Por Douglas Brito
"Vamos tomar uma cachaça?" Se você fizesse essa proposta alguns anos atrás, poderia até ser chamado de "bebum". Com o passar do tempo, a popular bebida mineira deixou de ser apenas encontrada em botecos e se tornou cada vez mais presente nos cardápios de restaurantes e bares tradicionais das principais cidades do Brasil.
Além de se tornar cada vez mais adorada pelos brasileiros, a cachaça virou uma espécie de marca registrada do Brasil. A bebida ganhou mundo e hoje é exportada para vários países. A marca Sagatiba, por exemplo, é uma das mais vendidas no exterior. O curioso é que ela fez o caminho inverso de outros produtos comercializados lá fora: primeiro chegou ao mercado internacional e só agora começa a ser apreciada no Brasil.
Os apreciadores da bebida não gostam de usar termos como pinga ou aguardente como sinômimo de cachaça. Isso porque aguardente pode se referir a qualquer tipo de destilado. O termo, inclusive, não nasceu no Brasil e, sim, na Grécia. Lá, foi desenvolvido um processo de evaporação da água no cedro que se espalhou pela Europa e Ásia. No Brasil, os Senhores de Engenho produziam a cachaça a partir da cana-de-açúcar. Em outros países, já existiam variações de "água que pega fogo", bebidas destiladas como o uísque (à base de cevada), o saquê (à base de arroz), a vodka (à base de centeio).
A seguir algumas classificações das cachaças produzidas no Brasil:
TIPOS
Artesanais: As mais saborosas cachaças artesanais estão no estado de Minas Gerais, mais especificamente na região de Salinas. É de lá que vem a pinga Anísio Santiago (antiga Havana), que mesmo engarrafada em vasilhames de cerveja reaproveitados, sua dose é mais cara que a do uísque escocês. Outras grandes conhecidas de bebedores são a Espírito de Minas (São Tiago-MG), Nega Fulô (Nova Friburgo-RJ), Velha Aroeira.
Comerciais: São as usadas em drinques e batidas. Dentre elas, a principal cachaça de exportação é a Sagatiba (foto). Mas as mais conhecidas são a 51, Velho Barreiro, Pitú, entre outras.
VARIAÇÕES
Brancas: São as cachaças puras, destiladas e produzidas sem envelhecimento. Já são engarrafadas logo após o processo e por isso ficam incolores.
Envelhecidas: Tradicionais pingas que ficam por um certo período em barris de madeira (cedro, umburama, carvalho...). Por esse processo, ficam com uma cor amarelada e possuem um sabor mais marcante.
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NO RIO DE JANEIRO
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Atualizado em 6 Set 2011.