Guia da Semana

Dying Light 2 Stay Human foi lançado em fevereiro deste ano e foi uma excelente evolução do jogo inicial, trazendo uma grande linha narrativa com um gameplay expandido em relação ao título original. Na minha review, destaquei que uma das atrações do jogo era a quantidade de conteúdo que já estava disponível no lançamento, e enfim, chegamos à primeira DLC narrativa do jogo: Bloody Ties, ou Laços de Sangue, em português.

Disponibilizada no último dia 10 de novembro, o novo conteúdo adicional de Dying Light 2 Stay Human chega com uma nova linha de missões, mas é focado principalmente em desafios, em especial em combate. Acredito, inclusive, que fãs do primeiro jogo podem lembrar um pouco da DLC The Bozak Horde, que fez muito sucesso no game passado. Mas Bloody Ties vai além, e expande muito o que antes nos foi oferecido. Sem mais delongas, é hora de mais uma review do Pizza Fria!

O negócio da família

A história de Bloody Ties, a primeira DLC narrativa de Dying Light 2 Stay Human, fala sobre família. Logo no começo, conhecemos dois personagens que são o foco da história, cuja responsabilidade de ajudá-los passa a ser imediatamente: Ciro, um esperto lutador, e seu pai Oleg, um ex-campeão da Arena.

Aiden se vê envolvido na confusão ao ouvir, pelo rádio, que alguém está usando substâncias químicas para fazer com que as pessoas lutem sem parar, entre si e com infectados. Assim vamos para uma piscina desativada, onde a história começa a se desenrolar e somos apresentados ao misterioso Caveira, um personagem que tem algum tipo de controle sobre os zumbis, e causa um verdadeiro caos em sua primeira aparição.

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties
O Caveira é o principal antagonista de Bloody Ties (Imagem: Divulgação)

A DLC não é curta. Ela depende muito da habilidade do jogador, e se a experiência está sendo cooperativa ou não, o que pode acelerar o processo, em caso positivo. Jogando sozinho, levei cerca de quatro horas para terminar a história, e achei que foi uma boa introdução para a nova linha narrativa, embora tenhas minhas considerações por ser uma história meio perdida no universo do jogo. Vale mais pelo Easter Egg sobre o que aconteceu com Kyle Crane, que acho que será respondido no futuro…

É importante frisar que, assim como no jogo base, Bloody Ties também apresenta uma linha de escolhas narrativas. São elas que definem como a história vai acabar, inclusive se a identidade do Caveira é ou não revelada ao final da história. Portanto, já fica minha dica: sempre tentar ajudar os outros personagens, isso traz mais profundidade à narrativa e ao jogo.

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties
Astrid é a responsável pelo gerenciamento do Teatro do Massacre, o palco principal de Bloody Ties (Imagem: Divulgação)

Desafios e combate: o foco da DLC

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties tenta manter o alto padrão de conteúdo que a Techland vem ofertando para sua principal franquia. Enquanto Dying Light recebeu suporte por mais de cinco anos, sua sequência também já recebeu a confirmação que terá um período semelhante com adição de conteúdo adicional, visando manter os jogadores entretidos ao longo do tempo. E Bloody Ties chega para complementar aquilo que os fãs da franquia mais apreciam: o combate e os desafios. Falo com a propriedade de quem tem mais de 100 horas de jogo e provavelmente terei mais ao longo desses anos de suporte contínuo.

Logo, os jogadores que adquirirem Bloody Ties terão à sua disposição justamente aquilo que esperam, em especial, mais combate. Há também um desafio de parkour, que é parte da linha de missão principal, mas o foco maior é na trocação. É importante frisar também que a Techland até sinaliza com a inclusão de armas de fogo no jogo, atendendo à um dos pedidos mais comuns da comunidade, através de Bloody Ties. Apesar dela poder ser usada apenas durante uma missão específica da DLC, talvez seja um teste para entender se é isso que a comunidade quer. A ver.

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties
Já adianto: não existe um final feliz em Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties (Imagem: Divulgação)

No mais, Bloody Ties segue oferece ainda mais da brutalidade do combate de Dying Light 2. Além da arma de fogo, citada acima, os jogadores podem encontrar novas armas e, claro, novos inimigos novos inimigos na expansão. O destaque fica para um novo tipo de infectado, que é um dos maiores desafios da DLC, e dos divertidos desafios que precisamos cumprir, antes de entrarmos no Teatro do Massacre. É legal porque eles são repetíveis, e geram EXP para a árvore de combate e parkour.

Por fim, vale aqui um destaque em como Harran não está esquecida. O Teatro do Massacre foi desenvolvido como uma homenagem à cidade do primeiro game e os jogadores de ambos os títulos vão poder pegar várias referências do título original por lá. Ponto para a Techland!

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties
Bonitinho e charmoso. (imagem: Divulgação)

Gráficos e desempenho

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties foi testado por mim no PlayStation 5 e é até bom poder escrever sobre desempenho e gráficos após isso ter sido um dos poucos pontos negativos na minha review do jogo original. Houve uma considerável melhora em performance ao longo dos meses, com a chegada de fixes, e também muitos dos glitches gráficos foram ajustados. O jogo está em um estado bem melhor, e mais bonito graficamente, do que quando ficou disponível ao público em fevereiro, ao menos nos modos Desempenho e Equilibrado.

Jogar no PlayStation 5 nos modos Resolução e Qualidade continua um verdadeiro sofrimento. O título parece não conseguir manter a taxa de quadros estáveis, e me arrisco a dizer que sequer atinge os 30 FPS no modo Qualidade. Minha sugestão é jogar com no modo Desempenho, com VRR ativo, já que o game atinge até 100 FPS em alguns momentos dessa forma. No modo Equilibrado, o foco é os 60 FPS estáveis, e o jogo também se comporta bem.

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties
Beber uma cerveja com Ciro é uma missão opcional para conhecer mais sobre o personagem em Bloody Ties (Imagem: Divulgação)

Vale a pena comprar Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties?

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties é um bom produto, voltado principalmente para os fãs do gameplay do jogo base. Dito isso, fica fácil de recomendar para quem apreciou a experiência original, como eu, e agora tem um vislumbre de para onde a Techland pretende levar o game, com a introdução de novos conteúdos ao longo dos próximos anos. Apesar da história em si não ser das melhores, este foi só o primeiro DLC, e a empresa já sinaliza, por exemplo, com o retorno de armas de fogo e que vai manter a proposta de diferentes linhas narrativas, conforme o jogador decide os rumos da história.

Dying Light 2 Stay Human: Bloody Ties está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5Xbox One, Xbox Series X|S e PC, via Steam e Epic Games Store, como uma DLC paga, custando a partir de R$ 38,99, se adquirida separadamente. Ela também é parte das versões Deluxe e Ultimate do game, que contém o Season Pass, e pode ser baixada gratuitamente pelos proprietários do jogo. Dying Light 2 segue com upgrade gratuito para a nova geração de consoles, tanto na versão física, quanto na versão digital. No momento da publicação desta review, o título base está com até 50% de desconto, em comemoração à Black Friday.

*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela Techland.

Pizza Fria

Reviews, notícias e tudo sobre o mundo dos games

Por Lucas Soares, Pizza Fria

Atualizado em 27 Nov 2022.