Guia da Semana

Remnant II: The Dark Horizon é o terceiro pacote de conteúdo adicional, também conhecido como DLC na língua da rainha, lançado para o agradabilíssimo Remnant II, aguardado para o dia 24 de setembro no Xbox Series X|SPlayStation 5 e PC, via Steam e Epic Games Store. Nele, saímos explorando novas partes do bioma de N’Erud, aquele no qual as tempestades de areia castigam os viajantes e robôs assassinos atiram lasers em todos que passam. E, também, aquele no qual os drinks com guarda-chuvinhas são os mais saborosos, segundo o que me disseram. Mas, e aí, será que vale a pena encarar mais essa aventura? É o que veremos agora, em mais uma análise açucarada do Pizza Fria!

Fantasma na máquina

Estão prontos, leitores e leitoras deste maravilhoso site da internet? Para entrar, novamente, no mundo fascinante e inóspito de Remnant II ? No qual fazemos amizades e sorrimos, enquanto levamos tiros de plasma na cara, somos explodidos por uma série de aberrações orgânicas ou tecnológicas e, como sempre é comigo, renovamos nosso ódio por formas cúbicas. Quem sabe, sabe.

Admito que fiquei empolgado em voltar ao combate contra a Raiz, principalmente por poder ter a oportunidade de testar uma nova classe e explorar um pouco mais de um dos meus biomas favoritos do jogo base, as terras devastadas, e estranhamente cativantes, de N’Erud. Ah, quanto tempo fiquei andando na fumaça tóxica em busca de um arquétipo secreto que tinha por lá. Bons tempos.

Antes de seguirmos, como faço nesses tipos de análises, devo lembrar que irei me focar em falar mais sobre o que há de novo na expansão, no que poderemos fazer e nas mudanças de mecânicas que serão implementadas de aqui em diante. Para os que não conhecem o funcionamento do jogo base, sugiro ler a review original para saber o que meu eu do passado, mais novo e menos cansado, tem para falar sobre ele. Dito isto, vamos nessa.

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Hora de voltar para a ação. (Imagem: Divulgação)

História diferente

Remnant II: The Dark Horizon se passa em N’erud, em uma parte da enorme espacionave que não foi destruída nos eventos que precederam o jogo base. Nestes lugares, podemos ver uma fauna característica do lugar, plantações meio estranhas e, até, algo que acho que poderia se passar por água! Um pouco roxo e mortal, mas nada que uma boa fervura não resolva.

Mas, toda essa paz e tranquilidade é puramente para inglês ver. De fato, as novas localidades estão cheias de robôs enlouquecidos, armadilhas, chefes corruptos e cheios de ódio no coração e, até, uma estrutura gigante que lança seus tentáculos por tudo que nossos olhos conseguem ver. Salvo um ou outro robô legal, capaz de fofocar ou fazer poesias, tudo que encontramos está hostil e corrompido.

Portanto, como sempre, cai no nosso colo a missão de dar cabo do mal que assola o lugar para poder devolver um pouco de vida a um dos poucos lugares de N’Erud que ainda podem ser salvos. Tudo em tudo considerado, Remnant II: The Dark Horizon oferece, como as outras expansões anteriores, uma trama mais prática e focada em nos dar uma razão para o que fazemos do que uma narrativa que realmente envolve. Ela é capaz de nos entreter, e apresenta alguns pontos interessantes, mas não aposta alto nem sai do que já é lugar-comum para a série.

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Que beleza! (Imagem: Divulgação)

Novidades

Essa é uma das partes que REMNANT II: The Dark Horizon mais acertou. Além da nova classe, que já, já falaremos sobre, a expansão trouxe um mapa bem legal de explorar, com mais opções de mobilidade, uma boa quantidade de equipamentos, uma reformulação do sistema de runas e até, através de um update gratuito, uma mecânica de boss rush. Como já diria o monster hunter, vamos por partes.

As novas zonas de N’erud são bem extensas, muito em parte por contarem com muito mais verticalidade do que aquelas que tínhamos até o momento. A adição de planadores, que nos permitem deslocar por certas distâncias no ar e que estão espalhados em pontos estratégicos, criaram a possibilidade de colocar muitos mais lugares para encontrarmos, segredos para descobrirmos e coisas para fazermos. É uma ideia simples, mas que faz toda a diferença e realmente evoluiu esse aspecto do jogo.

Outra novidade interessante, para os mais velhos de guerra, foi a reformulação feita no sistema de runas do jogo. Para os que não conhecem, elas são algumas melhorias que podemos colocar em nosso personagem para reforçar certos atributos básicos que encontramos por nossas andanças. Tudo ficou mais fácil, e o aumento na quantidade de runas, além da opção de fortalecimento, geram ainda mais possibilidades de builds para o jogador explorar e inventar, até encontrar uma que caia perfeitamente no seu estilo de jogo.

Remnant II: The Dark Horizon também traz consigo o boss rush, um modo interessante no qual podemos enfrentar uma série de chefes do jogo em sequência para ainda mais diversão e sofrimento, sozinhos ou acompanhados. O modo é bem desafiador, mas é uma boa forma de passarmos nosso tempo enquanto nos desafiamos e temos a chance de conseguir algumas armas e itens bem interessantes para nosso boneco.

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Pelo menos não é o cubo. (Imagem: Divulgação)

A estrela do show, no entanto, é a nova classe: o Guarda. Ela se torna acessível, como sempre, após encontrarmos um item escondido no mapa, e possui uma proposta bem interessante de ser uma classe de auxílio que utiliza drones. A habilidade especial dela libera um robozinho que possui diversas funções, indo de cura até dano, e pode ter um bom potencial para poder servir diversos papéis em qualquer composição. Eu curti bastante ela, e acho que fica ainda mais potente quando combinada com o arquétipo do Engenheiro. Mais robôs, mais energia, mais diversão.

Fora isso, Remnant II: The Dark Horizon adiciona alguns novos inimigos e chefes para podermos bater de frente enquanto exploramos os novos mapas. Alguns deles são bem divertidos de enfrentar, mas admito que me frustrei horrores com alguns encontros que uniam inimigos específicos com habilidades criadas para nos deixar presos no lugar, ou que possuam o poder de fortalecer aliados. Além disso, alguns chefes são apenas inimigos normais com alguns ataques extras, me pareceu, sem muita inovação.

O último ponto que gostaria de adicionar é a boa quantidade de equipamentos adicionados, principalmente anéis e similares. Encontrei alguns que caíram como uma luva para meu herói, inclusive abrindo possibilidades que não seriam possíveis se não os tivesse encontrado. Considerando que provavelmente não acharemos todos terminando a DLC uma única vez, isso fica como uma boa motivação para explorar ainda mais o conteúdo.

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Os novatos. (Imagem: Divulgação)

Vale a pena jogar Remnant II: The Dark Horizon?

É isso aí, minha gente. Será que Remnant II: The Dark Horizon vale a pena? Para descobrirmos, relembremos um pouco do que falamos até o momento e adicionar algumas outras coisinhas. De positivo, temos mapas interessantes de explorar, com mais verticalidade e planadores para dar uma chacoalhada na rotina. Além disso, o modo Boss Rush e a reformulação do esquema de runas aumentam ainda mais o valor do pacote.

A nova classe é bem divertida de usar, e suas habilidades garantem que ela possa ser utilizada em diversas composições diferentes, principalmente quando jogamos com nossos amigos. Os únicos negativos que penso são que alguns chefes poderiam ser um pouco mais aprofundados, alguns inimigos podem ser frustrantes e que o jogo segue com problemas da tradução em português se misturar com o texto em inglês.

Em se tratando da parte audiovisual, o título segue o mesmo padrão criado pela versão base. Contudo, as novas áreas dão uma remexida no conteúdo, como falei, com a adição de um pouco de vida no sarcófago espacial que se tornaram as zonas de N’Erud

No fim das contas, acredito que Remnant II: The Dark Horizon seja o melhor DLC do título até o momento, e o que entrega a maior quantidade de valor para o jogador, mesmo sem contar a adição gratuita do modo de chefes. Temos muito para explorar, as novidades aumentam ainda mais as possibilidades de nossas builds e a expansão aumenta ainda mais o tempo de vida útil de um jogo que, por si só, já é bem legal. O que mais poderíamos querer? Recomendo.

*Review elaborada em um PlayStation 5, com código fornecido pela ArcGames.

Pizza Fria

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Por Matheus Jenevain, Pizza Fria

Atualizado em 22 Set 2024.