Durante a pandemia da Covid-19, a Netflix surpreendeu o público com o filme "O Poço", que rapidamente viralizou entre os espectadores. O enredo trazia uma narrativa intrigante, ambientada em uma prisão peculiar onde os detentos, distribuídos em andares, recebem uma plataforma de comida que descia do topo até o último nível.

A questão central era a disparidade: enquanto os níveis superiores se banqueteavam, os inferiores lutavam por migalhas, numa metáfora clara sobre desigualdade social e capitalismo.

Agora, quatro anos depois, "O Poço 2" chega à plataforma, e o sucesso parece se repetir, trazendo novos debates e interpretações. Vamos explorar os detalhes desta sequência e o que ela significa, de acordo com a análise do site Omelete.

Enredo de O Poço 2

Na sequência, somos apresentados a Perempuán (interpretado por Milena Smit) e Zamiatin (Hovik Keuchkerian), que já estão diante da famosa plataforma de alimentos.

Em uma das cenas iniciais, fica claro que Zamiatin solicita uma pizza todos os dias, mas, ao perceber que faltam pedaços em sua refeição, é alertado pelo andar superior sobre as novas regras da "Revolução Solidária".

Esta revolução estabelece que cada prisioneiro deve consumir apenas o que lhe foi designado, garantindo, teoricamente, que haja comida suficiente para todos os níveis.

No entanto, nem todos respeitam essas normas. Um grupo conhecido como “Os Leais” assume a missão de punir aqueles que violam o sistema, criando um clima de tensão e vigilância dentro da prisão.

A mensagem de O Poço 2

Enquanto o primeiro filme criticava a forma contundente do capitalismo e da desigualdade, o segundo se aprofundava nas dinâmicas de sociedades teocráticas, aquelas regidas por doutrinas religiosas extremas e messiânicas. O filme aborda como leis baseadas em ideologias fanáticas são impostas com violência e mutilações, uma prática que ainda existe em algumas culturas ao redor do mundo.

A sequência também faz uma clara analogia entre os prisioneiros punidos e figuras de mártires religiosos, que se tornam símbolos de sacrifícios e controle social.

Tem conexão com o primeiro filme?

Apesar de inicialmente parecer uma continuação direta da história de Goreng, o protagonista de O Poço, a grande revelação de "O Poço 2" é que a trama se passa antes dos eventos do primeiro filme. Isso é revelado quando Trimagasi, personagem chave do primeiro longa, aparece como figura central na resistência contra o grupo dos Leais, que impõem as regras da Revolução Solidária.

Essa reviravolta dá uma nova dimensão à história, mostrando o passado de certos personagens que eventualmente cruzaram o caminho de Goreng. Perempuán, por exemplo, recebe as mesmas orientações que Goreng receberia no futuro, criando uma conexão interessante entre as duas tramas.

Quais personagens de O Poço aparecem em O Poço 2?

Vários personagens marcantes do primeiro filme retornam para a sequência. Além de Trimagasi, Baharat, Imoguiri e Miharu, têm todas as participações que ajudam a construir a ponte entre os dois filmes.

A sequência também explora mais profundamente as motivações de Perempuán, revelando seu passado como artista plástico, algo que o levou à prisão após uma tragédia envolvendo o filho de seu namorado.

O que acontece no final de O Poço 2? Tem cena pós-créditos?

O final de "O Poço 2" traz um paralelo com o encerramento do primeiro filme. Perempuán, movida por culpa e desejo de redenção, ajuda uma criança colocada no nível 333, lembrando a mensagem de esperança de Goreng.

O filme tem sim cena pós-crédito, e na cena, vemos uma ligação peculiar entre os protagonistas dos dois filmes, indicando que o relacionamento entre Perempuán e Goreng já existia antes dos eventos da prisão.

Para quem deseja assistir o filme, "O Poço 2" já está disponível na Netflix.

Confira a explicação do site: