As rádios voltadas para o público jovem atualmente apresentam somente o "mais do mesmo" em seu conteúdo, fato este agravado pela incessante busca pelo topo da audiência. Porém, sem perceber, ou percebendo (o que é pior ainda) acabam não mais levando em consideração seus ouvintes e se preocupam apenas com o desempenho das concorrentes.
De dentro da mesma "fôrma de bolo", a programação sai cada vez mais parecida. Em todos os megahertz possíveis estão as mesmas músicas e promoções, programas com formatos idênticos veiculados em horários similares, locutores com os mesmos estereótipos e vinhetas apimentadas, dignas de chacoalhar outras freqüências com suas alfinetadas explícitas.
A única explicação para esse crescimento de audiência é (das duas uma): ou os jovens ainda não perceberam essa despreocupação com eles ou só estão interessados nas promoções malucas: celulares, vídeo-games, ingressos ou qualquer outro produto que esteja em alta, promovidas cada vez mais em grande escala. Resultado: as rádios jovens, de jovens não têm mais nada. Sistemáticas, resmungonas, fofoqueiras e briguentas acabam por deixar a todos nós órfãos sonoros.
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Quem é a colunista: Cristhine Marques - uma leitora assídua, escritora renomada de diários pessoais e movida a música.
O que faz: estagiária de jornalismo da Editora Segmento MC.
Pecado gastronômico: Massas, queijo, molho, sei lá, comer!!.
Melhor lugar do Brasil: Minha mente, meu refúgio.
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Atualizado em 6 Set 2011.