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Todos os sábados e domingos, os parques do Carmo (Itaquera), Ibirapuera e Luz (Bom Retiro) recebem o projeto Bosque da Leitura, promovido pelo Sistema Municipal de Bibliotecas, das 9h30 às 16h. Um estímulo e tanto para tornar mais próxima a leitura dos cidadãos que vivem em São Paulo. O evento também acontece no Parque Anhanguera (Perus), Cidade Toronto (Pirituba) e Santo Dias (Capão Redondo, mas apenas aos domingos). Estas duas últimas unidades, aliás, foram inauguradas em dezembro de 2009.
As edições do Bosque começaram em 1993, no Parque do Ibirapuera, e foram disseminadas para os demais bairros a partir de 2006, quando houve aumento na procura do serviço. Eu, apaixonada por livros que sou, não conhecia a iniciativa até desenvolver um trabalho de conclusão de curso, no ano passado, cujo tema é a relação de afeto das pessoas com o objeto livro.
Nos seis parques em que o projeto foi implantado, adultos e crianças, além dos livros, também podem pegar emprestados gibis, jornais e revistas ou participar de atividades como contações de histórias, encontros com artistas, educadores e escritores, oficinas de leitura e saraus. Claro que fiquei encantada, pois acredito mesmo que o contato com os livros, principalmente, colabora para a formação de indivíduos e, consequentemente, de uma sociedade melhor.
Como no Brasil, infelizmente, ainda não há uma tradição de leitura consolidada, embora exista muita gente engajada na disseminação desse hábito, penso que unir um espaço de lazer ao ar livre ao acervo literário disponibilizado pelo município é uma proposta bastante animadora, já que são poucas as pessoas que trocam um final de semana ensolarado de passeio no parque para ficar circulando por estantes e mais estantes das bibliotecas, sejam elas públicas ou privadas.
Não que frequentar uma biblioteca seja ruim, ainda mais quando existem versões dela que possuem acervo separado por temas como ciências, cinema, conto de fadas, cultura popular, literatura fantástica, meio ambiente, música e poesia e que elaboram uma programação cultural com base nisso. É que, paulistanamente falando, tudo o que a maioria das pessoas que conheço quer quando não está trancada no escritório trabalhando é curtir a vida em lugares que proporcionem contato com a natureza.
Então, quando descobri o Bosque da Leitura tratei de divulgar para amigos, familiares e afins. Quase uma militante pró-leitura, o que eu ainda vou ser. O acesso à informação deve fazer parte do cotidiano daqueles que realmente querem que mudanças de ordem econômica, política e social aconteçam. E isso é possível quando há o contato com as palavras impressas tanto em livros considerados clássicos quanto nos tais best-sellers. O mais importante é começar a ler, já que isso nos desenvolve intelectualmente.
Para participar, basta que os interessados emprestem e devolvam o material que leem nos parques em que retiraram, no dia da visita. Almofadas, cadeiras, estantes e mesas estão à disposição dos frequentadores que desejam viajar por uma narrativa fantástica ou aprimorar o conhecimento factual. Segundo o Sistema Municipal de Bibliotecas, o programa atende em média 700 usuários em cada um dos parques onde há Bosque da Leitura instalado. Mais informações podem sem obtidas acessando o site da Prefeitura.
Quem é a colunista: Mariana Lima Pereira.
O que faz: Jornalista.
Pecado gastronômico: Brigadeiro.
Melhor lugar do mundo: Qualquer um de onde seja possível ver a imensidão do mar.
Fale com ela: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.