Jorge Amado é um famoso escritor brasileiro, celebrado internacionalmente por sua carreira literária cheia de sucessos. Títulos como "Tieta do Agreste" e "Dona Flor e seus dois maridos" ganharam grandes adaptações no cinema, televisão e teatro. E não para por aí: o escritor ajudou na consolidação da cultura baiana através de seus romances de costumes.
Pensando nisso, o Guia da Semana preparou uma lista com 8 livros do escritor Jorge Amado para você começar a ler o quanto antes. Confira:
Jubiabá
“Jubiabá” conta a história do menino Antônio Balduíno, pobre e nascido no morro do Capa-Negro, em Salvador. A obra acompanha as diversas fases da vida de Antônio: quando criança, em que vivia nas ruas cometendo pequenos delitos; quando foi agregado na casa de um comendador; como malandro; boxeador; trabalhador nas plantações de fumo; artista de circo; e estivador. Escrito entre 1934 e 1935, o livro retrata o cotidiano das classes populares de Salvador, e foi ali que Jorge Amado trouxe a tese comunista do "etapismo", que defendia uma aliança política da esquerda popular com a burguesia.
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Cacau
“Cacau” foi o segundo livro de Jorge Amado, publicado em 1933. A obra conta a história dos trabalhadores no ciclo do cacau, no sul da Bahia, na década de 30. O livro é narrado em primeira pessoa por um lavrador, filho de industrial, que trabalhou brevemente como operário de fábrica, e traz a tomada de consciência de classe, sob ideologia revolucionária, e também caracteriza a expansão das ideias socialistas na época.
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Dona Flor e seus dois maridos
Outra obra sobre mulheres fortes e sensuais, 'Dona Flor e seus dois maridos' conta a história de Dona Flor, que encontra o cenário ideal com dois maridos: um fiel e o outro sensual. A história é repleta de humor, sensualidade e ousadia. Publicado em 1966, o livro retrata a vida boêmia na Bahia da década de 40, e claro que também foi adaptado à televisão, cinema e teatro.
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Mar Morto
“Mar Morto” foi publicado em 1936, quando Jorge Amado tinha apenas 24 anos, e retrata as histórias ao entorno do cais de Salvador, com sua rica mitologia ao entorno de Iemanjá. A premissa do livro parte do nascimento, vida e morte de Guma, da sua relação com sua amada esposa, Lívia, e ainda faz referências aos pescadores e aos santos do candomblé. A história foi adaptada à novela “Porto dos Milagres”, de Aguinaldo Silva.
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Capitães da Areia
Publicado em plena ditadura do Estado Novo no Brasil, em 1937, 'Capitães da Areia' teve sua primeira edição apreendida e queimada em praça pública, em Salvador, Bahia. Porém, em 1940, o livro recebeu uma nova edição que ficou famosa e foi traduzida para diversas línguas. Os Capitães da Areia são um grupo de meninos abandonados que vivem num trapiche, roubando para sobreviver. Neste livro, conhecemos a fundo a vida cotidiana destes meninos.
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Gabriela, Cravo e Canela
Publicado em 1958, “Gabriela, Cravo e Canela” é um dos romances mais célebres do autor brasileiro Jorge Amado. Gabriela é uma das personagens femininas do escritor mais sedutoras, e isso se confirma com sua história, pois além de conquistar o coração de Nacib, ela é capaz de fisgar muitos ilhéus. A narrativa se passa na década de 20, durante o período de exportação de cacau, quando ainda existia coronéis e jagunços.
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Tieta do Agreste
“Tieta do Agreste” é um romance publicado em 1977 que retrata outra mulher no domínio de sua vida sexual. Após ser denunciada por sua irmã ao seu pai por causa de seus namoros, Tieta é expulsa de casa. Vinte e cinco anos depois, ela volta ao vilarejo rica e com influência política. O livro faz uma grande reflexão sobre o conservadorismo brasileiro. A obra ainda recebeu diversas adaptações para a televisão – com uma novela de 1989 –, cinema e ao teatro.
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A morte e a morte de Quincas Berro D’Água
Publicado em 1959, “A morte, e a morte de Quincas Berro D'água” retrata a história das seguidas mortes do exemplar cidadão Joaquim Soares, vulgo Quincas Berro D´água. A certa altura da vida, Joaquim Soares decide abandonar a família e a reputação para juntar-se à malandragem da cidade, à vida boêmia e assim ganha o apelido de Quincas Berro D’água. Num dia, Quincas é achado morto, mas os amigos, ao encontrarem seu corpo com um sorriso no rosto, acham que ele está vivo e o carregam pela cidade em celebração até que ele encontra outro destino fatal. Assim, nasce a controvérsia: de que forma morreu Quincas Berro D’água?
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E aí, qual destes livros você mais gostou?
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Por Lidia Capitani
Atualizado em 6 Nov 2021.