O Brasil é o país do samba, gênero reconhecido internacionalmente por sua dança e alegria típica. Todo brasileiro deve saber um trecho de algum samba famoso, seja de Adoniran Barbosa, Beth Carvalho ou Zeca Pagodinho. O samba faz parte da raiz do Brasil, e engana-se quem pensa no samba como um só estilo. Na verdade, ele possui suas variações: samba-enredo, samba-exaltação e até samba-canção.
Pensando nisso, o Guia da Semana fez uma lista com 10 grandes sambistas para você conhecer as raízes do gênero. Confira:
► Adoniran Barbosa
Adoniran Barbosa é o responsável por criar o samba paulista. Seu nome era João Rubinato, e além de sambista, foi humorista e ator. Recentemente, o cantor completou 110 anos e recebeu uma homenagem com 11 músicas inéditas interpretadas por artistas atuais. É o compositor das inesquecíveis “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”.
► Alcione
Alcione, ou como muitos a chamam “Marrom” – ou ainda, a Rainha do samba –, é de São Luís do Maranhão. Ela fez carreira pela América do Sul e Europa, mas foi em 1975 que ganhou disco de ouro pelo LP “A voz do samba”. Depois disso, a cantora lançou cerca de 30 álbuns de estúdio, nove ao vivo e vendeu milhões de discos pelo mundo. Você provavelmente já ouviu seus grandes sucessos como "Não Deixe O Samba Morrer" e “Você me vira a cabeça”.
► Arlindo Cruz
Arlindo Cruz começou sua carreira nos anos 70, com o grupo Fundo de Quintal, no qual ficou por 12 anos antes de seguir carreira solo. Grande fã do Carnaval, Arlindo Cruz fez parte da ala de compositores da Império Serrano, mas também criou o famoso bloco Cacique de Ramos. É um exímio compositor, que fez mais de 500 canções, cantadas por ele e por outros intérpretes.
► Beth Carvalho
Beth Carvalho é de uma família apaixonada por música. Em 1965, ela gravou seu primeiro sucesso, e no ano seguinte teve a oportunidade de se apresentar ao lado dos grandes sambistas Nelson Sargento e Noca da Portela no show ‘A Hora e a Vez do Samba’. Beth Carvalho fez muito sucesso durante os anos 60 e 70, e compôs músicas como “Andança” e “Ainda é tempo de ser feliz”.
► João Nogueira
A família Nogueira fez dois grandes sambistas: o pai, João Nogueira, e seu filho, Diogo Nogueira. Além disso, o pai de João Nogueira também era violinista e estava sempre presente nas rodas de samba com figuras como Noel Rosa. João se intitulava sambista de calçada porque não estava no meio das escolas de samba ou na zona sul do Rio. Ele cantava sobre o que via nas ruas, a malandragem, a boemia e as história de botequins.
► Cartola
Foi no Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, que Cartola encontrou as rodas de samba e se apaixonou pela boêmia. E seu apelido tem uma razão: quando ainda adolescente, ele costumava usar chapéu. Foi um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, e compôs o primeiro samba-enredo, “Chega de demanda”. É reconhecido pelos seus grandes sambas “As rosas não falam” e “O mundo é um moinho”.
► Dona Ivone Lara
Yvonne Lara da Costa é a famosa Dona Ivone Lara, outra que recebeu a alcunha de Rainha do samba e Grande Dama do Samba. E não foi à toa: ela foi a primeira mulher a assinar um samba-enredo e a fazer parte da ala de compositores de uma escola, a Império Serrano. Para além de sua carreira na música, ela foi enfermeira e fez parte da reforma psiquiátrica no Brasil ao lado da médica Nise da Silveira. É dona dos grandes sucessos como “Alguém me avisou” e “Não chora, neném”.
► Noel Rosa
Apesar de ter morrido jovem, com 27 anos, Noel Rosa foi um grande nome para o samba brasileiro e deixou um legado de mais de 300 músicas de sua autoria. Também nascido no Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, era fã da vida boêmia. É compositor das canções “Conversa de botequim”, “Fita amarela” e “Com que roupa”.
► Zeca Pagodinho
Zeca Pagodinho é um dos grandes sambistas atuais, dono de hits como ‘Deixa a Vida me levar’ e ‘Faixa Amarela’. Boêmio carioca, começou sua carreira nos subúrbios do Rio de Janeiro. Já gravou mais de 20 discos, e é considerado um dos grandes representantes do samba e do pagode.
► Paulinho da Viola
Paulinho da Viola também nasceu em berço de músicos, sendo seu pai violonista do grupo de choro Época de Ouro. Assim, logo quando criança, o artista já conheceu grandes nomes da música brasileira. Outro grande amante do samba e da boêmia, foi responsável pela criação do bloco Foliões da Rua Amélia Franco, no Rio de Janeiro, e participou das escolas de samba União de Jacarepaguá e Portela. Certamente, você deve conhecer a canção “Foi um rio que passou em minha vida”.
Por Lidia Capitani
Atualizado em 19 Ago 2020.