São Paulo é famosa por sua noite eclética. Festas de rock, eletrônico, rap, forró, MPB... Tem para todos os gostos. Mas entre punks e sambistas, também pode ser encontrado muito brilho e purpurina. Principalmente quando falamos sobre as casas animadas pelas Drag Queens da cidade, que botam a pista para ferver, seja atrás das picapes, ou como atração principal, incorporando performances de divas como Cher e Madonna. Conheça um pouco mais sobre essas frenéticas personagens da balada, que fazem da noite um verdadeiro palco para suas apresentações.
Hits na pista
Foto: Fábio Motta e Silvana Garzaro
Sempre devidamente produzida e pronta para qualquer festa, a irreverente, Leiloca Pantoja é uma DJ transformista, que (segundo ela mesma) tem como "missão", passar para as pessoas a alegria de ser uma Drag Queen. Habitué antiga da noite paulistana adotou o nome artístico para começar a discotecar, e em 2007, se rendeu as ao visual da Leiloca. "Antes de tocar, faço a pesquisa de músicas, separo discos e monto sets para a festa. Levo em média uma hora e meia para a produção do look, maquiagem, peruca, acessórios, roupas, meias, sapatos", afirma. Quem tiver a chance de conferir os seus sets, pode se preparar para dançar ao som das discothèques dos anos 70 e clássicos de Rita Lee, Debbie Harry, Carmen Miranda, Diana Ross, As Frenéticas e como não poderia faltar, Donna Summer.
De salto alto
Foto: Divulgação
Presença garantida nas baladas, Fátima Fast Food é referência entre as Drags do Brasil. Após 13 anos na noite, decidiu encarar o desafio de fazer shows e logo pegou gosto pelo salto alto e a peruca. Suas performances sempre vêm acompanhadas de uma boa música e looks extravagantes. Para garantir os aplausos dos fãs, horas de ensaio, maquiagem e escolha de figurino. "Quando estou no palco curto cada momento, curto a música, o balé e tudo mais que esta em volta de mim. No final da apresentação ao ouvir os aplausos do público não tem como não se emocionar", afirma.
Em todos os lugares
Foto: Divulgação
Silvetty Montilla ficou conhecida por suas paródias musicais, que hoje são a marca registrada de suas apresentações. Com 20 anos de carreira, já acumula passagens em casas gays de todo o país. Entre as damas da noite, recebe um dos melhores cachês por apresentação: até R$ 250 por uma performance de menos de uma hora (enquanto uma iniciante ganha cerca de R$ 50,00). Famosa por reunir públicos distintos, se apresenta para mauricinhos nas casas noturnas dos Jardins (bairro nobre de São Paulo) até o underground da região da Vieira de Carvalho (Centro). Ainda arranja tempo para abanar suas plumas em casamentos e aniversários, além de comandar um trio elétrico na Parada GBLT de São Paulo.
Na night
Deixando o preconceito de lado, diversos casais e grupos de amigos heterossexuais apostam que as baladas GLS são melhores pedidas para curtir um som de qualidade e dar boas risadas com as performances dos shows. "O som costuma ser muito bom, ideal para quem curte cair na noite para dançar, além dos shows que são muito divertidos. Precisa ir com a mente aberta. Rola muito respeito também", afirma Douglas Santos, frequentador. Para quem não tem medo de ir (e gostar!) confira abaixo alguns points onde as Drags se apresentam.
A LÔCA
Blue Space
Bubu
The Week
Atualizado em 6 Set 2011.