Em 2025, o MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresentará uma programação especial focada na crise climática e na relação entre o ser humano e o meio ambiente.
As exposições acontecerão em ambos os edifícios do museu: a sede original, projetada por Lina Bo Bardi, e o novo edifício Pietro Maria Bardi, que será inaugurado em março de 2025.
Entre os destaques estão a mostra "Histórias da Ecologia", que reunirá artistas, coletivos e ativistas de diversas partes do mundo; "Histórias do MASP", que marcará a abertura das novas galerias no edifício Pietro Maria Bardi; e "O Outro, Eu e os Outros", do artista colombiano Iván Argote, que propõe uma reflexão sobre o papel do indivíduo no coletivo e no espaço público.
Legal né? Confira detalhes sobre as 12 exposições inéditas da programação de 2025 do MASP!
Pierre-Auguste Renoir
A exposição sobre Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) exibirá as treze obras do artista presentes no acervo do MASP. Composta por doze pinturas e uma escultura, a mostra abrange praticamente toda a carreira do artista francês. Renoir foi um dos principais pintores do movimento impressionista francês, conhecido por suas pinturas de cores vibrantes, caracterizadas pelo uso da luz e cor e uma atenção especial à figura humana, especialmente em cenas de cotidiano e retratos.
- Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
- Quando: de março a agosto de 2025
Histórias do MASP
A exposição percorrerá mais de sete décadas de história do museu no contexto da abertura do seu segundo prédio na avenida Paulista, o edifício Pietro Maria Bardi. A mostra aborda temas como a formação do acervo, as histórias das exposições no museu, sua extensa programação, bem como as transformações na arquitetura de seus edifícios. Esse momento de expansão também nos convida a refletir sobre a forte presença do MASP no imaginário artístico e cultural paulistano e nacional.
- Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
- Quando: de março a agosto de 2025
Artes da África
A exposição estabelece uma leitura crítica e propositiva sobre a da coleção de arte africana do MASP que reúne cerca de 120 itens e obras provenientes da África, que abrangem desde peças do Egito Antigo até alguns trabalhos contemporâneos. A maior parte desse acervo são estatuetas e máscaras do século 20, incorporadas ao acervo do museu ainda nas primeiras décadas de sua formação.
- Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
- Quando: de março a agosto de 2025
Isaac Julien: um maravilhoso emaranhado
Isaac Julien é um artista e cineasta que, por meio de narrativas audiovisuais e instalações multimídia, tensiona os limites entre diferentes práticas artísticas, como arquitetura, fotografia, música e pintura. Composta por nove projeções simultâneas em telas de grandes formatos, os vídeos captam imagens de edifícios icônicos de Lina Bo Bardi (1914-1992), realçando a dimensão poética do legado da visionária arquiteta e designer modernista.
- Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
- Quando: de março a agosto de 2025
Iván Argote: O Outro, Eu e os Outros
Iván Argote é um artista e cineasta colombiano radicado em Paris que realiza filmes, fotografias, esculturas e performances, além de instalações de grandes dimensões. Seus trabalhos problematizam as relações do homem contemporâneo com as estruturas de poder, os sistemas de crenças e os espaços urbanos. Argote desenvolveu duas gangorras coletivas, cada qual composta de uma plataforma basculante que se inclina ora para um lado ora para outro, dependendo do número de visitantes e da posição em que se encontram.
- Onde: Vão Livre
- Quando: de março de 2025 a janeiro de 2026
Hulda Guzmán convidou a natureza gentilmente
Hulda Guzmán é reconhecida por retratar, por meio da pintura, seus arredores tropicais e caribenhos enquanto explora planos, perspectivas e realidades, povoadas por um elenco de seres humanos, animais, plantas antropomórficas e criaturas imaginárias. A exposição aborda sua relação com a paisagem impressionista, destacando sua contribuição ao mesclar a paisagem com características arquitetônicas, realismo mágico e muralismo mexicano.
- Onde: 1° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
- Quando: de 11 de abril a 24 de agosto de 2025
Mulheres Atingidas por Barragens: bordando direitos
Arpillera é o nome em espanhol para uma linguagem têxtil figurativa que, durante o regime ditatorial de Augusto Pinochet, se tornou uma forma de denunciar as violações dos direitos humanos. No Brasil, essa forma de expressão inspirou o Coletivo Nacional de Mulheres do MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens, um movimento social brasileiro, auto-organizado, surgido na década de 1980. A exposição apresentará cerca de 30 trabalhos, produzidos entre 2013 e 2024, por mulheres que se reúnem em oficinas organizadas pelo MAB em todo o território nacional.
- Onde: Mezanino, Edifício Lina Bo Bardi
- Quando: de 11 de abril a 3 de agosto de 2025
A Ecologia de Monet
A exposição explora o vínculo entre o icônico artista impressionista Claude Monet (Paris, França, 1840—1926, Giverny, França) e o meio ambiente, integrando o programa curatorial do museu para 2025 dedicado ao ciclo de Histórias da Ecologia. A relação do pintor impressionista com a natureza abrange toda a sua obra, tornando-se mais complexa ao longo dos anos.
- Onde: 1° andar, Edifício Lina Bo Bardi
- Quando: de 16 de maio a 25 de agosto de 2025
Frans Krajcberg: reencontrar a árvore
Frans Krajcberg foi pioneiro no cruzamento entre arte e ecologia, precursor em dar visibilidade às questões ambientais no território brasileiro. O artista trabalhou a partir de resquícios de troncos, cipós, raízes e madeira calcinada, explorando pigmentos naturais, para produzir obras em que os elementos naturais são a própria matéria de sua arte. Krajcberg provocou uma virada radical nas convenções da escultura, além de desafiar fronteiras entre desenho, gravura e pintura.
- Onde: 2° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
- Quando: 16 de maio a 19 de outubro de 2025
Geometrias
A exposição reunirá cerca de 40 trabalhos do acervo que se relacionaram com a abstração geométrica. A mostra apresenta desde artistas concretos e neoconcretos, como Judith Lauand (1922-2022) e Hélio Oiticica (1937-1980), até artistas contemporâneos como Delson Uchoa e Beatriz Milhazes. Artistas que trabalharam com a geometria a partir de abordagens menos formalistas também estão incluídos, como Rubem Valentim (1922-1991) e Alfredo Volpi (1896-1998).
- Onde: Edifício Pietro Maria Bardi
- Quando: de 10 de outubro de 2025 a 1 de fevereiro de 2026
Clarissa Tossin: ponto sem retorno
A mostra abrange peças de 2008 até o presente, incluindo instalações, esculturas, tecelagens, imagens em movimento e um conjunto de novas obras encomendadas pelo MASP especificamente para esta mostra. A artista gaúcha radicada em Los Angeles aborda em seu trabalho questões relacionadas ao aquecimento global a partir de diversos materiais, em geral, resíduos industriais da sociedade de consumo, como plástico reciclado, látex derivado do extrativismo na Amazônia e caixas de entrega da loja online Amazon, entre outros.
- Onde: 1º andar, Edifício Lina Bo Bardi
- Quando: de 10 de outubro de 2025 a 1 de fevereiro de 2026
Abel Rodríguez: o nomeador de plantas
Abel Rodríguez nasceu às margens do Rio Cahuinarí, na Amazônia colombiana, e seu nome indígena é Mogaji Guihu, sendo originário das comunidades Nonuya e Muinane. Foi treinado desde a infância para ser um sabedor, isto é, um depositário dos conhecimentos sobre as espécies botânicas da floresta, seus usos práticos e simbólicos. A mostra reunirá trabalhos de diferentes momentos de sua obra, mostrando suas relações com o pensamento Nonuya-Muinane e as fricções culturais pelas quais o artista passou ao se mudar para Bogotá.
- Onde: 1° subsolo, Edifício Lina Bo Bardi
- Quando: de 10 de outubro de 2025 a 1 de fevereiro de 2026
Por Sofia Zizza
Atualizado em 20 Dez 2024.