Ser pai pode ser uma dádiva e um desafio ao mesmo tempo. Criar um filho não é uma tarefa fácil. Afinal, cada criança, adolescente e adulo tem sua própria personalidade, sentimentos e trajetórias para enfrentar. Entretanto, com tantas histórias de vida de outros pais, há livros que podem se tornar ótimas referências e inspirações nessa caminhada.
Pensando nisso, o Guia da Semana reuniu 8 livros sobre paternidade para ler ou dar de presente neste Dia dos Pais. Confira:
“Longe da árvore”, de Andrew Solomon
Em “Longe da árvore”, Andrew Solomon fala sobre as chamadas “identidades horizontais”, ou seja, padrões familiares que fogem da normalidade, segundo a sociedade. Ele traz histórias reais de famílias que possuem filhos com Síndrome de Down, autistas, prodígios, transexuais, esquizofrênicos, crianças com deficiências e também crianças que nasceram de um estupro. São muitas histórias interessantes que fazem o leitor refletir sobre a própria condição e o que é a essência de ser pai.
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“Não era você que eu esperava”, Fabien Toulmé e Fernando Scheibe
“Não era você que eu esperava” é um livro em quadrinhos que descreve a relação de um pai com sua filha. A filha, entretanto, nasceu com uma condição genética: ela possui Síndrome de Down. É um livro repleto de sentimentos mistos, de rejeição, amor, raiva e aceitação, seja do próprio pai com sua filha, dos outros em relação à menina ou do pai com os outros. É um ótimo livro que ensina a lidar com o diferente e o medo.
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“Na minha pele”, de Lázaro Ramos
Lázaro Ramos já é um velho conhecido dos brasileiros, e quem o admira pode saber mais sobre sua trajetória e pensamentos com o livro “Na minha pele”. O ator e diretor é pai de Maria Antônia e João Vicente, e traz em seu livro reflexões sobre a negritude no Brasil. Nestas discussões, ele fala sobre família, gênero, empoderamento e discriminação, além de passar pela paternidade. Lázaro Ramos ressalta a importância do diálogo e empatia para poder discutir assuntos tão importantes como as relações raciais e a paternidade.
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“Papai é pop – um livro sobre todos os tipos de pai”, de Marcos Piangers
Marcos Piangers é blogueiro de Florianópolis e autor de três livros sobre paternidade ativa. São eles: “Papai é pop” (versões 1, 2 e em quadrinhos) e “O poder do eu te amo”. Em seus livros, Marcos defende como o afeto é o elemento central que não pode faltar na vida de uma criança. Piangers também é vlogueiro e faz vídeos na internet sobre paternidade que alcançam milhões de visualizações.
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“Minha Luta”, de Karl Ove Knausgård
Karl Ove Knausgård é um famoso escritor norueguês que ganhou notoriedade após a publicação de sua série de livros autobiográfica chamada “Minha Luta”, em que revisita suas memórias e mistura realidade com ficção. No primeiro volume, “A morte do pai”, Karl retoma a relação com seu pai, com quem era distante. Mas, ao mesmo tempo, traz para o presente e sua própria paternidade, que aos 39 anos, é pai de três filhos e precisa adaptar-se à rotina e escrever seu romance enquanto cuida dos filhos.
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“O Homem Subjugado – O dilema das masculinidades no mundo contemporâneo”, de Malvina Muszkat
Malvina Muszkat é argentina, psicanalista e especialista em mediação de conflitos. Neste livro, ela discute os diferentes papéis e dilemas do ser masculino e feminino. Ela acredita que é possível criar diferentes tipos de masculinidades e, assim, diferentes paternidades a partir do afeto. É um livro incrível para pais que queiram educar filhos para a construção de uma masculinidade não tóxica.
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“Meu menino vadio”, de Luiz Fernando Viana
Luiz Fernando Vianna é jornalista paulista, pai de Henrique, que possui autismo. Assim, “Meu menino vadio: Histórias de um garoto autista e seu pai estranho” reflete sobre a construção dessa relação entre pai e filho. O livro segue como um diário em primeira pessoa e retrata os medos, inseguranças e erros do pai. Henrique fala pouco, mas quando fala, repete palavras à exaustão, e ainda tem momentos de agressividade contra si e os outros. O livro foi publicado em 2017 e traz muitas reflexões, momentos de ternura e de desespero de toda sua trajetória como pai de autista.
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“Bebegrafia”, de Rodrigo Bueno e Victor Farat
“Bebegrafia” é um livro divertido, mas ao mesmo tempo sério e introspectivo. Ele traz de forma ilustrada a jornada dos pais Rodrigo e Victor na criação de seus filhos. Sem julgamentos, eles falam em primeira pessoa sobre o que “deram conta do recado” e também “o que não deram”. É um convite para todos os pais refletirem em conjunto sobre a construção dessa estrada.
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E ai, qual destes livros você mais se interessou?
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Por Lidia Capitani
Atualizado em 29 Jul 2020.