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Por que não existem mais matinês? Sim, estou falando sobre as festas dominicais para adolescentes. Quando eu era garoto, eu e meus amigos esperávamos ansiosamente o final de semana para irmos a alguma "domingueira", como eram conhecidas as baladas de domingo. Além da diversão, era uma maneira das casas ganharem mais dinheiro e de não misturar a molecada com o pessoal mais velho que frequentava as sextas e sábados. Óbvio que eu não via a hora de fazer 18 anos para poder entrar no sábado, mas foram as domingueiras que me formaram em termos de pista de dança.
Overnight, Reggae Night, Abrigo Nuclear, Toco, US, Resumo da Ópera e Krypton foram algumas das casas que contribuíram para que eu - e milhares de outras pessoas - aprendêssemos a sair à noite. Eu digo aprender porque acredito que as matinês têm um papel formador na cultura noturna de uma pessoa. É ali que você aprende a beber, a dançar, a paquerar e a agir numa balada.
De uns tempos para cá, tenho notado que não existem mais essas festas dedicas aos adolescentes. Algumas até organizam eventos aos domingos, mas não são dedicadas aos menores de 18 anos. Acho lamentável que os adolescentes de hoje em dia não tenham essa opção. É claro que eles saem, vão para festas em salões de prédios ou em buffets. Mas é diferente. Sentir o gosto pela pista de dança desde cedo é outra coisa. As baladas precisam repensar isso.
Leia colunas anteriores de Luiz Pattoli:
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O que faz: Jornalista, andarilho e editor do www.churrascogrego.com.br
Pecado gastronômico: Vindo com saúde, eu traço.
Melhor lugar do Brasil: O estádio da Rua Javari.
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Atualizado em 6 Set 2011.