Guia da Semana

Por Alessandro Fiocco

Não só de cerveja e petiscos vivem os bares. A ideia de ser diferente, além de atrair público, é criar uma atmosfera única e original. Assim, além das convencionais mesinhas e dos empolgantes bate-papos, optar por um estabelecimento com um plus a mais garante outras diversões.

O vencedor leva tudo!

O Ludus, bar localizado na capital paulistana, já virou referência quando o assunto é espalhar os dados e mostrar habilidade em jogos de tabuleiro. Com centenas deles à disposição, aqui tem de tudo: do saudoso Imagem e Ação até o importado Puerto Rico.

Já no Willi Willie, em São Paulo, a ordem é embarcar na tradição do arco e flecha.
Aberto em 1978, o bar conta com um espaço destinado aos apreciadores e novatos no esporte. Para estes, um instrutor guia os primeiros passos. A brincadeira custa R$ 4,00 para dez tiros. No Rio de Janeiro, a onda é o quiz. A brincadeira de perguntas e respostas é moda em vários pontos da cidade.

No Big Ben Pub ela acontece semanalmente, às terças-feiras. Em equipes, o desafio é acertar o maior número de questões. Ao final, provas são cumpridas.

Naftalina

Referências ao passado também são o mote na hora de idealizar o boteco. A popular tubaína, bebida criada na década de 1930 e popularizada Brasil afora, rendeu nome de bar em São Paulo. Localizado na regiãoda Augusta, centro hypado que concentra os pontos alternativos da cidade, a carta do Tubaína oferece 12 opções da bebida, além de drinques feitos à base dela. A decoração descontraída e fiel à temática ganha pontos.

Ainda na paulicéia, o Rabo de Peixe oferece duas máquinas de fliperamas, as temáticas Shark e Zarza. Cada ficha custa R$ 2,50. Para quem quer ir além, há dardos e mesa de sinuca. Se a ideia é saborear iguarias não mais encontradas por aí, A Juriti ainda mantém o mesmo cardápio de 1957, ano em que abriu as portas. Peixinho frito, rãs, ovo de codorna, bolinho de bacalhau e linguiça na brasa são os aperitivos do local. A decoração é a mesma de meio século passado: balcão de vidro, azulejos brancos e mesinhas de madeira.

Onde estou mesmo?

Sem querer ou intencionalmente, cenários dão uma quebrada na pasmaceira de visuais sempre fadados a serem iguais. Em Belo Horizonte, dois seguem a trilha do inusitado por acaso. O Bar do Caixote é campeão em originalidade. Aberto em 1993 e com pouca grana, o proprietário colocou vários caixotes de madeira espalhados na calçada para substituir mesas e cadeiras. Deu tão certo que o bar tornou-se um ponto cult de BH. O espaço ainda oferece espetinhos famosos e saborosos.

Logo ali, a dois quilômetros do centro de cidade, bem na mata do Jambreiro, está o Freud Bar. Árvores e muita folhagem compõem o cenário. Sim, o bar está localizado no meio dela. É aconselhável sempre ir agasalhado para enfrentar uma temperatura em média quatro graus menor do que na cidade. Em dias mais frios, cobertores são distribuídos e uma grande fogueira é acesa.

Outra forma de se esquentar é usar um dos recursos que a galera mais apóia: a vodca! A bebida de origem russa está por todos os lados no Soviet, ponto de parada da moçada de Curitiba. Com 60 rótulos na carta, todos se reúnem para beberica-la. O visual da casa é uma atração. Um grande galpão, todo decorado em tons vermelhos e com grandes instalações de aço, tem em suas paredes cartazes, pôsteres e símbolos da extinta União Soviética. Com ar retrô, por conta das imagens, passam-se horas admirando cada um de seus cantos.

Quem também investe em visual é o 30 Segundos, que chega com o slogan "Birita e Propaganda". Sim, aqui ela é alma do negócio. Criado por publicitários, o bar localizado em Salvador exibe em seus telões comerciais de peças premiadas no mercado publicitário. Sempre vale dar uma espiada acompanhado de uma boa gelada.

Atualizado em 1 Dez 2011.