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Noite: A descaracterização do submundo underground
Noite

A descaracterização do submundo underground

Saiba quais as perspectivas sobre o submundo underground na visão de dois DJs que vivem deste tipo de música na cidade de São Paulo.

Por Redação Guia da Semana

Apesar de pequena nos dias de hoje, a única certeza é que a cena under em São Paulo agoniza, mas não morre. Oito, nove anos atrás o que se via era realmente underground: clubs de pouca infra-estrutura, na maioria das vezes os equipamentos eram precários e emprestados, os preços eram mais condizentes com a realidade. Vinte reais eram suficientes para entrar, beber e se divertir. Hoje, em clubs que se dizem "pilares do underground paulista", uma cerveja não sai por menos de 6 reais. Um combo de vodca com energético, 18, 20 reais. Isso sem citar as noites especiais com gringos multinacionais no line-up, onde se paga 100 só pra pisar na casa. A expressão underground que é usada para designar um ambiente cultural que foge dos padrões comerciais, dos modismos e fora da mídia, hoje, não tem nada de "subterrâneo".

Mas de forma alguma repugnamos isso! O underground mal se pagava e graças a essa evolução, tudo hoje se faz bem diferente. As noites, as festas, os clubs, apesar de muito mais divertidos naquela época, não apresentavam o conforto e a diversidade - musical ou não - que a noite hoje proporciona. Essa diferença pesa também na hora de bookar uma atração internacional. Hoje se fala muito bem do Brasil lá fora, em específico de São Paulo. E quem ganha com isso? Nós ganhamos na credibilidade como artistas e na variedade de clubs para tocar e se divertir. Os equipamentos são sempre de última geração e o público, além de mais numeroso, é mais exigente.

Se ficássemos muito "subterrâneos" não teríamos tanta chance de fazermos o que mais gostamos: dividir com o público a nossa bagagem musical!

Quem é o colunista: Projeto The Witchdoktors aka Fab e Matt, o duo underground de DJ´s de música eletrônica.

O que fazem: Fab é designer automobilístico numa multinacional alemã e Matt é formado e pós-graduado em Turismo e Hotelaria, porém, atualmente se dedica única e exclusivamente a carreira de DJ e produtor.

Pecado gastronômico: Comida japonesa 3 vezes por semana (no mínimo).

Melhor lugar do Brasil: São Paulo!


Fale com eles: Fab: [email protected]
Matt: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.

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