Dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta, Ariano Suassuna foi uma grande figura da literatura brasileira que se destacou por criar o Movimento Armorial. Defendia as tradições nordestinas, sempre presentes em suas peças teatrais e livros de ficção, mas também, não deixava de trazer críticas sociais em seus enredos cômicos e trágicos.
Pensando em sua grande contribuição para a literatura brasileira, o Guia da Semana reuniu 9 livros de Ariano Suassuna para você ler o quanto antes. Confira:
Os homens de barro
“Os homens de barro” foi escrito inicialmente em 1948, mas recebeu uma nova edição em 2011. Conta a história de um grupo de pessoas que decide esculpir um anjo após uma suposta aparição a um dos homens. Assim, eles se reúnem, mas acabam provocando hostilidade entre os fazendeiros locais. Novamente, Suassuna retrata questões sociais presentes no Nordeste brasileiro e brinca com os diversos elementos literários em mais um romance de ficção.
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A pena e a lei
Escrito em 1971, “A pena e a lei” é uma peça teatral de Ariano Suassuna repleta de críticas sociais e com muitos momentos cômicos. Retrata grandes questões como o trabalho nas usinas, reivindicações trabalhistas, companhias estrangeiras, fome e prostituição, de forma que dividiu o país em um “Brasil oficial” dedicado às elites em detrimento dos povos pobres. A peça traz elementos do cordel e teatro de bonecos.
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Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores
“Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores” foi o último livro escrito por Ariano antes de sua morte e parece condensar toda sua genialidade literária, pois procura integrar elementos do seu teatro, da sua poesia, da sua prosa de ficção e do seu ensaio. O livro é composto por cartas escritas pelo personagem Antero Savedra sob o pseudônimo de “Dom Pantero”, que escreve num suplemento de jornal sua jornada para finalizar sua obra prima “A Ilumiara”.
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A farsa da boa preguiça
Outra peça teatral de Ariano Suassuna é “A farsa da boa preguiça”, escrita em três atos, em 1960. A peça possui versos livres, com trechos cantados e até citações de Camões, da bíblia e orações. Após o sucesso de “O Auto da Compadecida”, o autor continuou a procurar na tradição popular elementos que fossem fonte para uma crítica social.
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A história de amor de Fernando e Isaura
Já “A história de amor de Fernando e Isaura” é um lado diferente de Ariano Suassuna, que é reconhecido por suas peças teatrais. Aqui, ele se aventura no terreno da ficção e se inspira na clássica lenda de Tristão e Isolda para contar uma história de amor com final trágico, desta vez, ambientado em Alagoas.
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Auto da compadecida
Uma das histórias mais célebres de Ariano Suassuna é definitivamente o “Auto da compadecida”, uma peça teatral de três atos, escrita em 1955. Ela teve sua primeira encenação em 1956, em Recife, mas depois teve muitas outras encenações e adaptações. Trata-se de um drama que retrata as tradições do Nordeste, com traços da literatura de cordel, e mistura cultura popular com religiosa.
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O santo e a porca
“O santo e a porca” é uma peça teatral de comédia, escrita em 1957, e aborda o tema da avareza. De acordo com o escritor, a peça é "uma imitação nordestina" da peça “Aulularia”, também conhecida como a “Comédia da Panela”, do escritor romano Plauto. Assim, Ariano mistura elementos da cultura popular e religioso numa história cômica sobre o velho avarento Euricão Árabe, devoto de Santo Antônio, que esconde em sua casa uma porca cheia de dinheiro.
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Uma mulher vestida de sol
Publicada em 1947, “Uma mulher vestida de sol” foi a estreia de Ariano Suassuna no teatro, escrita para um prêmio de estudantes de Pernambuco. Trata-se de uma grande tragédia tendo o Nordeste brasileiro como cenário. Além de livro, a história tornou-se um filme adaptado à televisão, exibido em 1994 pela Rede Globo.
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O romance da pedra do reino e o Príncipe do sangue do vai-e-volta
Este é outro romance de Ariano Suassuna, publicado em 1971, que novamente segue as tradições nordestinas como o cordel e repente. O livro narra a história de Dom Pedro Dinis Ferreira e sua família, descendente de legítimos reis brasileiros, castanhos e “cabras” da Pedra do Reino do Sertão, porém, sem relação com os falsos imperadores da Casa de Bragança. Ariano faz uma referência ao sebastianismo, movimento que acredita na volta do Rei Sebastião de Portugal, e que ainda é lembrado em Pernambuco durante a Cavalgada da Pedra do Reino, manifestação popular.
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E aí, qual desses livros você mais se interessou?
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Por Lidia Capitani
Atualizado em 14 Out 2021.