Guia da Semana

Fotos: Divulgação.


Tal como a Rolling Stone é para o rock, a DJ Mag é para a e-music. Controvérsias, críticas e polêmicas à parte, a publicação ainda é considerada uma verdadeira bíblia para muitos apreciadores do gênero. Devido a tal prestígio, o grupo Sirena, dos empresários Carlinhos Kalil, Paulo Zegaib e Fernando Martins Filho, sócios do Sirena, da Pacha, do Morocco, da Casa Pizza e do Buco, resolveu investir no licenciamento da marca. A versão brazuca da publicação está prestes a sair.

A revista nacional deve contar com apenas quatro edições anuais, distribuídas, a princípio, para um mailling selecionado entre profissionais das áreas envolvidas. A idéia é que se vendam exemplares em bancas de jornal e por assinatura em um futuro próximo. Parte do conteúdo será exportado da publicação matriz, como as novidades do cenário europeu, entrevistas com TOP DJs de lá, entre outras coisas. O que diz respeito ao cenário do Brasil, deve ser todo produzido por aqui. A primeira edição, por exemplo, que sai em junho, conta com um especial sobre o festival Skol Beats.


As primeiras páginas

Foto: Site oficial.
A revista foi criada em 1991, momento em que as batidas eletrônicas estavam se espalhando de vez pelo mundo. O mérito da idéia de um espaço editorial para novo universo que estava surgindo é do inglês Chris Coco, que na ocasião era DJ e promoter do Coco Club, em Brighton. Da palavra disc-jóquei, surgiu a primeira alcunha da publicação: Jocks. Somente anos mais tarde é que a revista passou a se chamar DJ Magazine, ou apenas DJ Mag.

A aposta que elevou o status da publicação entre o público e o mercado editorial, o ranking dos TOP 100 DJs eleitos pelos leitores, começou timidamente. Durante seus seis primeiros anos de vida a votação era feita por meio de cartas que chegavam na redação. Na primeira edição, foram cerca de 700 votos. A partir de 97, com o advento da internet, a escolha passou a ser feita também por e-mail, o que aumentou em larga escala a participação de pessoas de todo o planeta. Para se ter uma idéia, no ano passado, foram mais de 217 mil votos.

Foto: Site oficial
Hoje em dia, tal lista virou referência. Sempre que se fala em alguém influente que atua por trás dos picapes, o nome acaba, inevitavelmente, acompanhado pela classificação na última lista divulgada. Os maiores campeões são Paul Van Dyk, Paul Oakenfold, John Digweed, Tiësto e Sasha, que vêm se mantendo no topo durante muito tempo. O Brasil apareceu pela primeira vez com o DJ Marky e, em 2006, Anderson Noise ocupou o posto de número 79.

A revista também propõe anualmente o TOP 50 clubes, onde quem vota são os DJs. As duas listas sempre acabam gerando polêmicas entre os que participam ativamente da cena eletrônica. Alguns dizem, por exemplo, que a revista não deveria se referir ao DJ número 1 de sua lista como "o melhor" e sim designa-lo "o mais popular", já que quem elege é o público, que em sua maior parte é composto por pessoas que não são especialistas no assunto.

E no Brasil? Será que vão rolar rankings também? Aos possíveis futuros leitores e votantes, resta a espera para ter a revista impressa nas mãos e conferir as novidades de mais uma publicação voltada à música. Enquanto isso dá para ir fuçando no site da original. Basta clicar aqui!

Atualizado em 6 Set 2011.