O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, mais conhecido como FILE, está rolando no Centro Cultural FIESP desde 18 de julho. Felizmente, a intervenção fica em cartaz no espaço até o dia 3 de setembro, o que garante mais alguns dias para você conferir a mostra. Nós do ObaOba visitamos o festival e adiantamos: os óculos de realidade virtual são destaque!
A 18ª edição do mais importante evento de arte eletrônica da América Latina reúne 370 trabalhos de 339 artistas, entre eles 18 brasileiros. O tema desta vez foi "o borbulhar de universos", assunto que convida os visitantes a refletirem sobre os novos e antigos conceitos através de sons, texturas e ideias inovadoras.
Muito além de uma mera exposição, o FILE sai do clichê e apresenta aos visitantes obras divertidas, enigmáticas e cheias de conceito. É uma ótima oportunidade para apreciar o trabalho de artistas renomados e iniciantes na área digital e eletrônica.
Ficou curioso (a) para visitar a mostra? Veja em nossa galeria algumas das instalações, obras e vídeos que se destacam no FILE 2017:
FILE 2017
Na instalação "Black Hole Horizon", produzida por Thom Kubli, o som produzido por três grandes cornetas se transforma em bolhas de sabão. Os diferentes tipos de timbres são os responsáveis por moldar as formas das bolhas.
FILE 2017
A obra sensorial "Physical Mind", do artista Teun Vonk, convida o visitante a se deitar entre dois objetos infláveis, sendo erguido e depois suavemente comprimido entre as curvas dos dois objetos. A ideia explora a dualidade entre a sensação de estresse gerada pela instabilidade inicial em contraponto com o acolhimento provocado pelo contato com os infláveis.
FILE 2017
A escultura interativa "Perfect View" (foto à esquerda), de Daniel Jolliffe, tem como objetivo transcrever o ambiente virtual - ou até mesmo o dia a dia das pessoas. O desejo humano é sempre mostrar suas qualidades, melhores ângulos e o lado bom da vida para os outros. Já a escultura "The Beathing Cloud" (foto à direita), da artista Dorette Sturm, reproduz o movimento da respiração rítmica através de uma nuvem gigante.
FILE 2017
“Les disciplines du rectangle” (foto à esquerda), de André Berlemont, Kevin Lesur, Brice Roy & Franck Weber, é uma instalação de arte interativa feita com uma webcam, uma tela e um orador. Quando um jogador fica na frente de uma estela (tipo um totem), seu corpo é detectado e um retângulo virtual é desenhado em torno dele. O retângulo começa a se mover e a mudar de forma. O objetivo é ficar dentro do retângulo sem tocar suas bordas. Já a mesa interativa "KAGE-Table" (foto à direita), de kaplax, traz cones que, quando tocados, projetam sombras feitas através de computação gráfica.
FILE 2017
A animação de Faiyaz Jafri, "Plastic Natural", é apenas um dos destaques da edição. Ao longo do espaço expositivo várias televisões estão dispostas para que os visitantes possam conferir de perto os trabalhos.
FILE 2017
Totalmente pintado à mão dentro de uma realidade virtual, “Dear Angelica” se passa em uma série de memórias que se desenrolam ao seu redor. Uma jornada através dos modos mágicos e oníricos que nos lembramos de nossos entes queridos.
FILE 2017
O visitante tem o poder de controlar uma princesa bailarina sem nome enquanto ela faz seu caminho através de ambientes surreais e oníricos. O jogo ocorre dentro da mente de uma mulher que está revisitando suas memórias de infância, confrontando seu relacionamento com sua mãe e sua própria maternidade.
FILE 2017
Deu pra perceber que a exposição é imperdível, não é? Vá visitar a 18ª edição da FILE e depois conte pra gente qual sua obra preferida :)
Por Juliane Romanini
Atualizado em 29 Ago 2017.