Muitas vezes, as sugestões são bem-vindas e colaboram para o trabalho do DJ. O problema é quando a "sugestão" não tem nada a ver com o estilo da festa ou com aquele momento. Vou exemplificar: rock rolando solto nas caixas de som, pista lotada, galera se esbaldando. Aí, chega um desavisado e pede para o DJ tocar um "psy". Ops, amigo, você está na festa errada. Ou, se você quer ouvir psy, melhor tirar seu iPod do bolso e ouvir a sua seleção musical.
Outro exemplo desagradável: está tocando psy, todo mundo dançando, arrebentando no "rebolation", chega uma menina na cabine do DJ e fala: "pô, que droga, pára de tocar psy, ninguém gosta disso". Dá vontade de responder: "amiga, reclama com o pessoal que está dançando aí na pista".
Por trabalhar num ambiente onde as pessoas se divertem, para muitos, o DJ não é visto como um profissional que está ali trabalhando e sim como um animador de festa. Não é que ele não sirva pra animar a festa, mas é um trabalho. A oferta de um grande acervo disponível na Internet transformou qualquer um em disc jockey. É comum ver em alguns clubs noites dedicadas a pessoas que nunca chegaram perto de um CDJ. Porém, pra quem leva a profissão a sério, dá trabalho, muito trabalho. Pesquisar músicas inéditas para o repertório, fuçar faixas antigas que são desconhecidas, gravar os cd´s (pra quem usa CD), ficar de pé horas e horas, esperar para tocar, sentir o que as pessoas estão dispostas a ouvir, mudar o que estava planejado para aquela noite. Sim, dá trabalho ser DJ.
Uma das melhores iniciativas que eu já vi para coibir os chatos de plantão que ficam cutucando os DJ´s foi na Trash 80´s. Não sei se esse cartaz ainda está lá, mas, estava escrito: "DJ não é jukebox. Não peça músicas". Genial.
Quem é o colunista: Eu? Eu sou o Luiz Pattoli.
O que faz: Jornalista, andarilho e editor do www.churrascogrego.com.br
Pecado gastronômico: Vindo com saúde, eu traço.
Melhor lugar do Brasil: O estádio da Rua Javari.
Fale com ele: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.