Guia da Semana

As guerras são, sem dúvida, o que existe de pior na humanidade. E, na maioria das vezes, são resultado de estupidez e ganância. Ao mesmo tempo, é em uma batalha que muitos homens se revelam corajosos, leais e abnegados. Por esses e muitos outros motivos, o assunto interessa tantas pessoas.

Seja em documentos, exposições ou qualquer outra forma de informação, as guerras e confrontos nos ensinam e também despertam curiosidade. Por isso, o Guia da Semana listou 5 livros que você deve ler. Confira!

1. Nada de novo no Front, de Erich Maria Remarque

nada de novo no front

Paul Baumer é filho de uma humilde família alemã durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Convencido de seu dever patriótico por adultos e professores, abandona os bancos escolares e junta-se às trincheiras de soldados alemães. Em pouco tempo, Paul se vê cercado por um ambiente de horror, vê meninos como ele perecerem e percebe que trocou a sua juventude por uma única e cruel certeza: a do absurdo da guerra, esteja-se do lado que se estiver.

O livro, escrito por Erich Maria Remarque (1898-1970), é um clássico e foi feito a partir das lembranças da sua própria participação na guerra, durante a qual foi ferido três vezes.

A obra é não apenas atual, como conserva intacta a sua força criadora e o seu poder de emocionar o leitor. Foi traduzida para 58 línguas e já vendeu mais de 10 milhões de exemplares no mundo todo.

2. O Brasil na mira de Hitler, de Roberto Sander

o brasil na mira de hitler

A obra relata o trágico impacto da Segunda Guerra Mundial no Brasil, como os ataques dos alemães a navios brasileiros e a ação de espiões de Hitler no país.
Os passageiros do navio Baependi, do Lloyd Brasileiro, dançam no salão ao som de uma orquestra, quando uma explosão sacode brutalmente a embarcação. A história se passa em 15 de agosto de 1942. Das 306 pessoas a bordo, apenas 36 sobreviveram. Os náufragos, assim como cadáveres e destroços, chegaram ao litoral nordestino transformando a paisagem bucólica num cenário de horror.
O afundamento do Baependi foi um dos episódios mais trágicos da campanha de torpedeamentos de navios brasileiros por submarinos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Foi também o ponto culminante de uma série de eventos que levariam o governo Vargas a, finalmente, aderir às forças aliadas e declarar guerra à Alemanha de Hitler.
Esta é uma história surpreendente e dramática, que pouca gente conhece. Durante a Segunda Guerra, 34 embarcações brasileiras foram torpedeadas, causando a morte de 1.081 pessoas, a maioria civis inocentes. Nem nos campos de batalha morreram tantos brasileiros.
Com uma pesquisa rigorosa e uma ágil narrativa jornalística, O Brasil na Mira de Hitler resgata este capítulo da nossa história recente. Roberto Sander traz à tona as negociações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos; reproduz depoimentos dramáticos de náufragos; recria o desmantelamento da rede de espiões nazistas no Brasil; e expõe as intrigas, desavenças e hesitações do governo Vargas, num teatro de guerra que colocava o país em cena.

3. Guerra, de Sebastian Junger

guerra

Durante quinze meses, o autor acompanhou um pelotão de infantaria do Exército dos Estados Unidos baseado numa remota área do leste do Afeganistão. A intenção era ao mesmo tempo simples e ambiciosa: transmitir a experiência dos que lutam em um campo de batalha e contar como se sente quem participa de uma guerra.
Sem julgamentos sobre o que testemunhou - a eficiência, a lógica ou o valor da guerra, o autor oferece um relato a partir de sua perspectiva e aborda o medo, a honra, a confiança que esses homens depositam uns nos outros. Descreve fatos e sentimentos que poucos civis têm oportunidade de ver ou vivenciar: a infindável expectativa da batalha, que entorpece o corpo, os riscos incondicionais que os soldados correm para proteger seus companheiros, a perplexidade e a confusão que tomam conta dos que caem numa emboscada. Com isso, o autor mostra o que significa lutar, servir e enfrentar perigos mortais constantemente.

4. Não há dia fácil, de Kevin Maurer e Mark Owen

não há dia fácil

Em seus muitos anos como membro do Seal da Marinha dos Estados Unidos, Mark Owen participou de centenas de missões no Iraque e no Afeganistão. "Não Há Dia Fácil" é um retrato da vida nas equipes do Seal e um relato fiel da Operação Lança de Netuno, realizada em Abbottabad, no Paquistão, que resultou na morte de Osama Bin Laden. Owen foi um dos primeiros homens a adentrarem no esconderijo do terrorista e testemunhou, em primeira mão, a sua morte.

No livro, Owen diz, 'Ainda que narradas em primeira pessoa, minhas experiências são universais (...). Chegou a hora de registrar por escrito uma das mais importantes missões da história militar dos Estados Unidos. A explicação de como e por que ela teve sucesso se perdeu na cobertura jornalística da operação. (...) "Não Há Dia Fácil: Um Líder da Tropa de Elite Americana Conta Como Mataram Osama Bin Laden" conta a história dos Rapazes, o preço humano que pagamos e os sacrifícios que fizemos para executar esse serviço sujo. (...) Espero que, um dia, um jovem nos primeiros anos do ensino médio leia este livro e se torne um Seal, ou pelo menos viva uma vida maior do que ele próprio. Se isso acontecer, este livro terá valido a pena.'

5. A lista de Schindler, de Mietek Pemper

a lista de schindler

Durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto o regime nazista enviava milhares de prisioneiros aos campos de concentração de Auschwitz, o alemão Oskar Schindler abrigava centenas de judeus em sua fábrica, os escondia e, depois, os transferia em segurança para a Tchecoslováquia.

Na época, um lugar na lista significava a única chance de sobrevivência para um prisioneiro judeu.

Contada por um sobrevivente e importante personagem deste drama, Mietek Pemper, que mesmo sendo judeu atuou como secretário de Amon Goth, o nazista que comandava o campo de concentração.

Devido a sua importante atuação em toda a operação de salvamento ele foi consultor do filme a Lista de Schindler, de Steven Spielberg - que foi premiado sete vezes. Pemper foi a única testemunha que poderia dar uma visão completa e precisa de operação de Oskar. Seu livro é cuidadoso e triste, contando, com detalhes, o triunfo de ambos e a incapacidade de superar a dor.

Por Nathália Tourais

Atualizado em 22 Dez 2014.