Guia da Semana

Foto: Arquivo Pessoal

Cerca de 40 mil pessoas vestidas de branco (traje obrigatório), jogo de luzes e uma megaprodução, com dançarinas e DJs, somando seis horas de festa. Isso foi a Skol Sensation 2010, que aconteceu no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo no dia 17 de abril.

Infelizmente não consegui ver a abertura e só vi o final da apresentação do brasileiro Life is a Loop - projeto dos DJs Leozinho, Fabrício Peçanha e o drumsinker Rodrigo Paciornik - , porque o trânsito para entrar no estacionamento estava quilométrico.

Conseguimos entrar e me deparei com uma estrutura imensa, com 72 mil metros quadrados. Havia seis megatelões espalhados pelo local, com 12 lança-chamas e 100 mil litros de águas usados durante as apresentações com muito, mas muito jogos de luzes. O tema esse ano foi "Ocean of White" e fizeram jus, com uma decoração cheia de águas vivas gigantes e um megapalco que recebia muitas bailarinas para a alegria dos marmanjos presentes.

Do camarote pude ver bem melhor a dimensão do lugar. Todos os presentes respeitaram a exigência do dress code e aproveitaram cada minuto da festa. Cheia de seguranças, a organização foi fantástica. Eu vi somente uma briga em que seguranças tentavam tirar um homem bêbado do camarote e ele não queria sair. Mas sem grandes problemas.

O segundo DJ que tocou na noite foi o holandês Chuckie, seguido pelo veterano Felix da Housecat. Para fechar, o DJ Tocadisco. O Above & Beyonde cancelou a apresentação de última hora, por causa do caos aéreo que está apavorando toda a Europa, devido a um vulcão que entrou em atividade na Islândia. Mas isso não tirou a animação de todos os presentes que gritavam em casa música, e levantavam suas câmeras e celulares quando o palco central, onde estava o picape, começava a mudar de cor e o efeito de luzes se iniciava, mostrando que o próximo DJ começaria a tocar seu set list.

Chuckie estava muito animado e começou com a já conhecida Let the Bass Kick in Miami Beach, tirando a galera do chão. Canções de David Guetta estavam em seu set como The World is Mine e Sexy Beach (a gravação desse hit contou com Akon). Fora que, toda hora em que eu olhava para o telão e estavam filmando o DJ, ele sempre estava acenando para o público, fazendo, com as mãos o formato de um coração, sorrindo e dançando a cada hit. Pra mim, sem dúvida, foi a melhor apresentação. Fora que, no fim, ele mandou bem tocando um remix de Magalenha, composição do cantor brasileiro Sérgio Mendes.

O DJ alemão Tocadisco, tentou arranhar no português e dizer que amava o Brasil, o que levou a galera ao delírio, apresentando remixes de algumas canções de sucesso, como Pump up the Jam, do Technotronik, além de tocar Put yours Hands Up for Brazil, de Fatboy Slim.

Parecia até que tinha acabo, pois, após o Skol Sensation Mix, não colocaram som, o que deixou todo mundo um pouco assustado. Mas logo o norte-americano Felix da Housecat estana nos picapes e começou seu set com No turning Back, mix do brasileiro Gui Boratto. Ele também interagiu com o público, animando e conversando com a galera toda hora.

Não sou muito adepta à música eletrônica. Há pouco tempo comecei a escutar mais, conhecer alguns DJs (comerciais ou não), mas digo que gostei muito desse festival, mesmo ouvido de alguns que entendem (ou não) mais a respeito que o set list este ano estava um pouco fraco, que esperavam mais, etc. Me diverti com as canções, a organização estava de parabéns e espero que tenha a festa em 2011, porque, com certeza estarei presente.

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É bom ter noção

O samba já começou

São Paulo não para (mesmo!) Quem é a colunista: Maraísa Bueno .

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Atualizado em 6 Set 2011.