Guia da Semana


Foto: Divulgação

As baladas de São Paulo estão entre os principais atrativos de uma das maiores capitais mundiais. Inaugurado em novembro do ano passado, o clube Hot Hot veio somar à noite paulistana com novos conceitos e um ambiente único. Sob a tutela de Flavia Ceccato, do extinto Lov.e, e seu sócio, Joel Dibo, a casa, que fica na região central da cidade, tem se destacado por sua programação musical ousada. Nomes como Marky, Mau Mau, Rex The Dog e Renato Cohen figuram entre os comandantes dos toca-discos locais.

A preocupação com o atendimento ao público é outro aspecto que chama a atenção no estabelecimento. O Hot Hot tem um sistema exclusivo para impedir a formação de filas na saída e não cobra taxas de serviço.

Dentro

Foto: Divulgação

Os visitantes são conduzidos para dentro da casa através de um túnel de luz com cerca de vinte metros de comprimento. Repleto de influências psicodélicas e pop-futuristas, o interior da casa leva a assinatura da dupla Guto Requena e Alexandre Nino, que tiveram como referência o trabalho do designer dinamarquês Verner Panton. O padrão gráfico remete aos anos 70 e ao retro-futurismo da época. A variação cromática perpassa as cores azul, vermelho, laranja, amarelo e verde, proporcionando um efeito óptico único.

Desenvolvida por Lonardi Dona - o mesmo do D-Edge -, a iluminação da casa conta com oito mil pontos de LED revestidos de espelho, formando um desenho que se desdobra pelo teto, invadindo a escada e o piso superior, onde se encontra o louge da balada. Por lá também estão a chapelaria, os caixas, banheiros e um grande bar, que se destaca por conta de três enormes luminárias de madrepérola à sua frente. No piso inferior está localizada a pista, um outro bar, uma área VIP com camarotes, mais caixas e mais banheiros.

Os banheiros do estabelecimento, aliás, são quase uma atração à parte. Um deles, apelidado de Golden Shower, é todo dourado e mescla elementos clássicos com tecnologia digital. Em boa parte da casa a alta tecnologia se funde às paredes, vigas e tetos descascados, dando ênfase à proposta contrastante do Hot Hot.

Fora

O charmoso prédio onde o Hot Hot está instalado, na rua Santo Antônio, no Bixiga, estava totalmente abandonado há cerca de duas décadas. Atendendo às exigências para abrigar o projeto de Requena e Nino, a edificação foi escolhida a dedo, após quase um ano de pesquisa. Grafitada e um tanto desgastada, a fachada do clube não recebeu nenhuma intervenção, valorizando a ação do tempo e respeitando o visual que a construção há um bom tempo empresta à região. Erguido em meio a uma vizinhança relativamente decadente, o Hot Hot pode representar o pontapé inicial para a renovação de toda uma área, exercendo por lá um papel parecido com o que o clube Vegas teve em relação à parte baixa da rua Augusta. Em noites de balada, a paisagem local já apresenta mudanças.

O som

Um dos maiores diferenciais do estabelecimento talvez seja o seu sistema de som, o Funktion-One. Utilizado por grandes casas de espetáculo e pelas principais boates de cidades como Nova Iorque, Londres, Tóquio, Paris e Berlim, esse equipamento dispõe de uma tecnologia que proporciona um som cristalino e uniforme em qualquer ponto da pista. Ele é utilizado por bandas como Massive Attack, Moloko, Chemical Brothers, Jamiroquai, Underworld e pela conceituada Royal Philharmonic Orchestra. Para se ter uma ideia, o estabelecimento foi o primeiro no Brasil a atender às exigências técnicas necessárias para a instalação do sistema. Há quem diga que só isso já é motivo de sobre para uma visita.

Serviço

Endereço: Rua Santo Antônio, 570, São Paulo, SP.
Telefone: (11) 2985-8685.
Site: www.hothotsite.com.br


Atualizado em 1 Dez 2011.