Helldivers 2 é a sequência do jogo lançado em 2015, desenvolvido pela Arrowhead Game Studio, onde assumimos o papel de um Helldiver, soldado de elite indicado para espalhar a paz, liberdade e a democracia através da galáxia. Nosso objetivo será destruir uma peste alienígena que insiste em atacar nosso planeta natal (Superterra), contando com a ajuda de até três jogadores.
Com a promessa de entrega da melhor jogabilidade cooperativa existente, além de uma série de reforços, armas especiais e uma gama de arsenais personalizáveis, essa força militar pacificadora e o sistema cooperativo frenético é uma abordagem viciante e divertida? Confira nesta análise do Pizza Fria!
Sempre fui fã de jogos cooperativos PvE. Minha paixão começou através de The Division, passando em seguida para The Division 2 e demais jogos no mesmo estilo, os quais dediquei boa parte de meu tempo. O aspecto cooperativo criou elos de amizade e excelentes recordações. Em momentos decisivos, a comunicação entre os membros de um esquadrão é fundamental e a dinâmica social única surge através da coordenação entre os membros de nossa equipe. A sensação de superação após lutar pela sobrevivência em ambientes, muitas vezes, caóticos, sempre é intensa e revigorante.
Outro aspecto importante é a frequência de atualizações e novos conteúdos, algo que The Division sempre foi alvo de críticas por parte de nós, jogadores. A alma de um jogo como Helldivers 2, depende também de sua sobrevivência pós lançamento. A perda de interesse e o processo repetitivo em missões, ocasiona a eventual perda massiva de jogadores ao longo do tempo.
No entanto, assim que observei o trailer de Helldivers 2, notei um potencial enorme. Boa parte das pessoas que conheço que atuam como redatores, simplesmente ignoraram o título como possível candidato para uma análise. Fui a única realmente interessada e focada em receber o jogo para análise e chegou o momento de repassar minhas impressões. O motivo da recusa massiva? O título “live service”.
A luta pela Superterra
Helldivers 2 é uma sequência do jogo original, lançado em 2015, alterando sua visão para terceira pessoa em um mundo de ficção científica enquanto a humanidade luta por sua sobrevivência. Iniciando a narrativa 100 anos depois do primeiro jogo, a Superterra agora passar por uma ameaça iminente através de planetas diversos, onde inimigos surgem pela galáxia. Como resultado, para garantir o futuro na Superterra, os Helldivers percorrem diversos setores da galáxia, atuando na eliminação de criaturas e máquinas.
Devolvendo a democracia para habitantes dos planetas que atuam, os Helldivers completam missões diversas, que englobam a erradicação de ninhos, o ajuste de uma torre de comunicação ou o envio de dados. Essas missões também possuem ramificações secundárias, ofertando aos jogadores uma classificação mais elevada e melhores recompensas.
Iniciamos nossa jornada com equipamentos básicos, progredindo para o desbloqueio de itens adicionais ao completar missões, cada uma delas contribuem para os esforços gerais da comunidade, estatística exibida no mapa de acesso para os planetas. Nosso primeiro contato com a movimentação e demais ações de Helldivers é através de um centro de treinamento (Helldiver Training) , direcionando tutorial para movimentos já conhecido entre jogadores como uso de câmera, armas e o uso do recurso de destaque do jogo no menu estratégias, efetuando requisições orbitais (do alto). De início a mecânica pode soar estranha, já que é acionada com a combinações de padrões em setas.
As missões são ativadas através da mesa de guerra na ponte do destroier. No mapa da guerra galáctica escolhemos um local para ajudar, englobando duas regiões em destaque separadas por: terminidios e Autômatos. Os terminidios, uma espécie de inseto, deve ser exterminado e a Superterra desenvolveu uma abordagem de controle, realizando uma rede de extermínio dos insetos. Cada área possui uma ordem imperativa (objetivos para a comunidade Helldiver). Ao percorrer o mapa da mesa de guerra, observamos setores e seus planetas (disponíveis de acordo com o progresso de guerra), selecionando o planeta, iniciamos o início da operação, garantindo as recompensas bônus por atuar naquele planeta.
Helldivers 2 adora um sistema de salto para a locomoção entre os planetas, e o uso de hellpod para enviar o Helldiver para a missão. Nesse momento, inicia-se a preparação de nosso cadete escolhendo equipamentos e estratégias utilizadas em casa missão antes de entrar no planeta. Outro gerenciamento é o da nave, que fornecem novas estratégias e a melhoria do destroier. Conforme subimos de nível, liberamos mais estratégias. Optar por dificuldades mais elevadas, libera um ciclo de progressão bem gratificante.
São mais missões, mais inimigos de grau elevado, melhores armas, novos objetivos e um nível tão desafiante de situações em jogo que lembram meus momentos nas famosas Raid’s. Apesar da possibilidade de atuar em Helldivers 2 em modo solo, ele, definitivamente, não foi projetado para tal. Seu sucesso está no modo cooperativo e o mundo pode literalmente te esmagar em uma atuação solo. O esquadrão aumenta a amplitude de danos nos inimigos, na atuação em objetivos e com seu sistema de fogo amigo, pode garantir boas risadas e desculpas no processo.
Tiros para todos os lados
O combate é muito simular aos jogos conhecidos em terceira pessoa. Antes de cada missão, existe um preparo e adequação relacionados as armas e armamentos especiais. Acionar as requisições orbitais através de uma espécie de padrão direcional foi bem estranho, no entanto, é algo que se torna rotineiro com o tempo. Essa ação , dependendo do recurso, poderá ser utilizado algumas vezes dentro da missão. É justamente nessa parte que Helldivers 2 destaca-se dos demais jogos em terceira pessoa, pois auxiliam em momentos em que nosso esquadrão se vê cercado por inimigos ou precisa apenas evacuar do local em segurança, já que o jogo é, definitivamente, um extraction shooter.
O sistema de mira é preciso, as armas respondem bem e devem ser adicionadas conforme seu estilo de combate. Cada arma possui características específicas, algumas ótimas para confrontos mais próximos e outras para ataques em longa distância. Armas como a Railgun e o canhão automático são ótimas contra tanques, já as lança-granadas, machine gun e vigorosa são excelente contra hordas.
As mochilas representam itens específicos para cadetes e veteranos, com o propulsor sendo ótima para cadetes e a mochila geradora de escudo, para os veteranos. O equilíbrio entre os itens e o melhor ajuste, encontramos entre missões e testes. É ai que entra o facilitador, algo bem complexo em outros jogos com elementos de RPG bem elevados. Tudo é simples e direto.
Helldivers 2 e seu polêmico Centro de Aquisições
Missões geram equipamentos novos, moedas e XP, aumentando ainda mais nossa capacidade de personalização. Sim, Helldivers 2 não foge do título de live service (jogo de serviço). Essa é uma tática que jogos adotam para monetizar e manter sua relevância entregando novos conteúdos. Acredito que Helldivers 2 manteve certa distância da armadilha presente em outros jogos, justamente por se tratar de um título PvE. Como um live service, o sistema de compra em dinheiro real surge em “Centro de Aquisições”, utilizando supercréditos. Eles fornecem acesso ao conteúdo Premium do jogo. Ao adquirir um bônus de guerra incrementamos nosso arsenal, estratégias, gestos e demais itens estéticos disponíveis na superloja.
O passe de batalha surge como progresso do bônus de guerra, local em que utilizamos nossas medalhas obtidas em missões para a aquisição de itens , separados por bônus de guerra comum e bônus de guerra premium. O sistema adota o mesmo critério de outros passes, inserindo acesso a créditos premium dentro do sistema de aquisição, algo que auxilia a aquisição dos itens da superloja. Como resultado, a grande polêmica , motivo de discussões acaloradas entre jogadores nas redes, é o fato de tais itens possuírem estatísticas e vantagens além de buffs passivos , promovendo vantagens e não somente o senso estético.
Por se tratar de um jogo PvE, não vejo problemas em itens contendo vantagens em batalhas , já que os mesmos ajudam apenas no progresso pessoal em jogo. O título adota uma abordagem mais simplificada dos itens justamente para que jogadores novatos comprem e não fiquem em dúvida, induzindo ao erro em suas aquisições. A compra de créditos fica a critério do jogador, sem forçar os mesmos a aquisição de itens para progresso em menor tempo.
Gráficos e desempenho
Vamos lá: Helldivers 2 possivelmente rodaria em um PlayStation 4. Não é uma crítica e sim uma conclusão devido as limitações gráficas visuais observadas em jogo. O foco nunca foi o apelo visual, auxiliando também jogadores em sua versão para PC. No PlayStation 5, pequenos problemas visuais aqui e ali surgiram durante o processo de gameplay, algumas quedas de performance, no entanto, por se tratar de um título de ação caótico, eram tantos e tantos elementos em tela que fiquei impressionada com o fato de não travar em muitos desses momentos.
Obviamente que a capacidade de processamento existente no PS5 ajuda. Todos os biomas, iluminação, cores, animações, tudo projetado para imprimir a sensação de fluidez e não o escopo pesado como em jogos mais elaborados ou de maior orçamento. Em suma, trata-se de uma aposta acessível graficamente cujo objetivo é que jogadores centralizem sua energia em ações e eventualmente, observem o mundo criado ao redor, repleto de detalhes impressionantes ou limitados. Nada interfere de fato na diversão. Apenas a conexão…
Helldivers 2 não está isento de problemas e o mais avassalador, é o sistema de conexão. Desde a primeira semana, acessar partidas era um processo complicado, sempre interrompidas e travamentos em jogo, além de problemas com recompensas, não só no PlayStation 5 o qual realizei o teste do jogo, como no PC. A Arrowhead Game Studios liberou uma série de atualizações conforme o feedback da comunidade, corrigindo muitos problemas, no entanto, questões sobre o limite de jogadores em servidores perpetuam até hoje, com índices piores conforme o sucesso do jogo. Filas para acesso ao título são comuns no dia a dia de jogadores e apesar do contratempo, a experiência em jogo supera tais dificuldades e transtornos.
Vale a pena comprar Helldivers 2?
Helldivers 2 é um jogo cooperativo excelente e divertido, de fácil aprendizado e viciante. A dinâmica de combate e jogabilidade são gratificantes, tornando missões memoráveis, o riso constante no rosto e a sensação de que, apesar do sistema de repetição ilimitado em determinadas missões, vale a pena assumir seu papel de Helldivers, exterminando criaturas que possuem potencial nocivo, garantindo a paz e o resultado positivo de nossas ações para a comunidade. É um título obrigatório para fãs de jogos cooperativos em PvE, entregando uma estética de ficção científica única, associada ao humor satírico.
Apesar das limitações de acesso ao título, devo ressaltar que a experiência em jogo, quando acessível, é um potencializador para seu retorno, mantendo o engajamento da comunidade cada vez mais ativa. O sucesso de Helldivers 2 é a união e diversão em grupo e para aqueles que buscam aventuras cooperativas emocionantes, é aqui que você deve permanecer e insistentemente, lutar como um Helldiver por seu lugar no servidor, todos os dias!
Helldivers 2 foi desenvolvido pela Arrowhead Game Studios, e está disponível no PlayStation 5 e PC, via Steam. O jogo pode ser adquirido na loja Nuuvem, com 10% de desconto, em comemoração ao lançamento, por tempo indeterminado.
*Review elaborada no PlayStation 5, com código fornecido pela Sony.
Pizza Fria
Reviews, notícias e tudo sobre o mundo dos gamesPor Vanessa Lopes, Pizza Fria
Atualizado em 12 Mar 2024.