontrar bares, lounges, shows de jazz e até boates punks.Um lugar para conhecer o lado alternativo dos sul-africanos é o Carfax, conhecido por abrigar a cena progressiva desta região.
Se preferir testar a sorte e for maior de idade, os turistas também podem visitar dois cassinos, que ficam abertos 24 horas por dia.
Como chegar
A única empresa que leva o turista direto do Brasil até a África do Sul é a South African Airways. Os voos saem de São Paulo, do Aeroporto Internacional de Guarulhos, e vão diretamente para Johannesburgo, em uma viagem que pode durar cerca de 8h30.
A empresa também dispõe de um serviço onde o turista pode comprar o trecho de qualquer capital do Brasil, utilizando as companhias Tam ou Gol, passar por São Paulo e seguir para Johannesburgo.
Outras empresas, como a Emirates, Iberia e a Air France, também fazem a viagem, mas com escalas na Europa, o que aumenta a duração e, até mesmo, o preço das passagens.
Veja todas as informações e sugestões sobre os serviços de hotelaria e de transporte de Johannesburgo clicando aqui.
Atualizado em 10 Abr 2012.