O poeta dinamarquês Hans Christian Andersen nasceu no dia 2 de abril de 1805, em uma família extremamente humilde. Filho de um jovem sapateiro de 22 anos e de uma lavadeira, cresceu em um único e pequeno quarto, lugar onde seu pai estimulava seus dons e fantasias criativas através de histórias e teatros de marionetes improvisados.
Apesar das dificuldades, aprendeu a ler muito cedo e demonstrava grande aptidão literária e teatral. Entretanto, foram os obstáculos da infância pobre e difícil que fizeram o garoto amadurecer depressa, conhecendo os contrastes de sua sociedade com a clara percepção das barreiras existentes em sua época na Dinamarca. Visão que, posteriormente, o inspiraria a escrever grande parte de suas narrativas.
Em suas histórias, buscava passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela sociedade, mostrando os confrontos entre poderosos e desprotegidos, fortes e fracos, demonstrando que todos os homens deveriam ter direitos iguais.
Assim, faz parte do imaginário infantil desde a época de sua publicação até os dias de hoje, tendo sido adaptados para o cinema, teatro e televisão, além de traduzido para quase todas as línguas existentes, devido suas expressões suaves, de criatividade literária ímpar, que sensibilizam as pessoas sonhadoras: aquelas que acreditam na existência de fadas, príncipes, gnomos e todo o imaginário intangível, mas passível de ser encontrado por almas puras de inteligências criativas.
Por isso, para que você relembre contos que fizeram parte da sua infância, o Guia da Semana lista 6 livros de Hans Christian Andersen para recordar. Confira:
A PEQUENA SEREIA
A caçula das sereiazinhas se apaixonou pelo príncipe de olhos negros que ela salvou do naufrágio. Mas como declarar seu amor a quem caminha sobre o seco? Somente a velha feiticeira pode lhe arranjar o par de pernas que a levarão aos braços do amado. O preço, no entanto, é altíssimo- sua linda voz. Além disso, terá de deixar para sempre o fundo do mar, podendo até morrer, caso não seja correspondida. Embora o trato pareça bem pouco vantajoso, como esperar sensatez de quem ama?
O PATINHO FEIO
No meio do ninho da mãe pata apareceu um ovo cinza e bem maior que os demais. A pata chocou todos sem distinção. Ao nascerem os patinhos, achou um deles estranho, mas mesmo assim resolveu criá-lo. Apesar da acolhida, este filhote sentia-se um verdadeiro patinho feio. Um dia, cansado daquela situação, o patinho foge para bem longe e passa por vários apuros. E, quando chega o verão, descobre sua verdadeira origem.
POLEGARZINHA
Uma mulher desejava muito ter um filho, mas não conseguia. Então pediu ajuda a uma fada, que lhe deu uma semente mágica para plantar. Depois de algum tempo, uma grande flor se abriu, e de dentro dela saiu uma menina do tamanho de um polegar, a quem a mulher resolveu chamar de Polegarzinha. Mas um dia, enquanto estava dormindo, a menina foi sequestrada por uma sapa que desejava casá-la com seu filho. A partir daí, Polegarzinha enfrenta uma longa jornada na busca pelo caminho de casa, em que passa por vários apuros e encontra muitos amigos dispostos a ajudá-la.
O ROUXINOL E O IMPERADOR
O Rouxinol tem o canto mais lindo do mundo, mas se não fosse por sua alma e sua generosidade, de nada valeria cantar tão bem. Sua astúcia salva o Imperador, e esse recebe um presente que todos sonham, mas nem todos têm - o direito a uma segunda chance, de refazer o que foi mal feito e retomar a vida, com outra atitude e nova perspectiva.
A PEDRA DA SABEDORIA
A pedra da sabedoria é um dos mais belos contos de Andersen, numa adaptação de Ana Maria Machado. Uma tocante história narra a saga da família de um sábio, pai de quatro rapazes e uma moça muito inteligente, porém cega. Em busca da pedra da sabedoria, saíram os irmãos, um a um. Por não voltarem, a irmã imbuída de coragem, sai em busca de seus irmãos. O que teria encontrado essa audaciosa garota?
SOLDADINHO DE CHUMBO
Na obra, Andersen pretende ensinar a superar obstáculos, preconceitos e injustiças, e incentivar a sonhar. Ele defende que cada um é único e especial e que os bons sentimentos podem vencer tudo.
Por Nathália Tourais
Atualizado em 14 Set 2015.