O que faz uma balada especial? Ambiente agradável, público descontraído e certamente um bom DJ. Agora imagine o mais fino house sendo tocado por uma loira alta, bonita e... de topless! Estamos falando da paranaense Christiane Miller, que após largar a carreira de modelo fotográfica, passou e se aventurar atrás dos picapes. Confira um bate-papo descontraído com essa moça de voz suave, que vem fazendo a alegria da galera nas pistas de dança. Pelo seu setlist, é claro.
Guia da Semana: Quando surgiu a ideia de tocar fazendo topless?
Chris Miller: Não pensava em levar isso muito a sério. Tudo aconteceu quando fui para a Espanha e um amigo promoter da Pacha me indicou para fazer o curso de DJ. Foi quando tive a ideia de trazer isso ao Brasil, porque aqui é novidade. Lá na Europa é uma coisa comum. Estou nessa há sete meses.
Guia da Semana: Qual é o perfil de casa que você costuma fazer o som?
Chris: Toco mais em boates GLS, porque não é todo o tipo de casa que aceita o topless. Mas me apresento também no Cabaré e no Ibiza e provavelmente comece a fazer o som das segundas no Urbano [todas casas paulistanas]. Além disso, também estou fazendo muitas apresentações em outras cidades, como em Porto Alegre, Belém, Campinas, Curitiba. A agenda está sempre cheia durante os fins de semana.
Guia da Semana: Como costuma ser a reação do público durante as suas apresentações?
Chris: É muito engraçado. Inclusive, esses dias comentei sobre isso com um amigo meu. No começo, fica todo mundo parado e olhando, sei lá o que eles pensam, né? Mas pra mim é normal, natural e até hoje ninguém falou nada. Mas teve um dia em que estava tocando no Ibiza, quando uma moça me chamou de cantinho e perguntou se eu não me achava muito aparecida (risos). Olhei para ela e vi que não tinha peito. Daí entendi a revolta e só dei uma risadinha.
Chris em uma performance mais comportada nos picapes
Guia da Semana: Qual é o estilo de som que encontraríamos no seu case?
Chris: Eu gosto mais do Tribal-Tech-House, porque é o que está pegando mais lá fora e aqui no Brasil também, principalmente em balada GLS. Um som de batida mais forte, mas alegre. Mas pessoalmente, gosto de tudo, até sertanejo.
Guia da Semana: O assédio masculino deve ser forte, não? Como você lida com isso?
Chris: Até hoje não escutei nenhuma frase muito vulgar. Só as do tipo: "Como você é gostosa! É de uma DJ dessa que preciso lá em casa!". Mas como normalmente é todo mundo falando ao mesmo tempo e estou trabalhando, muitas coisas eu nem ouço direito. Uma vez, duas moças me abordaram e me convidaram para ir fazer o topless em uma festa particular, junto com as suas amigas. Perguntei porque só tinha mulheres e ela falou que era normal, para todo mundo fazer o topless. Achei que o caso dela era outro e nem levei a sério a proposta.
Guia da Semana: Você é muito convidada para fazer essas festas particulares então?
Chris: Lógico, os homens chamam, não são bobos. Mas vai de mim não aceitar. Mas cada caso é diferente. Tem uma amiga minha que vai fazer o aniversário dela, mas é uma festa só para conhecidos. Aí eu vou, mas não para fazer o topless. Prefiro fazer só na balada, sem amigos por perto.
Guia da Semana: Quanto vale uma apresentação sua?
Chris: Depende da casa e do tempo. Se for para tocar é um valor, já para o topless é outro. O mínimo é de R$ 1 mil, somente pela apresentação, sem a nudez parcial. No geral dá para tirar uma grana. Não posso reclamar.
"Já me perguntaram se pulava. Respondi que não, não toco samba!"
Guia da Semana: Você tem namorado? Ele sente incomodado com a sua profissão?
Chris: Quando eu resolvi fazer isso, ele não gostou da ideia, mas confiou em mim. Pois pra mim é só o meu local de trabalho, não levo pelo lado da vulgaridade. Hoje ele ainda tem ciúmes, mas já entende. Ele já assistiu um show de camarote, mas falou que não vai mais. Prefere não comentar quando vê.
Guia da Semana: Acha que isso pode virar moda no Brasil? Alguém já demonstrou interesse em repetir o que você faz?
Chris: Até hoje ninguém me falou nada, mas acredito que isso vai virar moda, que vai ter até um time de futebol tocando de topless (risos). O mais importante é que fui a primeira, né bem?
Guia da Semana: Você acha que faz sucesso pelo seu som ou apenas por que tem um corpo legal?
Chris: Sei que algumas pessoas vão mais para ver o topless. Outras falam antes de me ver tocar que só quero aparecer, mas nem levo isso em conta. Eu mostro um diferencial e vim para ficar, não quero ser passageira. Apenas uno o útil ao agradável, você não acha?!
Guia da Semana: Para finalizar: é silicone ou natural?
Chris: É natural! Não tenho nada contra o silicone, mas posso falar que eles são naturais e que eu agradeço e beijo eles todos os dias (risos).
Fotos: J. Domingo/Divulgação
Atualizado em 1 Dez 2011.