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Sábado, para os baladeiros de plantão, é sinônimo de curtição, risadas, bebedeiras e por aí vai. Há os que ficam conversando a semana inteira, planejando qual será a balada ideal para o próximo fim de semana. Mas há os que te ligam no sábado às 22h para perguntar "E aí, aonde vamos?".
E foi o que aconteceu comigo na última saída. Amigas me ligaram - como sempre - quando eu imaginava que ninguém ia me ligar e só disseram "Estamos passando na sua casa às 23h para irmos para a balada." E eu perguntei: "Em qual balada vamos?". E a resposta foi simples (e já esperada), "Ah, não sei, a gente decide na hora."
Foi a correria para me arrumar, pois já estava de pijama. E vamos lá procurar um lugar para garantir a diversão da noite. Como moro em São Paulo, resolvemos dar uma passada pela Vila Olímpia para dar uma olhada pelas baladas de lá. Não queríamos ir até a Vila Madalena, pois foi o destino da semana anterior.
No caminho planejamos passar me frente a três casas e qual estivesse com a "cara" melhor, entraríamos. Bom, as três estavam com caras ótimas, mas com filas imensas. Em uma delas estava com até duas horas de espera para entrar. Nos olhamos e falamos juntas "Vamos para outro lugar."
E veio um quarto nome em minha cabeça, que era um bar/balada que também ficava ali por perto. A ideia era boa, pois já conferi como é o lugar e gostei muito, então pegamos o carro e corremos para o local. O valet já não estava mais funcionando e encontrar um estacionamento naquele local era impossível. O mais próximo estava atrás da casa, do outro lado do quarteirão, que não era pequeno. E detalhe: lá também estava com uma fila enorme para entrar.
O que mais pensei foi: "se há uma fila enorme para entrar, imagina para pagar?". A opção foi voltarmos à estaca zero e pensar em um outro lugar para ir. Então uma das minhas amigas disse "por que não vamos até o Centro, que há umas baladas bem legais por lá".
Como não tínhamos mais nenhuma opção, tocamos o carro para lá. Encontramos o Café Piu-Piu, que tinha uma fila pequena para entrar e tocava rock internacional. Eu nunca tinha ido até lá, mas achei muito legal e recomendo para os amantes do estilo, pois passou desde U2, Rolling Stones até Queen pelo repertório da banda - me desculpem, mas não vou lembrar o nome dela agora -. O chato era que tinha fila para comprar as fichas para pegar as bebidas. Mas, foi mero detalhe, depois de passarmos por quatro locais e não conseguirmos entrar.
Parece que essa palavrinha persegue qualquer baladeiro: Fila. Você encontra fila desde a hora que chega em frente ao local para deixar o carro no valet, passando para a entrada da balada, depois para pegar a bebida, além da sempre 'pequena' que há para pagar, para sair do local e também para pegar o carro de volta e ir para casa. Não tem como, ela persegue e não quer deixar de pegar no pé.
Eu sei que é uma reclamação comum em todos os fins de semana, mas, para quem curte a noite, é inevitável. Mesmo achando ruim, 'caímos' nas festas, porque gostamos de diversão. Se estiver com uma galera legal, você nem percebe que está em uma fila, pois as risadas são tantas, que faz o tempo passar. Caso esteja acompanhado, melhor ainda, por que não? Filas fazem parte da vida dos festeiros do fim de semana e não há como tirá-las de nossas vidas. Serão nossas eternas companheiras de baladas.
Quem é a colunista: Maraísa Bueno .
O que faz: jornalista e repórter da equipe do Guia da Semana.
Pecado Gastronômico: uma boa massa e, é claro, chocolate!
Melhor Lugar do Brasil: minha casa, na pequena cidade de Serrania, sul de Minas Gerais (também não dispenso uma boa praia!).
Para Falar com ela: maraisabf @gmail.com, no twitter (@Maraisabf) ou acesse seu blog
Atualizado em 6 Set 2011.