Pois, uma casa iniciou uma mudança, que se tornaria gradativa. Em pleno centro de São Paulo, no Hotel Cambridge, a Jive começou como uma festa organizada pelos irmãos Marcio e Alex Cecci e pelo promoter Rubens Peterlongo. Depois de se desentederem com o dono do lugar, arranjaram um lugar fixo na rua Caio Prado, uma travessa da hoje hypada rua Augusta. Pouco depois, mudaram-se para Higienópolis, na alameda Barros, num apêndice do tradicional Clube Piratininga. Mas o que essa balada tinha de diferente? Simples, a programação.
Misturando samba-rock, ragga, dub, reggae, rap, drum´n´bass e rock garageiro, a Jive foi uma das casas pioneiras na fusão de ritmos num mesmo lugar, que se tornaria muito comum anos depois. Por lá passaram nomes como Mamelo Sound System, Afrika Bambaataa, Asian Dub Foundation, Zé Gonzales, Xerxes, MZK, Max B.O., Detetives, Thee Butcher´s Orchestra e até o CSS antes da repercussão internacional.
Fui em diversas festas e shows na Jive e posso ganrantir que realmente era uma balada fantástica. E pelo visto, poderemos todos voltar a curtir a metralhadora de ritmos das pick-ups jiveanas. No último domingo, sem alarde, uma informação meio perdida na Revista da Folha informava que o funkeiro Mr. Catra fará uma série de shows na Jive, que vai reabrir em agosto. Fucei no google, orkut, blogs e não encontrei nenhuma referência. Mas pelo visto a informação é quente. Basta aguardar, para voltar a derreter na pista da Jive.
Ah, como curiosidade: jive é uma dança de salão latina, idêntica ao cha-cha-cha, com origens nos anos quarenta do século XX.
Quem é o colunista: Eu? Eu sou o Luiz Pattoli.
O que faz: Jornalista, andarilho e editor do www.churrascogrego.com.br
Pecado gastronômico: Vindo com saúde, eu traço.
Melhor lugar do Brasil: O estádio da Rua Javari.
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Atualizado em 6 Set 2011.