Por Caroline Afonso
Micareta é sinônimo de esquenta? Certo. Mas, engana-se quem pensa que esses "chill in" se restringem às famosas festas de axé. Cada vez mais, baladeiros saem cedo de casa para encontrar os amigos em algum barzinho, padaria ou até mesmo postos de gasolina nos principais pontos da cidade. Nesses points, o esquema é um só: tomar aquela cerveja e bater papo, já que na hora que a balada pega, o que menos se quer é ficar de conversinha.
Adriana, primeira, ao alto, à esquerda, e amigas |
Fã de carteirinha dos esquentas, a jornalista Adriana Farano não dispensa uma reuniãozinha com as amigas antes de se jogar nas pistas da cidade. "A mania em si começou com as micaretas, antes de freqüentá-las não costumava fazer esquenta para entrar nas baladinhas. Mas as micaretas sempre pedem e é nessa hora que você já encontra a galera que vai estar lá e sabe se vai ser bom ou não", afirma. E não tem outro lugar, antes de dar a volta no trio, o ponto de encontro são os estacionamentos mesmo. Carros parados, muita bebida, axé no som e abadás super customizados dão o clima. Aliás, ela é da turma que acredita que balada não é sinônimo de esquenta, só em micaretas que um não vive sem o outro. "O que pode acontecer é uma ´esticadinha´ depois do bar", diz.
Por outro lado, Isabel Sarmento começou a integrar a turma do esquenta por volta do ano de 2002, quando ainda cursava faculdade. "Saíamos da aula, íamos para o bar e decidíamos ali qual seria a balada da noite", lembra. Para ela, o famoso "chill in" só não combina com festas open bar. Afinal, qual é a graça de gastar com cervejas e afins se o que não vai faltar na noitada são bebidas? Fora essa situação, cada evento merece um lugar especial para o esquenta. "Para os shows, estacionamento; micareta, os hotéis e para as baladinhas, bares ou casas de amigos", define.
Se cada evento pede um lugar especial para o esquenta, tem uma coisa que não muda: as bebidas que fazem o maior sucesso nessas reuniões. "Cerveja! Cerveja!", diz Isabel. A gelada ganha em disparada entre as mulheres, mas há quem encare até uma mistura mais forte, vodca com sucos de vários sabores ou até mesmo refrigerante. Para Adriana, o líquido que não combina de jeito nenhum é o uísque. "Nos bares até pode ser, mas...", afirma. Outra dica da jornalista é optar pela simplicidade: "nada de caipirinha de frutas vermelhas de saquê. Isso é complicado e muito chique". A quantidade de álcool fica por conta da sua resistência para beber, mas a dica é unânime: nada de passar mal e estragar a balada antes mesmo dela ter começado. Anotou o recado?
Atualizado em 6 Set 2011.