Uma família é estilhaçada quando a mãe (Isabelle Huppert), uma fotógrafa de guerra, morre num acidente de carro. Anos depois, uma reportagem ameaça trazer à tona informações sobre as quais o viúvo (Gabriel Byrne) e os filhos (Jesse Eisenberg e Devin Druid) jamais conseguiram conversar. Teria a tragédia, de fato, sido um acidente?
“Mais Forte Que Bombas”, filme de Joachim Trier (“Oslo, 31 de Agosto”) com roteiro de Eskil Vogt (“Blind”), é ao mesmo tempo um filme sobre uma profissão de risco e suas implicações na vida familiar, temática explorada a fundo em “Mil Vezes Boa Noite” (2013), de Erik Poppe; e um estudo das relações impossíveis, como foi “Homens, Mulheres e Filhos” (2014), de Jason Reitman.
Partindo de um trauma comum, o filme se expande para explorar temas como depressão, infidelidade, adolescência e paternidade, adotando três pontos de vista distintos. O pai, Gene, sofre para conseguir se comunicar com o filho adolescente, Conrad (Druid), enquanto tem um caso com uma professora dele. Conrad, por sua vez, lida com um romance platônico com uma colega de classe que nem sabe seu nome. Já Jonah (Eisenberg), que acabou de se tornar pai, usa a visita aos dois como desculpa para fugir da esposa e de suas novas responsabilidades.
Em meio a esse furacão familiar, a verdade pode ajudar a recuperar o diálogo ou romper de vez as relações, mas não antes de levar cada um ao seu limite. “Mais Forte Que Bombas” estreia nos cinemas no dia 7 de abril.
Por Juliana Varella
Atualizado em 21 Mar 2016.