Mas o que realmente me interessa em tudo isso é a evolução dos equipamentos usados nas baladas noturnas e diurnas. Telas imensas de LED já são uma realidade, mas o que se pode ser feito com elas é o mais impressionante. Imagine uma balada em que o DJ é ligado a conectores de luz e projetado diretamente na tela em todos os seus movimentos. Ou uma balada em que as imagens pulam da tela e chegam até as pessoas em 3D. Isso já é possível, já foi testado em alguns países do mundo e recentemente no Brasil, na XXXperience 3D.
Alguém já imaginou uma balada silenciosa e que as pessoas pudessem escutar algumas opções de músicas ao invés de todos ouvirem a mesma música? Isso já existe e é muito comum na Europa: um sistema em que as pessoas utilizam fones de ouvido e ouvem mais de uma opção musical, dançando e cantando o quanto quiserem. Para isso acontecer, é necessário mais de um DJ tocando e, se rolar uma paquera, é só tirar o fone, sem precisar ir a um lugar reservado ou ficar gritando.
A evolução da tecnologia para DJs é ainda mais impressionante. Softwares fazem quase tudo e exigem dos profissionais habilidade, conhecimento e criatividade para usar todos os recursos disponíveis. Softwares controladores de dados estão cada vez mais completos e leves para manipular todos os tipos de informações.
É previsto que, no futuro, a manipulação de áudio, vídeo e luz será do próprio DJ, o que dará muito mais vida às técnicas e interações com o público. Por outro lado, muitas pessoas ficarão desempregadas, já que bastará uma pessoa para fazer o trabalho de três. Isso também aumentará o ganho dos DJs, mas diminuirá o custo com mão de obra e planejamento audiovisual.
O homem da informática da década de 90 e dos anos 2000 foi Bill Gates, mas já é certo que o homem da vez é Steve Jobs, o mago da Apple que está por trás de grandes desenvolvimentos como o iPhone e o iPad.
As previsões são que os softwares testados por estes aparelhos funcionem para DJs manipularem os equipamentos à distância por celulares, sistemas touch que controlam dados, acesso a informações das músicas que estão tocando, interação via internet com outras baladas, informações de tudo que está rolando em tempo real nas festas e até uma rede social interna de uma balada via celular.
Os caras querem dominar o mercado de tecnologia utilizando as diversões diárias como foco, e estão conseguindo desenvolver sistemas criativos simples, que chegarão ao alcance de todos à medida que os anos passam. As baladas tecnológicas já são uma realidade por toda a parte, é só reparar ao redor e notar as diferenças. No meu caso, a corrida para melhorar o desempenho é evidente, CDs e vinis dificilmente resistirão. Sistemas de dados controlados por toque e novidades audiovisuais como o Virtual DJ 7 são reais e trarão mais evoluções de softwares.
Não há espaço para saudosismo nessa corrida. Então, ficar preso a coisas antigas não parece uma boa ideia, a menos que elas sejam boas lembranças. A tecnologia está evidente em todos os lugares, e na noite não é diferente. Pelo contrário, já é um dos itens de primeira linha das grandes empresas. Fique ligado, tudo é muito rápido e, se não ver como uma coisa normal, é possível que fique como seus pais, achando que o controle remoto da TV é muito complexo.
Foto: Getty Images
Leia as colunas anteriores do DJ Fabio Reder:
Precoces
E-Music X E-Music
Muito mais emoção
Quem é o colunista: DJ há 18 anos, produtor musical há três anos, divulgador de musicas para rádios desde 1997.
O que faz: DJ, produtor de música eletrônica e empresário do ramo de Rádio.
Pecado gastronômico: Lasanha e Pavê de Sonho de Valsa.
Melhor lugar do Brasil: Meu estúdio de produção musical.
O que está ouvindo no carro, iPod ou mp3: Musica eletrônica e diversos outros estilos que contenham letras bacanas e melodias.
Fale com ele: [email protected] ou acesse o site do colunista!
Atualizado em 12 Set 2011.