Um novo documentário da Netflix, intitulado ‘As Crianças Perdidas', tem emocionado audiências ao redor do mundo ao narrar uma história de resistência e sobrevivência. A produção conta como quatro crianças, com idades entre 11 meses e 13 anos, conseguiram sobreviver por 40 dias na inóspita selva amazônica após um trágico acidente aéreo.
No início de maio de 2023, os irmãos Lesly (13 anos), Soleiny (9), Tien (4) e Cristin (11 meses) embarcaram em um avião monomotor com sua mãe, Magdalena Mucutuy, partindo de uma aldeia remota em Araracuara rumo à cidade de San José del Guaviare, na Colômbia.
No entanto, uma falha mecânica fez a aeronave cair em plena floresta amazônica. Todos os adultos a bordo, incluindo a mãe das crianças, perderam a vida.
Apesar das feridas, os irmãos sobreviveram ao impacto e enfrentaram condições extremas. Liderados por Lesly, a mais velha, eles se mantiveram vivos utilizando os conhecimentos transmitidos pela mãe sobre a floresta.
Lesly se destacou como uma verdadeira líder, protegendo os irmãos contra predadores e encontrando frutas e plantas seguras para consumo.
A herança cultural da família, de origem Huitoto, foi essencial para sua sobrevivência. Lesly sabia identificar alimentos não venenosos e usava técnicas aprendidas com a mãe para enfrentar situações de risco.
Um dos momentos mais marcantes foi quando Lesly impediu que os irmãos sentassem sobre uma cobra venenosa, matando o animal com um pedaço de pau.
A selva amazônica, embora rica em biodiversidade, é também um dos ambientes mais desafiadores do planeta.
Com grandes chuvas e calor intenso, as crianças improvisaram abrigos enquanto lutavam contra a desnutrição e a desidratação. A situação foi especialmente grave para Tien, de quatro anos, que chegou a um ponto crítico de fraqueza.
Durante semanas, equipes de resgate, compostas por militares e comunidades indígenas, realizaram buscas intensas.
A esperança era mantida por vestígios como pegadas e restos de frutas. Em 9 de junho, após 40 dias da tragédia, as crianças foram encontradas vivas, debilitadas mas incrivelmente resistentes.
Embora o reencontro tenha sido um alívio, a história das crianças revelou uma questão sensível. Alegou-se que elas temiam o pai, acusado de comportamento abusivo antes do acidente. Atualmente, os irmãos estão sob a proteção de um órgão governamental, que busca garantir sua segurança e preservar suas raízes culturais.
O documentário da Netflix estreou em 14 de novembro, e tem alcançado posições de destaque em exibição.
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Por Gabrielly Bento
Atualizado em 29 Nov 2024.