Se você ainda não assistiu à aclamada série "The Handmaid's Tale", deveria reservar um tempo para assisti-la. Forte, revolucionária e necessária, a produção se passa em um futuro distópico e trata de assuntos extremamente importantes para os dias atuais.
Criada por Bruce Miller e baseada no romance homônimo da escritora Margaret Atwood, a série merece sua atenção e o Guia da Semana lista os motivos. Confira:
ENREDO
Centrada em um futuro próximo, um atentado terrorista mata o Presidente dos Estados Unidos e outros políticos eleitos após os índices de poluição, infertilidade e mortalidade infantil crescer pelo país e gerar caos. Com o intuito de restaurar a ordem e a paz, uma facção católica toma o poder e transforma o país na República de Gilead, instaurando um regime totalitário baseado nas leis do antigo testamento. Em meio a isso tudo, June Osborne, assim como várias outras mulheres, perde seus direitos e é forçada a se tornar uma "Handmaid" ("aia"), uma mulher cujo único fim é procriar para manter o futuro da humanidade. Todas as mulheres fecundas são entregues aos oficiais do alto escalão do regime a fim de gerar filhos para seus comandantes e suas respectivas esposas infecundas. E como não bastasse, as aias são obrigadas a serem chamadas pelos nomes de seus mestres masculinos como forma de submissão e sofrer torturas caso haja desobediência.
PERSONAGENS E ATUAÇÕES
Nenhum personagem da série é raso ou passa despercebido – eles são bem construídos e bem amarrados com a trama. A cada episódio, é possível conhecê-los melhor, acessar suas histórias e compreender o papel de cada um dentro de cada etapa da narrativa. Assim, odiamos alguns personagens, como Tia Lidia (interpretada brilhantemente por Ann Dowd); torcemos por Emilly (Alexis Bledel) e vibramos com June, que ganha vida por Elisabeth Moss, um dos pontos altos da produção.
É UMA SÉRIE ATUAL
Independente de sua posição política, é impossível não identificar na série o momento atual de diversos países. Por isso, a trama causa grande impacto, mas também nos convoca a pensar a respeito sob um ponto de vista extremamente interessante.
PREMIADA
Indicada - e premiada - em diversas categorias de diferentes prêmios, "The Handmaid’s Tale" concretiza toda a maestria que vemos em cena. Assim, ganhou cinco Emmys em 2017, incluindo melhor série de drama e melhor atriz em série de drama para a protagonista Elizabeth Moss. Em 2018, levou dois prêmios do Globo de Ouro nas mesmas categorias; assim como no Critics Choice Television Awards. A atriz Ann Dowd também levou o de Melhor Atriz Coadjuvante.
PROVOCA REFLEXÃO
A série está longe de ser uma programação de mero entretenimento. Forte, provocativa e instigante, "The Handmaid's Tale" nos convoca à reflexão. E a maior parte de seu impacto é que, talvez, não seja tão difícil tornar-se real. Talvez não exatamente igual a Gilead, com roupas antiquadas e outros estereótipos bem marcados – características que fazem o contexto ser ainda mais envolvente; mas, será que alguns aspectos já não são identificados? Assim, a série deixa sua marca, nos convocando ao melhor de nós: pensar.
FEMINISMO
Na série, Offred é a protagonista que narra a história. Com flashbacks entre presente e passado, ela nos apresenta a sociedade e seu funcionamento. Em Giliard, o estado não permite que as mulheres pensem ou sejam livres; lá, o feminismo não existe mais e os homens não apenas são superiores, como também a única autoridade. Entretanto, ainda que neste cenário, a produção é uma aula de feminismo, sororidade e empatia em diversas situações, construídas em cenas fortes e com interpretações brilhantes!
Atualizado em 31 Jul 2019.