Foto: Sxc.hu |
Não tem como iniciar esta coluna sem fugir desse clichê: brasileiro adora uma fila. Isso mesmo! Para tudo o que você vai fazer, precisa enfrentar uma ´filinha´ básica. Ir ao banco, restaurante, supermercado, posto de gasolina e em outros tantos outros lugares que não caberiam nesta página. Mas, não há lugar pior do que na balada. Tanto na entrada, quanto na saída - aquela hora em que você só quer ir para casa, porque não agüenta mais o salto (ou a bebedeira) e parece que nunca vai chegar até o caixa.
Num belo sábado de verão, eu e alguns amigos resolvemos ir para a primeira balada que encontrássemos na Vila Olímpia (bairro de São Paulo), que tivesse a menor fila. Achamos uma, por incrível que pareça. Mas, quando mostrei a minha carteira de motorista (porque sempre acham que sou menor de idade), a segurança olhou para a foto da carteira (que indica que tenho mais de 18 anos) e achou que eu não era a pessoa da foto. Não queria deixar que eu entrasse. Tive que desenhar para ela que, diferente da foto, eu estava maquiada (tive que refazer todos os meus documentos, pois havia sido roubada e tinha ficado somente com a roupa do corpo, então, imagina a cara de choro na imagem).
Até conseguirmos convencer a segurança, passaram alguns muitos minutos da festa. Ou seja, mesmo sem fila, acabamos com problemas. Talvez as filas para entrar numa balada sejam grandes (dependendo do horário) porque o lugar é legal e chama a atenção do público que, mesmo vendo que vai demorar para entrar, enfrenta tudo e consegue se divertir, sem nenhum estresse.
Há lugares onde é necessária a compra de fichas para pegar a bebida. Isso resulta em duas filas e perda de tempo no meio da festa, principalmente se não sabe quanto irá beber e compra uma de cada vez! Porém, a irritação surge de verdade quando você resolve pagar a conta. Porque é sempre ao mesmo tempo em que praticamente todos resolvem ir embora. Dependendo da balada, a organização é péssima e você não sabe exatamente qual caixa aceita somente dinheiro ou cartão, o que resulta em uma grande perda de tempo. E se você for mulher então, melhor sempre levar um sapato de salto baixo na bolsa, pois no fim da festa, se a fila estiver infinita, pelo menos você sente menos dor no pé.
Então, das duas uma: ou você cria coragem e enfrenta esse "desafio", ou fica até o fim da festa, literalmente até a hora em que o DJ tocar a última música. É um horário em que não há mais ninguém para pagar, apenas sua galera está no lugar e você não fica irritada na hora de pagar. Ainda existe uma terceira opção: não vá para a balada! Mas isso eu sei que você não vai deixar de fazer!
Leia a coluna anterior de Maraísa Bueno: Quem é a colunista: Maraísa Bueno.
O que faz: jornalista e repórter da equipe do Guia da Semana.
Pecado Gastronômico: uma boa massa e, é claro, chocolate!
Melhor Lugar do Brasil: minha casa, na pequena cidade de Serrania, sul de Minas Gerais (também não dispenso uma boa praia!).
Para Falar com ela: [email protected]
Atualizado em 6 Set 2011.