Faltando um cerca de um mês para o lançamento de Mortal Kombat 1, o novo título na história da franquia mais sangrenta dos jogos de luta, a WB Games e a NetherRealm Studios promoveram um beta fechado, disponível a quem realizou a pré-venda do jogo.

À convite da publisher, tivemos acesso e jogamos centenas de partidas, compartilhando, agora, nossas impressões neste preview do Pizza Fria!

Um novo komeço

Apropriadamente chamado de Mortal Kombat 1, a nova edição do clássico trará o segundo reboot da franquia, acontecendo após Liu Kang reiniciar a linha do tempo no final dos eventos de Mortal Kombat 11. Daí abrimos diversas possibilidades para reencontrar personagens e reimaginar todo o universo da franquia. Apesar de não termos muitas informações sobre o modo história, o potencial é tremendo, inclusive pela qualidade de narrativa que a NRS entregou na última trilogia.

O beta disponibilizou seis personagens jogáveis, sendo os quatro encontrados no stress test (Liu Kang, Kitana, Sub-Zero e Kenshi) , além do popular Johnny Cage e da guerreira Li Mei, que retorna ao mundo dos lutadores selecionáveis após um hiato de 17 anos.

Seguindo a temática de reinício, o gameplay também sofreu mudanças se compararmos àquele de seus antecessores, com algumas mecânicas mantidas – Fatal Blow (movimento que causa grande dano, mas só pode ser acessado uma vez por partida) e Flawless Block (bloqueio feito com precisão a golpes inimigos que gera vantagem).

As variações de personagens foram totalmente abolidas, com os “kombatentes” tendo acesso a todos os seus golpes em todas as partidas, embora com menos opções de manobras.

A Barra agora é dividida em três estoques que são gastos em movimentos melhorados e no “breaker” que interrompe ataques do oponente em troca de todo o medidor. Em Mortal Kombat 11, os recursos se dividiam em ofensivos e defensivos, o que significava que o jogador não precisava escolher entre manter a barra para usar recursos de defesa ou gastar em golpes poderosos.

Essa mudança, à primeira vista, pode parecer deixar o jogo menos complexo, mas na verdade, obriga o jogador a tomar mais decisões durante a partida. Gastar uma parcela da barra para causar mais dano agora implica que você ficará vulnerável a ataques inimigos logo depois que terminar seu ataque.

Não lute só. Leve um kompanheiro

A grande novidade, sem dúvida, é o sistema de “Kameo Fighters”. Agora, além de selecionar o lutador, também devemos escolher um “assistente”, que pode ser chamado durante a luta para auxiliar com uma variedade de três golpes específicos do parceiro escolhido. Além de proporcionar combos mais criativos, também podem ser utilizados para suprir fraquezas de personagens. Johnny Cage, por exemplo, não tem um golpe de projétil. Assim, Kano e Sonya – que tem boas técnicas a distância – se tornam boas escolhas de Kameos para ele.

O sistema é sem dúvida um acerto da NRS, que deixa o jogo bem dinâmico e dá um grande potencial de inventividade aos jogadores em achar sinergias entre o personagem primário e seu assistente.

Keremos mais

O beta, de forma geral, passou bastante confiança de que Mortal Kombat 1 vai gerar muitas horas de entretenimento para fãs da franquia e do gênero de luta como um todo. A conectividade está excelente. Durante três dias de beta, pouquíssimas partidas tinham problemas de atraso ou velocidade – o jogo também informa se seu oponente está utilizando Wi-Fi ou cabo.

A única tristeza foi a falta de um modo treino ou do velho versus offline, com a jogatina restrita a enfrentar o computador no modo arcade (as “klassicas” torres) ou online. Obviamente não é uma cobrança que tem muito peso em teste e que estará certamente suprida no jogo final. Mas não deixa de ser algo que sentimos falta.

Mortal Kombat 1 será lançado em 19 de setembro para PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC, via Steam e Epic Games Store. Os jogadores que realizarem a pré-encomenda do jogo receberão o personagem jogável Shang Tsung.

*Preview elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela WB Games.